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Seminário da AEA avalia futuro automotivo em segurança e conectividade

Representantes da indústria e do governo focaram principalmente em ações do Mover para o Brasil evoluir nessa área.

Primeiro evento online da AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva em 2024, o Seminário de Segurança e Conectividade realizado na última quinta-feira, 16 de maio, das 9h às 12h30, foi palco de importantes debates sobre ações já realizadas e em andamento em prol de avanços do setor automotivo no mundo e, em especial, no Brasil.

Na abertura do evento, o presidente da AEA, Marcos Vinicius Aguiar, abordou a questão do Acidente Zero como premissa básica quando se trata de segurança veicular e conectividade, adiantando que, nesse contexto, o Mover (Programa de Mobilidade Verde e Inovação) seria foco de relevantes abordagens do seminário.

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Sob o tema “Para onde convergem: Inteligência Artificial, 5G, Computação de Borda e Cidades Inteligentes”, a primeira palestra foi proferida por Suman A. Sehra, da Harman, que destacou a metamorfose pela qual passa hoje a indústria automotiva, principalmente no que diz respeito à sustentabilidade e à mobilidade.

Na sua avaliação, novos avanços em segurança e conectividade serão possíveis a partir do aprofundamento das parcerias entre montadoras e os agentes do ecossistema veicular, desde os seus fornecedores até universidades e poder público, por exigirem recursos em infraestrutura que levem às chamadas cidades inteligentes.

Na sequência, Thomas Hogenmueller, da Robert Bosch, falou sobre “A Transformação da Arquitetura dos Veículos com a Conectividade e o Software Defined Vehicle”, mostrando produtos já disponíveis e em desenvolvimento pela empresa para garantir um mundo automotivo mais conectado e seguro.

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Foco no Mover – A diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Margarete Gandini, falou sobre “Os impactos do Mover e a Segurança Veicular”.

Ela aproveitou o seminário da AEA para comemorar a alta receptividade do setor automotivo ao novo programa automotivo brasileiro, informando que quando foi atingido o número de 55 empresas homologadas, havia 108 pedidos. Mas novos pleitos foram feitos esta semana e agora está perto de 120 o número de companhias interessadas em obter incentivos para investir no Brasil.

A representante do MDIC citou números da Anfavea dando conta de que os aportes no País, apenas por parte das montadoras, chegam a R$ 130 bilhões, valor recorde na história do setor.

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Ainda sobre o Mover, destacou que a intenção é fazer do Brasil um hub de tecnologia. Informou, também, que além dos projetos contemplados no programa, estão sendo debatidos, em paralelo, projetos de renovação de frotas para veículos pesados, concessionárias do futuro, corredores sustentáveis e inspeção técnica voluntária para veículos leves.

Segurança – O tema segurança veicular foi abordado por Thomas Cardellas, também do MDIC. Ele falou dos avanços nessa área durante o Rota 2030, o antigo programa automotivo, explicando que outras inovações virão com o Mover.

Citou o IPI verde, que está em análise no Ministério para substituir o IPI tradicional, baseado em cilindrada. Esse novo IPI, segundo ele, também está relacionado à segurança veicular, prevendo-se redução de 1 ponto porcentual da alíquota por conta de avanços nessa área.

Além dos itens de segurança já incorporados pelas montadoras, estão em análise a obrigatoriedade de outros, como alguns relativos ao sistema de frenagem e o assistente de permanência na faixa.

Complementando a palestra do representante do MDIC, Darlan Souza, da Renault, falou sobre “Tecnologias Futuras da Segurança Veicular”. Após abordar os avanços dos últimos anos, incluindo os decorrentes do Rota 2030, informou que o tema segurança será contemplado em decretos complementares do Mover com o objetivo de estabelecer novos itens obrigatórios no País para o período de 2024 a 2031.

Estão previstas novas tecnologias estruturais de assistência de direção, câmera de ré, sensor de pressão dos pneus e aviso de afivelamento do cinto de segurança do passageiro da frente, numa primeira etapa, e dos demais ocupantes do veículo fase posterior.

Por fim, antes de um debate mediado por Flávio Sakai, da AEA, que reuniu todos os palestrantes do seminário, teve a palestra “Infraestrutura de Telecomunicações nas Rodovias Brasileiras” ministrada por Roberto Silva Netto, da Facens.

Ele mostrou projeto desenvolvido atualmente na concessionária ViaRondon que visa, justamente, buscar maior segurança ao longo de todo o seu trajeto. Apresentou o SIIS (Sistema integrado inteligente Splice), que utiliza AI e tem colaborado para que a gestão da rodovia seja mais inteligente, com avisos sobre fumaça, acidentes e outros contratempos.

Destacou, contudo, que o uso da inteligência artificial não é 100% preciso e que ainda há muito a se evoluir nessa área, citando, entre outros itens, a necessidade de os veículos se comunicarem e de a própria administração da rodovia indicar rotas alternativas em caso de congestionamentos.

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