A Abeifa, que representa empresas importadoras e fabricantes de veículos, manifestou-se contra o aumento imediato do imposto de importação para veículos híbridos e elétricos, ressaltando a importância de manter a previsibilidade nas políticas industriais do Brasil.
Em uma declaração contundente, Marcelo de Godoy, presidente da Abeifa, expressou preocupação com o impacto de possíveis mudanças nas regras tributárias, que poderiam resultar em um retrocesso para o setor automotivo nacional.
A associação argumenta que políticas protecionistas, como barreiras alfandegárias, não trazem benefícios a longo prazo, mas sim desestimulam a competitividade e a inovação no mercado.
Godoy lembrou que a abertura do mercado nos anos 1990 foi fundamental para o desenvolvimento da indústria automobilística brasileira, permitindo que o país contasse com uma diversidade de fabricantes. Ele enfatizou que as importações são essenciais para regular o mercado interno e incentivar melhorias nas montadoras locais.
Além disso, a Abeifa se posicionou contra a inclusão de veículos elétricos no imposto seletivo da reforma tributária e à exclusão desses modelos da isenção do IPVA em São Paulo. Segundo Godoy, os veículos elétricos desempenham um papel crucial na redução das emissões de gases poluentes e sua exclusão de incentivos fiscais vai de encontro aos compromissos ambientais do Brasil.
As marcas associadas à Abeifa registraram um crescimento nas vendas, com 7.979 unidades licenciadas em junho, representando um aumento de 3,2% em relação a maio e de 231,4% em comparação a junho de 2023. No primeiro semestre, o total de emplacamentos foi de 45.766 unidades, com 52,2% desses sendo veículos eletrificados.
Com uma participação de 3,94% no mercado de autos e comerciais leves, a Abeifa continua a defender um ambiente regulatório que permita o acesso a tecnologias avançadas e sustentáveis para os consumidores, promovendo um avanço responsável do setor automotivo.