A AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva apresentou um manifesto em defesa da descarbonização, reafirmando seu compromisso com políticas públicas, cooperação internacional e inovações tecnológicas no setor automotivo, em evento realizado em São Paulo.
Em um evento que reuniu a imprensa especializada em São Paulo, a AEA destacou sua liderança no processo de descarbonização do setor automotivo brasileiro, alinhando-se às metas globais de sustentabilidade e anunciando importantes avanços em programas como o Mover e o Combustível do Futuro. O lançamento do Manifesto em Defesa da Descarbonização marcou o encontro, complementado por uma série de apresentações que reafirmaram o papel da entidade na formulação de políticas públicas e no incentivo à inovação tecnológica.
Marcus Vinicius Aguiar, presidente da AEA, enfatizou os resultados obtidos pela associação em 2024, incluindo parcerias estratégicas com o Ibama, a participação ativa na regulamentação do Programa Mover e sua presença na Câmara Temática de Assuntos Veiculares e Ambientais. Ele destacou ainda o compromisso do Brasil com a descarbonização, potencializado por sua diversidade de matrizes energéticas limpas e domínio de tecnologias automotivas avançadas.
Entre os documentos técnicos apresentados, o Roadmap Tecnológico Automotivo Brasileiro, conduzido por Murilo Ortolan, ganhou destaque com sua versão 2.0, que aborda descarbonização em veículos leves e pesados, além de temas como Inteligência Artificial e Conectividade. O documento, considerado essencial para nortear políticas públicas no setor, reflete a evolução e a dedicação da AEA em propor soluções práticas e efetivas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Outro ponto central do evento foi a relevância do sistema nacional de acreditação de laboratórios de emissões veiculares, apresentado por Marcello Depieri, diretor de Acreditação de Laboratórios da AEA. Ele ressaltou que o Brasil é o único país a contar com um programa integrado que reúne todos os laboratórios responsáveis pelas medições de poluentes e eficiência energética, uma vantagem competitiva para o país no cenário global.
Everton Lopes, vice-presidente da associação, reforçou a importância das regulamentações setoriais para o desenvolvimento sustentável da indústria automotiva brasileira. Ele detalhou como programas como o Inovar-Auto, o Rota 2030 e o atual Programa Mover têm permitido ao Brasil avançar de forma consistente na redução do consumo de combustíveis e na implementação de tecnologias de baixo carbono.
O Manifesto da AEA também traz um forte apelo para a adoção do conceito “Do berço ao túmulo”, que avalia o impacto ambiental em todas as etapas do ciclo de vida de um veículo, incluindo a pegada de carbono na manufatura e a reciclabilidade de componentes. Este conceito reforça a visão da entidade de que a descarbonização deve ser abordada de forma abrangente e integrada.
Ao longo dos anos, a AEA desempenhou papel crucial nos debates técnicos que moldaram os rumos do setor automotivo no Brasil. Seus estudos, frequentemente solicitados pelo Governo Federal, e os eventos técnicos promovidos pela entidade consolidam sua posição como uma das principais vozes na promoção de uma indústria automotiva sustentável e alinhada às demandas globais.
Com o Brasil posicionado como um dos líderes globais em descarbonização, graças às suas fontes renováveis de energia e tecnologias baseadas em biomassa, a AEA reafirma seu compromisso com a sociedade brasileira e com o planeta, colocando a Engenharia Automotiva nacional como protagonista no enfrentamento da crise climática.
