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Carros elétricos podem rodar com 0% de bateria? Teste revela a verdade!

Um experimento rodoviário colocou à prova a autonomia real de seis modelos elétricos e revelou que alguns podem rodar mesmo após zerar a carga.

Um teste de autonomia rodoviária com seis modelos elétricos revelou que a reserva de bateria pode surpreender, desafiando a ansiedade de quem teme ficar na estrada. Os resultados mostraram que os números oficiais são confiáveis, mas o planejamento ainda é essencial para longas viagens.

O crescimento dos carros elétricos no Brasil é uma realidade, mas a infraestrutura de recarga continua sendo um desafio. Em 2024, o país bateu um recorde, com 61.615 veículos elétricos emplacados, um salto de 219% em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

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Mesmo com esse avanço, o medo da pane seca elétrica – conhecido como range anxiety – ainda afasta muitos consumidores. Para esclarecer essa dúvida, um teste prático realizado pela Revista Quatro Rodas colocou à prova a autonomia real de seis modelos elétricos em um trajeto rodoviário.

A experiência envolveu um percurso de 454 km, saindo de São Paulo até Pirassununga e retornando à capital. Seis modelos elétricos participaram do teste: BYD Dolphin Mini GS, BYD Dolphin GS, GWM Ora 03 Skin, BYD Seal AWD GS, BYD Yuan Plus GL e Volvo EX30 Ultra. Todos partiram com 100% de bateria, pneus calibrados e rodando em condições reais, com ar-condicionado ligado e velocidades comuns de rodovia. Para garantir que nenhum ficasse pelo caminho, uma Fiat Strada Power Bank, equipada com um gerador móvel, prestou suporte durante a jornada.

O primeiro a ficar sem bateria foi o GWM Ora 03 Skin, que rodou 234 km antes de desligar completamente. Mas a surpresa veio na reserva: mesmo com 0% no painel, o carro ainda percorreu 15 km adicionais antes de parar. Em seguida, o BYD Dolphin Mini rodou mais 19 km, enquanto o Dolphin GS apresentou perda de potência em 2% de carga e parou ao enfrentar uma subida.

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Entre os modelos que superaram as expectativas, o BYD Yuan Plus impressionou ao percorrer 353 km, ultrapassando os 294 km declarados pelo Inmetro.

Já o Volvo EX30 se destacou pela maior reserva de segurança, rodando 26 km após atingir 0% de bateria. Por fim, o BYD Seal AWD, com a maior autonomia teórica do grupo, rodou 372 km, muito próximo do que promete no papel.

O teste confirmou que os dados de autonomia divulgados pelo Inmetro são bastante realistas, com alguns modelos até superando as expectativas. Além disso, ficou evidente que muitos elétricos não desligam imediatamente ao atingir 0% de carga, contando com uma reserva oculta que pode garantir quilômetros extras. Esse fator pode ajudar a reduzir o medo da pane elétrica, mas não dispensa planejamento.

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A dependência da infraestrutura de recarga ainda é um desafio no Brasil. Durante o teste, ficou claro que viajar de carro elétrico exige um planejamento preciso, especialmente para quem percorre longas distâncias. A presença de um veículo de apoio com recarga móvel mostrou ser uma solução útil, mas longe de ser acessível para todos os motoristas.

O futuro da mobilidade elétrica ainda depende da expansão dos eletropostos e do desenvolvimento de baterias com maior eficiência. Enquanto essa evolução acontece, entender o comportamento real dos elétricos na estrada é essencial para quem deseja fazer a transição para essa nova tecnologia sem preocupações.

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