Levantamento do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revela que foram registrados mais de 350 mil roubos e furtos de veículos no país em 2023, evidenciando desafios para a segurança pública e a proteção do patrimônio
O Brasil registrou em 2023 o roubo ou furto de 354.742 veículos, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, consolidando uma preocupante realidade para os proprietários de automóveis em várias regiões do país. A pesquisa detalha que, apesar do aumento da vigilância policial e do uso intensivo de tecnologia para combate aos crimes, os criminosos continuam agindo com audácia, aproveitando oportunidades para ataques.
O levantamento mostra que cinco estados concentram o maior número absoluto de roubos e furtos de carros, sendo três localizados na região Sudeste e dois no Nordeste. São eles, em ordem decrescente de incidência: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Bahia.
A liderança estadual é ocupada por São Paulo, com um total expressivo de 131.729 veículos roubados ou furtados, número que supera significativamente os demais estados da lista. Na sequência vêm o Rio de Janeiro, com 38.825 casos, e Minas Gerais, que registrou 27.697 ocorrências. Pernambuco aparece na quarta posição, com 20.448 veículos visados, seguido pela Bahia, que contabilizou 18.943 casos.
Entenda os conceitos: roubo e furto de veículos
É importante diferenciar os dois tipos de crimes contra o patrimônio que mais afetam os motoristas brasileiros:
- Roubo: subtração do veículo mediante uso de violência ou grave ameaça direta à vítima, caracterizando um crime com alto potencial de risco à integridade física.
- Furto: apropriação do veículo de forma silenciosa, sem contato direto com a vítima, muitas vezes por meio de arrombamento, clonagem de chaves ou fraude eletrônica.
O desafio da segurança pública
Apesar do crescimento no emprego de recursos tecnológicos, como sistemas de monitoramento por câmeras, rastreamento via GPS e integração de forças policiais, os índices continuam elevados. Os criminosos têm adotado estratégias cada vez mais sofisticadas, incluindo o uso de equipamentos eletrônicos para neutralizar alarmes e bloqueadores, além da clonagem de sinais para acesso remoto aos veículos.
O Anuário evidencia que a resposta da segurança pública precisa avançar em coordenação entre órgãos, investimento em inteligência e políticas de prevenção, visando não só a recuperação dos veículos roubados e furtados, mas principalmente a redução dos casos, que impactam a economia, o seguro e a sensação de segurança dos cidadãos.
Região Sudeste e Nordeste: foco da criminalidade
A concentração dos roubos e furtos nas regiões Sudeste e Nordeste reflete fatores como maior densidade populacional, níveis variados de desigualdade social, infraestrutura urbana e ações específicas do crime organizado. São Paulo, por sua relevância econômica e densidade veicular, lidera, mas as demais regiões não estão isentas.
Em Pernambuco e Bahia, a situação também é preocupante, exigindo atenção redobrada das autoridades para conter o avanço dos índices criminais relacionados a veículos, que afetam diretamente a mobilidade e o cotidiano dos moradores.
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- Clonagem de chaves: técnica usada por criminosos para duplicar sistemas eletrônicos de acesso e ignição, permitindo o uso do veículo sem a chave original.
- Rastreamento veicular: tecnologia GPS utilizada para monitorar a localização do veículo em tempo real, facilitando a recuperação em caso de roubo ou furto.
- Bloqueador eletrônico: dispositivo instalado no veículo que impede seu funcionamento em situações não autorizadas, atuando como segurança contra furtos.
- Furto qualificado: furto que envolve meios fraudulentos ou a violação de dispositivos de segurança do veículo, configurando crime com agravantes.
