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BMW demonstra sua excelência de engenharia com histórico de inovações em propulsão

Da aviação aos elétricos de ponta, o construtor bávaro mostra sua trajetória de um século no desenvolvimento de motores, destacando a importância da inovação e da tecnologia para o futuro da mobilidade, sem abrir mão do Prazer de Dirigir.

Desde o pioneirismo com motores de avião e lendários seis cilindros em linha, a BMW tem estabelecido padrões de engenharia com paixão e precisão em seus sistemas de propulsão. A empresa reforça sua estratégia de abertura tecnológica, destacando a iminente produção em série da sexta geração da tecnologia BMW eDrive e o lançamento de seu primeiro modelo de produção com célula de combustível em 2028, prometendo eficiência e zero emissões.

O histórico da marca bávara, que sempre foi uma força motriz na inovação de sistemas de propulsão, é marcado por excelência em engenharia, fabricando cada sistema de propulsão com precisão e paixão, seja ele a gasolina, diesel, híbrido ou totalmente elétrico.

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A BMW, acrônimo para Bayerische Motoren Werke, que hoje significa “Puro Prazer de Dirigir”, tem suas origens na aviação, onde desenvolveu seu primeiro motor em 1917: o motor de aeronave BMW IIIa.

Este motor, um seis cilindros em linha refrigerado a água com carburador, destacava-se pelo design sofisticado que prevenia a perda de desempenho em grandes altitudes, e possuía uma cilindrada de 19,1 litros (1.163 polegadas cúbicas).

O motor IIIa produzia uma potência de 185 cv, e com o modelo melhorado, o Motor IV, a BMW estabeleceu um recorde de altitude não oficial de 9.760 metros (32.021 pés) em 1919, demonstrando seu trabalho pioneiro.

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A transição para as motocicletas foi marcada pelo motor boxer de dois cilindros na lendária BMW R 5 de 1936, uma máquina robusta que ainda hoje inspira, por exemplo, o design da R 18.

O motor da R 5, com cilindrada de 0,5 litros (30,5 polegadas cúbicas), entregava uma potência de 24 cv e apresentava como notável característica técnica o controle das válvulas por meio de dois comandos.

No mesmo ano, 1936, o motor de seis cilindros em linha do BMW 328 tornou-se outro exemplo notável, recebendo uma moderna cabeça de cilindro de alumínio.

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Este motor, com cilindrada de 2,0 litros (122 polegadas cúbicas), entregava 80 cv (59 kW) e era capaz de atingir até 5.000 rpm, impulsionando um carro esportivo leve com tração traseira, pesando pouco mais de 800 quilogramas (1.800 libras).

Em 1954, a BMW introduziu o motor V8 no modelo BMW 502, popularmente apelidado de “Anjo Barroco” devido à sua carroceria curva, mas tecnologicamente avançado.

O V8 do 502 foi o primeiro motor V8 de liga de alumínio produzido em massa do mundo, com cilindrada de 2,6 litros (158,7 polegadas cúbicas) e potência de 100 cv (74 kW), além de contar com inovações como servo-freio e embreagem assistida.

Um marco importante veio em 1973 com o motor turboalimentado de quatro cilindros no BMW 2002 Turbo, um dos primeiros carros europeus produzidos em massa a utilizar o turbocompressor.

O 2002 Turbo, com motor de 2,0 litros (122 polegadas cúbicas), produzia 170 cv (125 kW), alcançando a velocidade máxima de 211 km/h, demonstrando o potencial da tecnologia que hoje é chave para eficiência e potência.

Ainda no segmento esportivo, o coupé de corrida BMW 3.0 CSL de 1974 utilizava um motor de seis cilindros em linha com tecnologia multiválvulas (quatro válvulas por cilindro) na versão de corrida, que era popularmente usada para aumentar a potência.

O motor do 3.0 CSL de corrida tinha cilindrada de 3,5 litros (213,5 polegadas cúbicas) e atingia 440 cv (324 kW), contrastando com os 206 cv da versão de produção, evidenciando o uso da tecnologia multiválvulas para economia de recursos.

A BMW aplicou o conceito de downsizing (reduzir o tamanho dos motores sem perder desempenho e, ao mesmo tempo, reduzir o consumo) no motor turbo de quatro cilindros do seu carro de Fórmula 1 de 1983.

Este motor de Fórmula 1 tinha uma cilindrada minúscula de 1,5 litros (92 polegadas cúbicas) e alcançava uma potência que, nas versões de treino, podia chegar a 1.200 cv, um feito enorme para a época e precursor da otimização de motores.

Em 1987, o BMW 750i ostentou o primeiro motor V12 de produção alemã desde a Segunda Guerra Mundial, simbolizando perfeição em suavidade de funcionamento e abundante potência.

O V12, com 5,0 litros (305 polegadas cúbicas) e 300 cv (220 kW), era notável por sua suavidade, comprovada pela possibilidade de equilibrar uma moeda sobre o motor em funcionamento, estabelecendo um padrão para o que hoje é buscado nos motores elétricos.

A busca por desempenho levou ao motor V10 no BMW M5 de 2004, o único de dez cilindros na história da marca, inspirado na Fórmula 1 que também utilizava motores V10 na época.

Este motor esportivo, conhecido internamente como S85, era totalmente redesenhado, com 5,0 litros (305 polegadas cúbicas), fornecendo 507 cv (373 kW) a 7.750 rpm, transplantado na carroceria dos modelos M5 e M6.

A virada para a mobilidade eletrificada começou com o BMW i3 em 2013, um pioneiro em veículos elétricos que proporcionou uma experiência de condução divertida e focada na eficiência.

O motor elétrico do BMW i3 produzia 170 cv (125 kW) e era alimentado por uma bateria de 37,9 kWh, proporcionando uma aceleração excelente e incentivando os condutores a buscar novos recordes pessoais de consumo.

Em 2014, o BMW i8 demonstrou que desempenho e condução eletrificada podiam andar de mãos dadas, com um sistema híbrido plug-in que combinava um motor a gasolina e um motor elétrico.

O i8 utilizava um motor a gasolina turboalimentado de três cilindros de 1,5 litros (92 polegadas cúbicas) com 231 cv (170 kW) nas rodas traseiras e um motor elétrico de 131 cv (96 kW) no eixo dianteiro, totalizando 362 cv de potência combinada.

Este esportivo progressivo acelerava de 0 a 100 km/h em menos de cinco segundos, com níveis de eficiência que rivalizavam com carros compactos, e foi premiado com o prestigiado “Prêmio Motor do Ano” por cinco vezes consecutivas.

Olhando para o futuro, o BMW Group prepara o lançamento do BMW iX3, o primeiro modelo da Neue Klasse, a partir de 2026, com a sexta geração de BMW eDrive.

Esta nova tecnologia compreende motores elétricos altamente eficientes, baterias de alta voltagem com células cilíndricas e tecnologia de 800V, prometendo avanços significativos em desempenho e autonomia.

O BMW iX3 50 xDrive terá dois motores elétricos, gerando juntos 469 cv (345 kW) e 645 Nm de torque, acelerando de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos, atingindo 210 km/h de velocidade máxima.

A capacidade da bateria prevista para esta versão é de 108,7 kWh, com uma autonomia elétrica de até 805 km (WLTP), colocando a BMW em posição de destaque no segmento de SUV elétricos de luxo.

Esta nova arquitetura totalmente elétrica com a sexta geração de BMW eDrive surge para competir diretamente com modelos de marcas de luxo como Mercedes-Benz e Audi no mercado global e brasileiro de veículos premium.

Comparativamente, a tecnologia de 800V da BMW se alinha com concorrentes de ponta, permitindo carregamento mais rápido e maior eficiência, elevando o padrão de exigência no segmento de SUV elétricos de alto desempenho.

A BMW reforça sua estratégia de abertura tecnológica, citando o lançamento da nova geração de células de combustível em 2028, que poderá ser integrada nas futuras arquiteturas de veículos.

Essa abordagem garante que a marca possa oferecer uma variedade de sistemas de propulsão eficientes, incluindo veículos movidos a hidrogênio, mantendo o característico Prazer de Dirigir e posicionando-se contra a concorrência que aposta em uma única tecnologia.

A estratégia da BMW de manter diversas tecnologias de propulsão (elétrico, híbrido, célula de combustível e combustão) oferece uma vantagem no mercado, pois permite atender a diferentes infraestruturas e necessidades dos consumidores globalmente.

Em um rápido comparativo com o mercado brasileiro, que ainda tem infraestrutura de carregamento em desenvolvimento, ter opções híbridas plug-in e futuras a célula de combustível oferece flexibilidade maior ao consumidor, embora os preços dos modelos elétricos de luxo permaneçam elevados.

Em 2028, a BMW lançará seu primeiro modelo de produção com célula de combustível, adicionando um sistema de propulsão de alto desempenho, excepcionalmente eficiente e sem emissões ao seu portfólio.

Essa visão de futuro, que une tradição e inovação, garante que a BMW continue a ser uma referência em engenharia, impulsionando a evolução da mobilidade com foco na performance e na sustentabilidade.

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Motor Boxer – Tipo de motor de combustão interna em que os cilindros são dispostos horizontalmente em lados opostos do virabrequim, com os pistões se movendo em direções opostas (como “socos” de um pugilista). Caracteriza-se por ter um centro de gravidade baixo.

Turbocompressor – Dispositivo que utiliza os gases de escape do motor para girar uma turbina, que por sua vez aciona um compressor, forçando mais ar para dentro dos cilindros. Isso aumenta a potência e a eficiência do motor.

Multiválvulas – Design de motor em que cada cilindro possui mais de duas válvulas (geralmente quatro – duas de admissão e duas de escape), o que permite um fluxo de gases mais eficiente, resultando em maior potência e economia de combustível.

Downsizing – Estratégia de engenharia que consiste em reduzir a cilindrada e o tamanho físico de um motor, geralmente adicionando um turbocompressor ou outra tecnologia de indução forçada, para manter ou aumentar a potência, ao mesmo tempo que se melhora a eficiência de combustível e se reduz o consumo.

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