O piloto brasileiro Lucas Di Grassi apresentou o DGR-Lola, supercarro elétrico concebido em parceria com a Lola Cars. Nas simulações realizadas em Mônaco, o modelo foi 4,3 segundos mais veloz que a última pole position da Fórmula 1 e dez vezes mais eficiente, apontando para o futuro do automobilismo.
O DGR-Lola foi idealizado para reunir em um único carro de corridas as tecnologias mais avançadas já disponíveis. O projeto utiliza recursos próprios de Di Grassi e combina elementos radicais, como aerodinâmica ativa e variável, bateria modular, dispositivos de segurança otimizados e integração de software livre, permitindo que outros players do campeonato possam contribuir com melhorias.
Um dos destaques é o sistema de sucção biturbo, capaz de gerar grandes quantidades de downforce em qualquer velocidade, ajustando-se ao tipo de traçado. A tração integral é garantida por dois motores elétricos que juntos entregam 600 kW (804 cv), proporcionando desempenho superior e estabilidade em pista.
O desenvolvimento foi realizado nas instalações da Lola Cars em Silverstone, Inglaterra, com apoio da LamTec no projeto CAD, renderings da Chris Paul Design e estudos de CFD conduzidos pela Airshaper. Essa colaboração internacional reforça a ambição de criar um carro que ultrapasse os limites atuais da engenharia automotiva.
Segundo Di Grassi, o objetivo é inspirar futuras gerações de carros de corrida elétricos. Ele afirmou que pretende construir o DGR-Lola nos próximos dois anos e colocá-lo na pista, provando na prática o desempenho superior já demonstrado nas simulações.
Para Peter McColl, diretor-técnico da Lola Cars, o projeto amplia as fronteiras do que é possível em termos de carros elétricos de competição. Ele destacou que a parceria com Di Grassi foi uma oportunidade de aplicar a expertise da Lola em pesquisa e desenvolvimento para criar um modelo revolucionário.
No mercado esportivo, o DGR-Lola se posiciona como um conceito disruptivo frente às categorias tradicionais, como a Fórmula 1 e a Fórmula E, trazendo soluções que podem redefinir o futuro da mobilidade elétrica de alta performance.
Editorialmente, o projeto mostra como pilotos e fabricantes podem liderar a inovação, transformando ideias visionárias em protótipos que desafiam os limites da velocidade e da eficiência.
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O termo downforce refere-se à força aerodinâmica que pressiona o carro contra o solo, aumentando aderência e estabilidade.
A expressão CFD (Computational Fluid Dynamics) indica simulações computacionais usadas para estudar o comportamento dos fluxos de ar.
Já o conceito de aerodinâmica ativa envolve sistemas que ajustam automaticamente componentes da carroceria para otimizar desempenho em diferentes condições.
