É crescente a influência da conectividade nas decisões estratégicas atuais, relacionadas aos negócios do mercado Diesel.
As inovações avançam tanto nos processos de manufatura, nos sistemas que realizam trabalhos remotos de engenharia a partir de unidades de comando conectadas, quanto nos veículos comerciais equipados com avançados sistemas de gerenciamento de frotas.
Altamente difundido na Europa, Japão e Estados Unidos, o uso da conectividade nas aplicações Diesel é cada vez mais presente no Brasil.
Montadoras e sistemistas vêm avançando no desdobramento de soluções de suas matrizes à medida que o usuário final enxerga os benefícios.
Num futuro não muito distante, a conectividade se tornará ferramenta essencial e desejada pelo usuário e não mais somente um acessório de luxo.
Não haverá nenhuma máquina de construção, logística ou agricultura desconectada.
Frotas inteiras estarão conectadas para uma melhor compreensão das operações.
Todo o trabalho de Big Data que será gerado ao usuário final representará terreno fértil para a otimização de custos operacionais, portanto fator decisivo de competitividade.
No campo dos projetos de engenharia, a conectividade também avança.
Hoje ser competitivo com testes de engenharia com mão de obra humana é quase impossível em função do fator custo.
São necessárias muitas pessoas para estudar o comportamento das aplicações no campo e só depois disso, com base em todas as informações, tomar ações que possivelmente precisarão de outras validações.
Não temos mais espaço para investimento de recursos tão escassos como o próprio tempo.
O avanço da conectividade reduzirá a necessidade de pessoas no campo.
Bastará colocar uma unidade de comando conectada no veículo para o envio automático das informações por meio de softwares de tratamento a custos competitivos.
Dessa maneira, a tecnologia proporcionará uma base maior de conhecimentos para a otimização de todos os processos com menor investimento.
A conectividade também deve evoluir com o Rota 2030, que tem aberto as portas para discussões não somente relacionadas à Indústria 4.0, como também ligadas à conectividade nas aplicações automotivas.
Caso o programa em desenvolvimento se consolide conforme vem sendo desenhado, certamente vai acelerar a introdução da conectividade nas aplicações Diesel nos próximos anos.
Estes e outros assuntos serão debatidos no 14º Fórum SAE BRASIL de Tecnologia e Motores Diesel, que se propõe a avaliar e debater o atual cenário de inovações na ótica da indústria, da universidade e do governo.
O encontro será realizado no Teatro Positivo, em Curitiba/ PR, dias 22 e 23 de agosto.
* Maurício Lavoratti é diretor de Engenharia da Bosch e chairperson da Comissão Organizadora
do 14º Fórum SAE BRASIL de Tecnologia e Motores Diesel