O último dia da edição de 2018 do Grande Prêmio Petrobras de Energia Sustentável confirmou a evolução das equipes universitárias participantes.
Após a última tentativa, os resultados foram apresentados no Kartódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, e mesmo quem não ficou entre os três primeiros colocados teve motivos para comemorar.
Cada resolução de problema – e não foram poucos – foi uma conquista para os alunos, que foram desafiados a construir um carro energeticamente eficiente e a colocá-lo na pista para séries de voltas, as tentativas.
Cada time teve cinco durante os três dias do evento. Valeu a melhor marca de consumo.
O protótipo a gasolina mais eficiente foi o Marquinhos, da Eco Mauá, equipe do Instituto Mauá de Tecnologia, de São Caetano do Sul (SP), que alcançou 216,442 quilômetros por litro.
O aluno César Seiji Yamada foi o piloto que levou o carro à vitória, que não foi nada fácil.
“Uma semana atrás, o carro estava em perfeito estado na faculdade”, contou.
“Mas, chegando aqui, parou tudo. Só na quinta-feira conseguimos fazê-lo andar. Ontem ficamos até as 11 horas da noite tentando fazê-lo pegar para termos uma tentativa nesta sexta-feira.”
O estudante teve uma experiência prática ímpar no GP Petrobras.
“O que acontece na sala de aula não é igualzinho ao que se passa aqui. Aqui enfrentamos o problema – não é só jogar os números na fórmula. Você precisa ir atrás das respostas”, disse.
Uma mulher pilotou o carro elétrico vencedor. Sulamita Carolina Lopes guiou o Relâmpago, também da Eco Mauá, e foi recebida com euforia pela equipe nos boxes após a última tentativa.
Comemorando, até pulou para que os colegas de faculdade a segurassem. No início dessa trajetória, eles não se conheciam muito bem.
“Crescemos como equipe. Aos poucos, melhoramos o carro para conseguirmos a melhor marca. Todos me incentivaram e foram essenciais para mim. É por isso que estava esse clima gostoso entre nós”, afirmou. A marca de 81 quilojoules foi alcançada por eles.
Apesar de a catarinense Unicar, da Univille, a Universidade da Região de Joinville (campus São Bento do Sul), ter sido a única equipe com carro a etanol a completar tentativas, o piloto Anderson Weiss disse que o desafio não foi menor por causa disso: “Não tínhamos um concorrente, mas não deixamos de lutar para conseguir uma melhor marca [142,93 km/l]. Tivemos duas ou três oportunidades e evoluímos a cada tentativa. Foi uma experiência bem importante”.
O organizador Alberto Andriolo valorizou todas as experiências que os estudantes de engenharia das 12 equipes tiveram nesta semana de GP.
“Você observa o pessoal lutando para encontrar uma solução. Apesar das dificuldades, você vê os olhos da garotada brilhando para buscar uma alternativa”, afirmou.
Segundo ele, o GP Petrobras de Eficiência Energética, um sucessor da Maratona da Eficiência Energética, estará maior em 2019: “Esperamos pelo menos o dobro de participantes no próximo ano. Confirmamos que o evento voltou – e com um patrocinador fortíssimo, a Petrobras. Só tende a crescer”.
Os primeiros colocados de cada categoria:
Gasolina:
1º Equipe Eco Mauá, do Instituto Mauá de Tecnologia (SP): 216,442 km/l
2º Equipe PoliMilhagem, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (SP): 197,386 km/l
3º Equipe Unicar, da Universidade da Região de Joinville (campus São Bento do Sul): 142,553 km/l
Elétricos:
1º Equipe Eco Mauá, do Instituto Mauá de Tecnologia (SP): 81 kJ
2º Equipe Peso Pena, do Centro Universitário de São Paulo (SP): 85 kJ
3º Equipe Green Car, da Faculdade de Pato Branco (PR): 153 kJ
Etanol:
1º Equipe Unicar, da Universidade da Região de Joinville (campus São Bento do Sul): 142,93 km/l