O Secretário Municipal de Mobilidade e Transportes, João de Otaviano Neto, afirmou em sua apresentação no Congresso da Mobilidade e Veículos Elétricos (C-MOVE) que debater a eletromobilidade municipal é necessário, mas pensar em alternativas mais viáveis, como por exemplo no compartilhamento de veículos, torna-se uma prioridade para o momento.
Ele reconhece que a cidade não dispõe de uma infraestrutura adequada e que a rede não suportaria a imediata substituição da frota de ônibus à combustão por elétricos. “É necessário a releitura da matriz de veículos elétricos e garantir que haja a participação da indústria”.
Otaviano ainda cita que a implantação de infraestrutura para elétricos será um atrativo de novos negócios para a cidade. “A estrutura necessária não depende apenas de eletropostos espalhados por São Paulo, contudo será essencial a regulamentação da venda de energia para recarga dos carros”.
O secretário comentou também sobre a lei municipal promulgada em janeiro deste ano, que estabelece a redução de emissão de gases poluentes em 50% em até 10 anos e prevê a meta de zerar a emissão de poluentes nos próximos 20 anos. ” São Paulo é a primeira cidade da América Latina que gravou uma data para zerar as emissões”.
Também presente no painel, Ieda Oliveira, vice-presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), vê neste estabelecimento de prazos uma oportunidade de inserção de elétricos no transporte público. “Seria ideal para a cidade, pois é o momento em que São Paulo fará uma nova licitação para contratar empresas do transporte público”.
A congressista Alessandra Morais, engenheira mecânica, acredita que para criar um debate contundente sobre a popularização do mercado elétrico, é importante discutir novas regulamentações que fortaleçam aplicativos de caronas e de compartilhamento. “Concordo com a fala do secretário, pois para debater e disseminar a cultura do elétrico no Brasil é fundamental repassar ao consumidor um produto mais barato”.
Capital paulista ganha primeiro serviço de aluguel de scooters elétricas e compartilhadas no Brasil – Explorando o mercado de mobilidade urbana, a Riba apresenta, na capital paulista, o RibaShare, serviço de aluguel de scooters elétricas compartilhadas.
O serviço custará R$0,59 por minuto e funcionará, inicialmente, nas regiões da Vila Olímpia, Itaim Bibi e Berrini. O aluguel da scooter funcionará por meio de um aplicativo em que o usuário poderá localizar a RibaShare mais próxima e fazer uma reserva.
As scooters possuem sensores inteligentes que destravam o veículo assim que o usuário realiza o check-in, outra vantagem é que o produto possui um baú com o capacete, para maior segurança e praticidade do consumidor. Para devolvê-la é só estacionar na rua, em um local permitido pelas leis de trânsito, dentro da área de abrangência, sem a necessidade de levá-la ao ponto inicial. As motos estão isentas do pagamento em zona azul.
“Estamos otimistas e esperamos uma ótima aceitação do público. Nos baseamos muito no mercado europeu, que já possui alguns bons modelos de negócio como esse, que, inclusive, costuma ter mais oferta que demanda e essa é nossa expectativa. Somos pioneiros nesse segmento e esperamos expandir nosso negócio em um curto período”, projeta Fernando Freitas, CEO da Riba.
O executivo também conta que a frota inicial será de 50 scooters e que pretende virar o ano com 250 unidades. Até o final de 2019, serão 1250 RibaShares disponíveis. É possível percorrer até 90km com as motos elétricas e o limite de velocidade é de 50km/h, afim de evitar acidentes. Outras regras de utilização podem ser visualizadas na tela do aplicativo.
Quem estiver interessado, já pode se cadastrar no site da empresa e ficar na lista de espera para o lançamento do aplicativo, que acontece em outubro. O cadastro prévio também garante 15 minutos gratuitos no primeiro uso. Para pilotar uma scooter, é necessário possuir a habilitação do tipo A. A empresa também está realizando eventos de testes-drivers para que o público conheça o veículo.