A desobediência às leis de trânsito já é a segunda maior causa de acidentes no país.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), de janeiro a setembro deste ano, este fator foi responsável por 515 mortes nas rodovias federais, atrás somente da desatenção ao volante.
Somados a algumas infrações habituais, esses dois motivos têm contribuído com o cenário trágico no trânsito brasileiro: faróis baixos nas estradas, ultrapassagem pela faixa contínua, transitar com o veículo em cima da faixa e do acostamento ao mesmo tempo, falta de indicação com a seta, uso de celular ao volante, excesso de velocidade, entre outros.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a probabilidade de um pedestre sobreviver a um atropelamento ocasionado por um motorista que trafega a 64 km/h é 80% menor do que a de um atingido por veículo que trafega com a metade desta velocidade.
O Ministério das Cidades anunciou recentemente o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), visando reduzir pela metade o número de acidentes de trânsito em um período de 10 anos.
Embora o planejamento a longo prazo seja uma alternativa, para tornar o trânsito mais seguro em um cenário mais próximo, a educação e o aprimoramento dos condutores são fatores fundamentais.
É o que defende a especialista em educação digital e Diretora de Produtos da Procondutor, Claudia de Moraes.
“Já existem várias tecnologias que têm auxiliado na formação de condutores e também a aprimorar o conhecimento de quem já dirige. É o caso das salas multimídia como apoio pedagógico nas aulas teóricas de obtenção da primeira CNH, com conteúdos que ajudam os alunos a terem melhor aproveitamento nos estudos, seja por meio de vídeos, infográficos ou simulados, que tornam o aprendizado mais interessante e fácil de assimilar. Outro exemplo está no ensino a distância (EAD), que tem se tornado um método poderoso em cursos de reciclagem para condutores infratores, fazendo com que as pessoas tenham mais consciência e tornem o trânsito mais seguro ao resgatar sua habilitação”, sugere a especialista.