A equipe mineira Fórmula Cefast, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), e a paulista Unicamp E-Racing, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foram as vencedoras da 15ª Competição Fórmula SAE BRASIL – PETROBRAS, respectivamente nas categorias Combustão e Elétrica.
Encerrada neste domingo, 2 de dezembro, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), em Piracicaba (SP), a competição foi disputada por 63 das 72 equipes inscritas este ano.
Foram quatro dias de provas estáticas e dinâmicas aplicadas e avaliadas por juízes da indústria da mobilidade, que atraíram público aproximado de 1,5 mil pessoas.
A equipe do Cefast festejou a estreia de primeira colocada na competição.
“A nossa experiência ano passado em Lincoln, nos EUA, nos obrigou a melhorar ainda mais o carro no quesito confiabilidade e deu certo, estamos muito felizes”, disse João Vítor Maciel capitão da equipe e estudante do sétimo semestre de engenharia elétrica do CEFET-MG.
Abddalla Tauil Neto, capitão e piloto da equipe Unicamp E-Racing, atribuiu o resultado às inovações aplicadas no carro, como suspensão, pacote aerodinâmico completo e redução do peso com uso de baterias cilíndricas.
“O carro ficou muito bom e agora queremos ajudar o Brasil a ser um polo de tecnologia no veículo elétrico”, disse o estudante do quarto ano de engenharia elétrica.
Na Categoria Combustão a segunda colocada foi a equipe paulista Mauá Racing, do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), seguida pela equipe V8 Racing, da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), também de São Paulo.
Na Categoria Elétrica, a vice-liderança ficou com a equipe Fórmula Tesla, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a terceira colocada foi a equipe paulista Fórmula FEI Elétrico, do Centro Universitário da FEI.
Com o resultado em Piracicaba, a equipe Fórmula Cefast poderá representar o Brasil na Fórmula SAE Michigan (em maio de 2019) e as equipes Unicamp E-Racing e a Mauá Racing poderão participar da Fórmula SAE Lincoln (em junho de 2019), nos Estados Unidos, competições mundiais promovidas pela SAE International nas quais o Brasil tem se posicionado entre as 10 primeiras equipes no certame mundial.
O Comitê Técnico da 15ª Competição Fórmula SAE BRASIL – PETROBRAS elegeu ainda as melhores equipes por prova:
CATEGORIA ELÉTRICA:
Projeto – equipes Unicamp E-Racing (1º), Fórmula FEI Elétrico (2º) e Fórmula Tesla (3º).
Apresentação– equipes Ampera Racing, da Federal de Santa Catarina (1º); EESC USP Tupã, da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (2º), e Fórmula UFPB, da Federal da Paraíba (3º).
Custos e Manufatura – equipes Minerva E-Racing, da Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (1º), Fórmula Tesla (2º) e Facens B-Energy.
Aceleração – equipes Unicamp E-Racing (1º), da Unicamp; Fórmula FEI Elétrico (2º) e Fórmula Tesla (3º).
Skid-Pad (aceleração lateral do veículo) – equipes Unicamp E-Racing (1º), Fórmula FEI (2º) e Fórmula Tesla (3º).
Autocross – equipes Unicamp E-Racing (1º), Fórmula FEI Elétrico (2º) e Fórmula Tesla (3º).
Enduro – equipes Unicamp E-Racing (1º), Fórmula Tesla (2º) e Fórmula FEI.
CATEGORIA COMBUSTÃO:
Projeto – equipes Fórmula Cefast (1º) EESC USP (2º) e Mauá Racing (3º)
Apresentação – equipes Fórmula SAE UFMG (1º), EESC USP (2º) e EEL Racing- da Escola de Engenharia de Lorena, da USP.
Custos e Manufatura – equipes EESC USP (1º), FSAE Unicamp (2º) e UFPR Fórmula, da Federal do Paraná (3º).
Aceleração – equipes Fórmula Cefast (1º), Mauá Racing (2 º) e V8 Racing
Skid-Pad (aceleração lateral do veículo) – equipes Mauá Racing (1º), EESC USP (2º) e Fórmula FEI (3º).
Autocross – Fórmula Cefast (1º), EESC USP (2º) e Fórmula FEI (3º).
Equipe Mais Bem Preparada em Segurança – Fórmula Del-Racing, da Federal de São João Del-Rei.
Eficiência Energética – equipes Mauá Racing (1º), Fórmula Cefast (2º), e V8 Racing (3º).
Enduro – equipes Fórmula Cefast (1º), V8 Facens (2º) e Fórmula UFSM, da Federal de Santa Maria (3º).
Tecnologias – O Comitê Técnico avaliou que as equipes avançaram em vários quesitos nas provas estáticas e dinâmicas, apresentaram mais qualidade na construção dos carros Fórmula SAE e maior índice de desenvolvimento nos projetos. Mais carros conseguiram aprovação na parte de inspeção, fator que os juízes atribuíram à transferência de conhecimento entre as equipes.
No que toca à tecnologia foi observada maior presença de carros com turbo compressores e o uso intensivo de dispositivos aerodinâmicos, visando melhor desempenho nas curvas.
Na Categoria Elétrica foi destacada a substituição da bateria de lítium ferro fosfato por lítium polímero, no formato cilíndrico e o uso de estrutura monobloco.
“Os programas estudantis da SAE BRASIL motivam os jovens à carreira de engenharia e lançam desafios encontrados na prática profissional que complementam o conhecimento acadêmico adquirido na sala de aula”, analisa Mauro Correia, presidente da SAE BRASIL.