Muito tem se falado sobre o futuro do automóvel. Qual será a fonte de energia que vai predominar? O futuro dos veículos a gasolina, diesel ou etanol está com os dias contados? O que se sabe é que a indústria automotiva continua investindo seus estudos e apresentando produtos para tornar o automóvel mais eficiente e principalmente reduzir sua emissão de poluentes.
Atendendo convite da Hyundai Motor Brasil fui até Seul, na Coreia do Sul, visitar o centro de desenvolvimento de células de combustível da marca, oportunidade para uma atualização dos mais recentes avanços e rápida volta com o modelo de série NEXO, primeiro veículo originalmente concebido para propulsão por hidrogênio, resultado de 20 anos de desenvolvimento.
O modelo é a última geração de modelos de célula de combustível (FCEV – Fuel Cell Eletric Vehicle) que utilizam hidrogênio para gerar energia elétrica e mover o veículo.
O Hyundai Nexo é um veículo elétrico. A grande diferença, no entanto, está no modo como a energia é gerada. Em vez de carregar o carro na tomada, para ter uma nova carga na bateria, há um tanque de hidrogênio, que, após um processo químico, se transforma em energia para o motor elétrico.
E o resultado desta “queima”, é água, que sai pelo escapamento, em vez de gases nocivos como nos motores a combustão.
A potência máxima do motor elétrico é de 163 cavalos de potência e torque de 349 Nm. Em apenas 9,5 segundos o modelo acelera de 0 a 100 km/h. A autonomia é de 595 quilômetros com três cilindros de hidrogênio, cuja capacidade é de 156,6 litros, que pode ser abastecido em até cinco minutos. O conjunto de célula de combustível e tanque de hidrogênio pesa 200 kg.
“Considerando uma frota de 100 mil veículos a célula de hidrogênio rodando por duas horas, teríamos a limpeza de todo o ar que os 8 milhões de habitantes de Seul consomem em uma hora”, afirmou Zayong Koo, um dos engenheiros responsáveis pelo projeto.
Dentre as tecnologias presentes, o Nexo conta com diversos recursos autônomos, como o monitor de pontos cegos por meio de câmeras (que exibe numa tela imagens da traseira e das laterais, durante mudanças de faixa), o assistente de manutenção em faixa (em velocidades de até 145 km/h, o carro é capaz de se manter dentro de uma faixa sem o auxílio do motorista), piloto automático adaptativo (que ajusta a velocidade conforme o carro à frente) e sistema de estacionamento autônomo.
O comportamento do modelo é silencioso, com potência e torque disponível desde o primeiro momento, devido sua característica elétrica.
Num circuito simples, de duas retas, foi possível acelerar e observar o comportamento dos freios regenerativos. É possível visualizar a origem da energia através de um painel indicativo, mostrando as reações que estão acontecendo em tempo real.
Para 2019, a Hyundai espera vender menos de 10 mil unidades do Nexo. O modelo custa US$ 70 mil, próximo de R$ 280 mil em nosso Brasil, o que torna ainda caro não apenas aqui, mas também no mercado sul coreano.
Cidades como Seul e Ulsan possuem inventivos que reduzem o valor do modelo pela metade. A garantia é de 160 mil quilômetros ou 10 anos, período em que os componentes da reação interna do hidrogênio funcionam na melhor eficiência, que começa a ser menor após esse tempo.
Como funciona um carro a hidrogênio? O carro a hidrogênio é basicamente elétrico. A grande diferença, no entanto, está no modo como a energia é produzida.
Em vez de carregar o carro na tomada, para ter uma nova carga na bateria, há um tanque de hidrogênio, que, após um processo químico, se transforma em energia para o motor elétrico.
O resultado desta “queima”, é água, que sai pelo escapamento, em vez de gases nocivos como nos motores a combustão.
Honda e Toyota também possuem veículos a hidrogênio, o Clarity Fuel Cell e o Mirai, respectivamente.
Hyundai Nexo
Motor: elétrico (magnético permanente), 135 kW, alimentado por célula de hidrogênio
Potência: 163 cv
Torque: 40,27 kgfm
0-100 km/h: 9,2 s
Velocidade máxima: 179 km/h
Autonomia: 570 – 610 km
Dimensões: 4,67 m (comprimento), 2,79 m (entre eixos)
Porta-malas: 461 litros
Peso: 1.873 kg
Preço: US$ 70 mil.
Mecânica Online
Velocidade – Para se ter uma ideia do quanto é inútil arriscar a vida no trânsito exagerando na velocidade, transitar a 120 km/h numa rodovia cujo limite máximo é de 100 km/h faz com que se ganhem apenas 5 minutos num trajeto de 50 km.
Volkswagen – A nomenclatura GLI nasceu nos anos 80, nos Estados Unidos, como parte da estratégia de esportivos da Volks no mundo, e se refere aos modelos de topo de gama, trazendo todo o apelo dos modelos GTI à classe refinada dos sedãs. Daí a origem do nome Gran Luxury Injection (GLI). É a primeira vez que a Volkswagen oferece no Brasil o Jetta GLI.
Riscos – Estudo recente revela que os acidentes são atribuídos à falta de atenção ao dirigir (41%), imprudência do motorista (35%), uso de bebidas alcóolicas (8%) e uso do celular (6%). A maioria destas ocorrências acontecem nos finais de semana. Segunda-feira, no geral, é o dia com menor incidência de acidentes.
Conectados – A Scania acaba de atingir 20 mil veículos conectados no Brasil, desde o lançamento do serviço em janeiro de 2017. São cerca de 18.800 caminhões e 1.200 ônibus ativos. Ao redor do planeta, a fabricante possui 400 mil veículos comerciais conectados que geram dados usados para melhorias nas operações de transporte dos clientes.
Autônomos – A FCA US e a Aurora anunciaram a assinatura de um acordo para estabelecer as bases de uma parceria poderosa com o objetivo de desenvolver e implantar veículos comerciais de condução autônoma.
Mais autônomos – O Aurora Driver é a plataforma de direção autônoma da Aurora, que compreende o hardware, o software e os serviços de dados que orientam os veículos movidos por ela com segurança em todo o mundo. Oferecendo autonomia de nível 4, o sistema é composto por tecnologia capaz de sentir o ambiente e navegar por ele sem intervenção humana.
Paraíso – A Renault entregou os primeiros carros 100% elétricos para a Administração de Fernando de Noronha. Os seis veículos – 3 Zoe, 2 Twizy e 1 Kangoo Z.E. – e os quatro carregadores foram cedidos para uso oficial da Administração local em regime de comodato. Apesar da perspectiva de energia limpa, Noronha tem a maior parcela de sua energia originada da queima do óleo diesel em geradores.
Elétricos – A Toyota Motor Corporation e a Subaru Corporation (Subaru) divulgaram, no Japão, que irão desenvolver conjuntamente uma plataforma dedicada a veículos elétricos a bateria (BEVs) de médio e grande porte e um SUV BEV para venda sob a marca própria de cada empresa.
Fiat Mobi – Cerca de três anos após seu lançamento, o modelo já ultrapassou a marca de 150 mil unidades vendidas.
Nada de fusão – O Conselho de Administração da Fiat Chrysler Automobiles decidiu pela retirada com efeito imediato da proposta de fusão feita ao Groupe Renault.