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São Paulo acelera com a F1 e recebe turistas de todas as partes do mundo

Faltam menos de 15 dias para o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, que será realizado dia 15 de novembro, e os preparativos no Autódromo de Interlagos estão nos últimos ajustes. Homens trabalham dia e noite para concluir as obras nas áreas técnicas e, nos próximos dias, chegam as equipes com seus carros e equipamentos.

De acordo com presidente da São Paulo Turismo (SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos que administra o autódromo), Alcino Rocha, os colaboradores estão bastante empenhados nos preparativos. “Nossos funcionários já estão mobilizados há semanas para que tudo saia da melhor forma. Queremos ver mais um ótimo espetáculo na cidade e receber grande público em Interlagos”, diz.

Mas quem são os fãs de Fórmula 1 que vão assistir à corrida no Autódromo? Desde 2004, o Observatório de Turismo e Eventos, núcleo de pesquisas e inteligência de mercado da São Paulo Turismo (SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos), realiza pesquisa sobre o perfil do público durante o evento.

Homem, com cerca de 35 anos de idade e ensino superior completo. Essas são as características predominantes de quem frequenta o GP Brasil, segundo o levantamento. E a proporção de turistas é grande: está na faixa de 40%, dos quais cerca de 15% são estrangeiros, o maior índice entre os eventos pesquisados pela SPTuris. Quem nunca cruzou com um tcheco pelas ruas paulistanas? Provavelmente é porque não foi ao evento de Fórmula 1 no Autódromo. Entre os turistas menos habituais na capital paulista durante o ano, mas recorrentes na Fórmula 1 em São Paulo, estão pessoas de países como Índia, Escócia, República Dominicana, África do Sul, República Tcheca e Angola.

Público experiente e locomoção – Entre os dados da série histórica de dez anos, o levantamento mostrou que houve aumento de pessoas com mais de 60 anos no evento: em 2004, representavam 1,1% do público total e alcançaram o pico de 7,24% em 2013. Além disso, diminuiu o uso de carro para chegar ao local, caindo da faixa de 58% em 2004 para 39% uma década depois.

Para o gerente do Autódromo na SPTuris, João Mihalik, esses números revelam bastante sobre as características desse público. “Os fãs de automobilismo continuam acompanhando a categoria e fazem questão de ir ao evento. Por isso, é natural que o público esteja amadurecendo e também usando mais o transporte público. E o mais interessante é que também vemos mais pais trazendo seus filhos”, analisa. “Além disso, com a inauguração da estação Autódromo do trem da CPTM, em 2007, as pessoas têm tido mais consciência ao preferir transporte coletivo em detrimento do carro para ir a Interlagos”, completa. Os números da pesquisa de 2013 mostram que quase 30% do público usou ônibus e mais de 20% foi de trem.

Impacto turístico e econômico – A permanência média dos visitantes de outras cidades ficou em quase três dias – justamente o período do evento, com início dos treinos livres na sexta, classificatório no sábado e prova no domingo. Em 2013 e 2014, dois terços ficaram hospedados em hotel ou flat, além de 19% deles afirmarem que compras é uma das atividades preferidas.

O gasto médio aumentou ao longo do tempo, passando de R$ 930 em 2004 para R$ 3 mil dez anos depois. “Essa grande diferença e crescimento acompanhou a inflação acumulada da última década. E o reflexo na economia também é importante, pois em 2014 chegou à marca de R$ 296 milhões em movimentação na cadeia turística da cidade”, destaca Mihalik.

Corrida para todos – Nos últimos dez anos, outro tema que teve atenção especial da administração do Autódromo de Interlagos foi a acessibilidade para o público, a fim de receber bem pessoas com deficiência e mobilidade reduzida em todos os eventos realizados no equipamento.

Houve melhorias de infraestrutura em vários pontos do local, com instalação de rampas de acesso, sinalização, piso tátil, corrimões, arquibancadas com novas áreas reservadas e banheiros acessíveis nos setores. “Temos de pensar em recebem bem e dar as mesmas condições a todos. Por isso, essa foi uma de nossas principais preocupações ao implementar melhorias na infraestrutura do Autódromo. E hoje nos orgulhamos em oferecer um espaço muito mais acessível”, completa o presidente da SPTuris, Alcino Rocha.

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