Conserto de automóvel em oficina mecânica é quase sempre sinônimo de dor-de-cabeça e preços altos. O consumidor deve exigir um orçamento prévio, peças originais e vistoriar o veículo ao deixá-lo e retirá-lo da oficina.
Deixar um veículo para reparos e consertos em uma oficina mecânica é quase sempre sinônimo de dor-de-cabeça, problemas e preços altos. Para evitar desgastes na hora de contratar o serviço de um mecânico ou funileiro a Fundação Procon de São Paulo dá algumas dicas aos consumidores.
Para quem é leigo em mecânica, funilaria e pintura o ideal é procurar profissionais recomendados através de familiares e amigos que já tenham utilizado de seus serviços. Antes de fechar um acordo sobre o conserto, é essencial pesquisar bem e comparar os preços, facilidades de pagamento e qualidade do serviço.
O consumidor deve exigir um orçamento prévio do conserto ou reparo. Caso o mecânico cobre por este serviço, ele deve avisar com antecedência, pois se decidir cobrar após a vistoria do veículo, sem avisar, o dono do carro não é obrigado a pagar.
Normalmente, o orçamento é gratuito, mas se for cobrado sem o aviso prévio, o consumidor não deve pagar nada”, afirmou a técnica da área de serviços do Procon, Gabriela Glinternic.
Exija um orçamento completo com a descrição minuciosa dos problemas apresentados pelo veículo e também das peças e serviços que serão utilizados. Além disso, devem estar listados a mão-de-obra, os valores de cada peça e serviço, as condições de pagamento, as datas de início e término dos serviços e o prazo de validade e de garantia do serviço.
Peças trocadas devem ser originais
Todas as peças trocadas devem ser originais de fábrica. Caso as peças de reposição não sejam originais, o consumidor deve ser avisado. O ideal é evitar que a peças a serem substituídas sejam compradas pelo próprio mecânico, porque geralmente a cotação deste profissional é mais cara que a cobrada pelo mercado de autopeças.
O consumidor deve solicitar a lista do material necessário e comprar em lojas especializadas ou revendedoras, onde os preços são mais baratos. Caso os funcionários da oficina se negarem a trabalhar desta forma, apresente o artigo 21 do Código de Defesa do Consumidor, que diz que as peças só poderão ser recondicionadas mediante autorização do consumidor. O cliente pode pedir devolução das peças que foram substituídas.
Para evitar prejuízos maiores do que o conserto de seu automóvel, solicite um documento protocolado relatando as condições gerais do carro, onde devem estar descritos a quilometragem e o nível de combustível no momento de chegada a oficina. O consumidor deve evitar deixar objetos de valor e uso pessoal no veículo durante sua estadia na oficina.
Consumidor deve vistoriar o veículo no momento da entrega
No momento da entrega do veículo, o consumidor deve fazer uma vistoria completa sobre o estado geral do veículo, certificando-se que não existem amassados, riscos, equipamentos quebrados, combustível a menos.
Aproveite para testar o carro junto com o mecânico dando uma voltas nas redondezas da oficina, verificando se não existe nenhum problema com o motor ou barulhos de peças soltas. Só retire o automóvel após o serviço completo.
Se houver algum problema, formalize o problema em um documento assinado pelo mecânico responsável. Caso não aconteça entendimento amigável entre as partes, registre um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima do estabelecimento e depois registre sua reclamação no Procon.
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, a oficina deve oferecer uma garantia legal de, no mínimo, 90 dias para qualquer serviço executado. Se o serviço não estiver a contento, o contratante poderá exigir alternativamente, nova execução do serviço, a restituição da quantia paga atualizada monetariamente, ou o abatimento proporcional do preço.
Exija sempre nota fiscal discriminada contendo tudo o que foi disposto no orçamento, assim como os dados do veículo e das partes envolvidas. Em caso de problemas denuncie o estabelecimento no Procon.