Muitos motoristas (homens e mulheres) simplesmente entram em pânico ao dirigir sob chuva. O problema, porém, pode ser resolvido consultando um psicólogo ou um técnico, dependendo do caso.
A psicóloga Denise Tolloti, da Clínica Atos, de São Bernardo, explica que são muitas as causas que afetam o lado emocional de uma pessoa. Por exemplo, quem deixou de dirigir por algum tempo e, ao tentar fazê-lo novamente, se depara com um trânsito totalmente diferente, com um número bem maior de veículos nas ruas.
O fator comodidade é outra causa: se a pessoa tem alguém que dirige para ela, por que pegar o volante e, com isso, arranjar uma preocupação a mais?
Denise Tolloti acrescenta que deve se considerar também que cada pessoa tem sua própria personalidade mas, invariavelmente, os motoristas que entram em pânico avaliam de maneira incorreta o fato de ter sob sua responsabilidade o controle de um veículo, dando origem a reações inesperadas. “Geralmente esses motoristas pensam apenas numa coisa: sair daquela situação o mais rápido possível, custe o que custar, por não saber como controlá-la”, explica.
Para os casos em que o lado emocional é afetado, recomenda-se a psicoterapia como forma de descobrir as causas do trauma ou o motivo do bloqueio que a pessoa apresenta.
Já quando o motorista tem medo ou sente insegurança ao dirigir, o obstáculo pode ser vencido com orientações teóricas e aulas práticas ministradas por um técnico. O engenheiro mecânico Alcides Franhani Júnior, responsável pelo curso Direção & Ação, de São Bernardo, conta que muitas vezes o medo e a insegurança ocorrem porque o motorista não tem conhecimento técnico sobre diferentes situações.
“Ao receber instruções práticas, por exemplo, sobre como agir em determinadas manobras no trânsito urbano ou rodoviário, muitas dúvidas são esclarecidas e, gradativamente, o motorista passa a ter confiança em si mesmo.
Suas reações e atitudes são tomadas com firmeza e, diante da sua nova postura ao volante, com relativa facilidade o motorista deixa de lado o medo e a insegurança que o dominava até então”, diz o engenheiro mecânico.