Cada vez mais presente nos veículos, o ar-condicionado também conhecido como filtro de cabine merece atenção dos motoristas na hora de fazer a manutenção automotiva. Para que o sistema funcione adequadamente, impedindo que impurezas entrem no veículo e evitando maus cheiros, alguns cuidados são necessários.
“O filtro é muito importante para que o equipamento de ar-condicionado desempenhe seu papel corretamente e fundamental para a saúde dos ocupantes do veículo”, revela João Moura, presidente da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas Automotivos e Industriais.
A manutenção incorreta pode propagar doenças, como alergias respiratórias, gripes e até pneumonia. Por isso, é preciso que os elementos filtrantes estejam sempre higienizados.
Moura explica que por sofrer impregnação de resíduos, provenientes da umidade do ar, fuligem externa e outras partículas poluentes, que trazem microorganismos, o sistema de ar-condicionado é um ambiente propício para criação de fungos e bactérias, quando não realizada a manutenção. Algumas doenças transmissíveis, respiratórias e alérgicas, como sinusite, rinite, asma, resfriado e gripe podem ser consequência da má higienização do ambiente interno do veículo.
Há dois tipos de filtros para cabine – com e sem carvão ativado. “Os mais eficientes são os plissados e que possuem o carvão ativado, pois filtram gases, resíduos orgânicos e inorgânicos, além de inibir odores”, esclarece.
Ao falar de manutenção do ar-condicionado automotivo é importante não apenas limpar a caixa do ar-condicionado, mas sim fazer a higienização. “O veículo deve estar limpo, bem como bancos, tapetes e carpetes”, ressalta.
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, os veículos novos não gastam e ou perdem gás do ar-condicionado, a não ser que tenha vazamento na mangueira. “O grande problema da perda de gás são vazamentos, caso contrário não há necessidade de troca”, comenta.
Fabricantes recomendam verificar o sistema de ar-condicionado a cada 12 meses ou 15 mil km, o que vencer primeiro. Mas, Moura alerta: “O bom senso é mandatório, caso o carro seja utilizado numa grande concentração de poeira pode ser necessário antecipar a manutenção. O recomendável é seguir as recomendações do fabricante e ficar atento para o caso de odores estranhos ou funcionamento inadequado do ar condicionado”.