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Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos exibe avanços da indústria

Os rumos, as tendências e os importantes trabalhos que vêm sendo desenvolvidos pela indústria de lubrificantes, aditivos e fluidos para assegurar ganhos de desempenho e qualidade aos usuários finais dos veículos automotores foram apresentados e debatidos ontem (28), durante VIII Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos.

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Promovido pela AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, o evento ocorreu no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo (SP), e reuniu mais de 250 pessoas, entre a especialistas, profissionais e representantes deste mercado.

O presidente da entidade Edson Orikassa, em palestra de abertura, lembrou do papel fundamental da cadeia de suprimentos no Inovar-Auto.

“Chegamos na metade do caminho com o programa de incentivo e o setor de lubrificantes não fugiu à regra. Desde o início apresentou importantes inovações de modo a contribuir com a indústria”, disse Orikassa. A cerimônia de abertura também teve a participação de Simone Hashizume, coordenadora do evento, ao lado de Sérgio Viscardi e de Everton Gonçalles.

O evento também contou com uma palestra especial intiulada “Negócios Automotivos 2016”, ministrada por Vitor Klizas, presidente da Jato Dynamics. Na oportunidade, o executivo exibiu uma panorama geral sobre a frota brasileira, hoje composta por 38,5 milhões de veículos, dado estabelecido pelos critérios de sucateamento, como idade média, de acordo com o segmento. Vale acrescentar que 70% da frota nacional está concentrada nas regiões Sul e Sudeste, com o intuito de oferecer informações consistentes aos fabricantes de lubrificantes.

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Outra questão apresentada por Klizas é a importância da transparência com o consumidor brasileiro, uma vez que, de acordo com ele, hoje o consumidor desembolsa 50% a mais do valor total pago por um veículo de entrada (faixa de R$ 30 mil, por exemplo) no prazo de 36 meses com custos que incluem revisões, manutenção corretiva, seguro, pneus, entre outros.

Ao iniciar as apresentações do Painel I, Sérgio Viscardi, coordenador da comissão técnica de Lubrificantes da AEA, conduziu uma palestra elaborada exclusivamente por membros da comissão,  de empresas associadas à entidade. Com o tema “Evolução dos lubrificantes para as novas tecnologias automotivas”, Viscardi mostrou como a indústria precisou evoluir para acompanhar as novas tecnologias de motores, como injeção direta, downsizing, sistema start-stop e turbos, ao desenvolver produtos de baixa viscosidade e novas moléculas de aditivos para melhorar a eficiência energética, com o uso também de básicos diferenciados.

Para Viscardi os próximos passos são o atendimento de requisitos atuais como a baixa volatilidade, compatibilidade com catalisadores, economia de combustível, relações custo benefícios e baixas cinzas.

“A comissão técnica de Lubrificante da AEA entende que o lubrificante é um componente importantíssimo para o aumento da eficiência energética e redução de emissões, podendo muito colaborar no atingimento das metas definidas no Inovar-Auto”, afirma Viscardi.

A história de vida de seus óleos lubrificantes, desde a produção até a reciclagem, foi contada por meio da análise de seus componentes na apresentação “Em análise do ciclo de vida de lubrificantes de baixo grau de viscosidade para melhoria de eficiência energética”, por Taco Van Der Maten, gerente de Marketing da Panalytical.

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Na sequência, o engenheiro mecânico da Afton Chemical, Gregorio Urdaneta, com o tema “Injeção direta a gasolina – Novos desafios para lubrificantes”,  comentou sobre a série de melhorias tecnológicas que a indústria apresentou nos últimos anos com os incrementos do torque e potência, inserção do turbo e motores com injeção direta de combustível, incluindo a baixa viscosidade para contribuir com a economia de combustível. Para ele, a injeção direta será uma tecnologia dominante no mercado no futuro.

Em apresentação “Mercado de motocicletas e a próxima geração de óleos para motocicletas”, a gerente de Tecnologia para América Latina da Infineum, Margareth Carvalho, informou que o mercado de motocicletas é o segmento que teve crescimento mais expressivo nos últimos quatro anos.

E ao contrário do mercado de automóveis, os lubrificantes desenvolvidos para as motos são diferentes pois trabalham constantemente em regime mais severo, já que lubrificam não só o motor como também as engrenagens e caixa de transmissão, além de trabalhar com temperaturas bem mais elevadas.

Para ela, o desafio é muito maior, uma vez que motociclista é mais sensível enquanto pilota porque conhece muito mais o equipamento. “Ele sente com muito mais facilidade as respostas das mudanças como na aceleração e/ou qualquer tipo de ruído e vibração”, conta a gerente.

O Painel II foi iniciado com “Novas tecnologias para economia de energia em MTF”, por Martin Stork, gerente de Tecnologia Global da Petronas. Na ocasião, Stork tratou de lembrar sobre as vantagens dos carros que utilizam as transmissões manuais como longa durabilidade de mais de 150 mil quilômetros, boa eficiência de combustível e baixas manutenções e custos.

E segundo ele, um dos fatores-chave para estes benefícios se deve à tecnologia aplicada nos lubrificantes. O gerente ainda explicou como diferentes óleos com a mesma base podem ajudar a atingir as metas de desenvolvimento na indústria no futuro e ainda reduzir a emissões de CO2.

“Óleos lubrificantes para motores Diesel” foi o tema da palestra de Thiago Trecenti, diretor geral da Lwart Lubrificantes. Trecenti abordou sobre a evolução dos processos de rerrefino e das principais características dos óleos básicos rerrefinados GII, além de comentar sobre a capacidade dos óleos básicos GII em atender às exigências extremas dos lubrificantes para motores Diesel e mostrar também um comparativo de desempenho entre os óleos básicos de primeiro refino versus os óleos básicos rerrefinados GII.

“O aumento da eficiência do trem de força dos veículos comerciais vem fazendo crescer a carga específica em todo o sistema elevando a severidade operacional destes veículos”, disse Fabio Jacoby, gerente de Tecnologia para Aplicação de Fluidos para trem de força, da Lubrizol, em apresentação “Lubrificantes para diferenciais com especificações globais e seus benefícios quando usados em condições brasileiras de operação”, que abriu o Painel III.

Para Jacoby, a utilização de tecnologias e especificações convencionais de lubrificantes nos sistemas de engrenamento pode levar a perda de durabilidade destes agregados. Na oportunidade, mostrou também o desempenho, em eixos de tração, de diferentes lubrificantes que o mercado consumidor, às vezes, enxerga como iguais.

O gerente de Mercado da Chevron Oronite, Rafael Ribeiro, em palestra “Desenvolvimento acerca de eficiência energética e outras tendências que Impactam a nova geração de lubrificantes para HD”, colocou em perspectiva as contribuições advindas do lubrificante do motor nas demandas por eficiência energética e relativas.

Em adicional também relacionou as forma de medida de economia de combustíveis com as características viscométricas do óleo, além de comparar com as contribuições vindas da tecnologia de aditivo.

A sessão de encerramento do VIII Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluidos foi conduzida por Everton Gonçalles, também membro da comissão organizadora do evento.

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