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Toyota do Brasil economiza 57 milhões de litros de água

Atenta aos desafios dos últimos anos no cenário hídrico brasileiro e ao impacto das mudanças climáticas sobre suas operações e o meio ambiente, a Toyota do Brasil economizou em seu último ano fiscal 2014-2015, que vai de 1º de abril de 2014 a 31 de março de 2015, 57 milhões de litros de água.

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O volume seria suficiente para abastecer mais de cinco milhões de pessoas, de acordo com a Organização das Nações Unidas. Os dados são destaque do Relatório de Sustentabilidade da Toyota do Brasil 2015, documento que apresenta os resultados, metas e melhorias da gestão socioambiental e econômica assumidos pela empresa em todos os níveis de gestão do seu negócio.

A redução do consumo de água só foi possível por conta do investimento da montadora na diminuição do consumo de água por veículo produzido, que neste ano fiscal alcançou 1,98 m3/veículo, redução de 11,2% em relação ao ano de 2012.

Outro indicador prioritário da companhia é o descarte total de efluentes, que foi de 212.052 m³. A água usada nos processos fabris só é devolvida à rede pública, após tratamento físico-químico adequado nas estações de tratamento de efluentes (ETEs).

Além de investir em veículos com maior eficiência e consequentemente menor fator de emissão, a Toyota está comprometida mundialmente com o uso responsável de recursos energéticos, da produção à logística. Para isso, investe no controle da pegada de carbono em todos os estágios do ciclo de vida do automóvel.

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Na produção, as emissões por unidade fabricada têm apresentado histórico de redução nos últimos anos, paralelamente ao aumento da produção – com a planta de Sorocaba e a expansão do negócio.

No ano fiscal 2014-2015 o indicador foi de 87,64 kg de CO2 por veículo produzido – uma redução de 19,1% em relação a 2012. Apenas em produção de veículo a reduç&atil de;o foi de 282 toneladas CO2. O volume corresponde à emissão de 80 carros compactos que circulam até 10.000 quilômetros por ano.

Em operações logísticas, a montadora japonesa também reduziu a emissão de CO2 em três mil toneladas. Para isso, foram adotadas melhorias em eficiência de volume, rotas e controle de distâncias percorridas com rodovias alternativas por meio de uma série de medidas para reduzir a pegada de carbono no ciclo de vida dos produtos.

Entre elas estão a adoção de modais alternativos de distribuição, projetos de logística internacional e a instalação de fornecedores perto das fábricas.

Uma dessas melhorias é o recém-inaugurado centro de distribuição da Toyota, localizado próximo à área portuária de Suape, na cidade de Cabo de Santo Agostinho, região metropolitana de Recife (PE).

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A nova unidade contribuirá com a redução de 24% nas emissões de CO2 na atmosfera (redução de aproximadamente 1.600 toneladas de CO2 anuais). Este volume corresponde à quantidade de CO2 que uma floresta com 160 mil árvores, área equivalente a 2.000 campos de futebol, absorveria por ano.

Reciclagem e logística reversa

Em consonância com as diretrizes da matriz no Japão, a Toyota tem trabalhado junto ao setor automotivo para adaptar suas operações ao desafio de estruturar uma cadeia de reciclagem efetiva para os veículos no Brasil.

O Corolla possui um projeto adaptado para a reciclagem, o que permite a desmontagem adequada e a destinação de peças e componentes ao fim do ciclo de vida. Além do revestimento fabricado com resina, o painel central do sedã é construído com o Polímero Toyota Super Olefina (TSOP), 100% reciclável e elaborado pela Toyota.

Pneus, gás de ar- -condicionado, filtros de óleo e baterias também se destacam nas práticas de reciclagem. Desde 2008, um programa com distribuidores permite a logística reversa de pneus e baterias, tendo alcançado, até o fim do ano fiscal, mais de 2,8 milhões de kg de baterias destinados para reciclagem.

Com relação aos pneus, são cerca de 65 mil itens coletados por ano em todo o Brasil e encaminhados a ecopontos autorizados.

Ecoeficiência

O desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, a construção de fábricas que estejam em sintonia com o meio ambiente e a disponibilização de automóveis cada vez mais econômicos e menos poluentes são fatores fundamentais para manter os níveis atuais de produção com o menor impacto ambiental possível.

Para isso, a Toyota Motor Corporation possui uma visão de futuro que aborda três recursos de mobilidade, adaptados conforme as necessidades humanas. O primeiro passo é o uso de veículos elétricos, disponíveis principalmente para deslocamentos de curta distância.

Para transporte de passageiros em distâncias curtas, médias e longas, a aposta é na tecnologia híbrida, que alterna o uso de combustíveis fósseis e de energia elétrica conforme a necessidade de performance.

Esse é o modelo adotado, por exemplo, pelo Prius, com a tecnologia Hybrid Synergy Drive (HSD) – que permite a recarga automática da bateria pelos freios regenerativos – e com a combinação de motores elétricos e a combustão, que atuam de maneira alternada, de acordo com a velocidade e a necessidade de aceleração e desaceleração.

Os híbridos da montadora japonesa contribuíram para redução de cerca de 49 milhões de toneladas nas emissões de CO2, se comparados ao mesmo número de veículos tradicionais.

Além disso, 95% do Prius é recuperável, 85% do veículo é reciclável, e 95% dos componentes da bateria de alta voltagem podem ser reutilizados.

Já a opção futura viabiliza o uso de veículos movidos a células de combustível hidrogênio. É o caso do Mirai, sedã de quatro lugares lançado pela Toyota em novembro de 2014, que rompe totalmente com o uso de combustíveis fósseis, por meio da geração de energia via células de hidrogênio.

Já disponível para venda no mercado japonês, o Mirai possui autonomia de até 480 quilômetros, 153 cavalos de potência e alcança a velocidade de 100 km/h em menos de 10 segundos.

Seu funcionamento se dá a partir do uso de uma célula combustível de hidrogênio que, em mistura com o oxigênio, gera energia sem produzir emissões de carbono. A reação emite, essencialmente, calor e água pura, sem poluentes.

Processo de materialidade

No ano fiscal 2014-2015, a Toyota conduziu seu primeiro processo de materialidade, considerando orientações da nova versão (G4) das diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), organização holandesa que desenvolveu o modelo de relatório de sustentabilidade mais utilizado no mundo.

Realizada como parte do processo de produção do Relatório de Sustentabilidade, essa etapa de consulta e avaliação de temas críticos tem a capacidade de melhorar o olhar da empresa sobre seus impactos, considerando a percepção dos diferentes públicos de relacionamento, além de fornecer insumos para a estratégia dos negócios no País.

A materialidade da montadora envolveu diferentes ferramentas de consulta, incluindo entrevistas com lideranças, fornecedores, academias e ONGs e uma consulta online, abrangendo fornecedores, distribuidores e público interno. No total, foram 355 pessoas consultadas.

A partir dessas percepções, foi possível mapear um total de oito temas materiais (mais alta relevância), que dialogam diretamente com a Visão Global, a estratégia de negócios e as políticas ambientais da empresa. O foco nos temas também permitiu a realização de uma correlação com as diretrizes GRI, definindo os indicadores reportados ao longo deste relatório.

Fundação Toyota do Brasil completa 5 anos de atividades em 2014

O braço social da montadora, a Fundação Toyota do Brasil, criada em 2009, tem atuado fortemente em parcerias e iniciativas próprias que contribuem para o desenvolvimento sustentável e a formação de cidadãos. Entre projetos nacionais e locais, as ações focam, principalmente, a preservação do meio ambiente e educação.

Após 25 anos de trabalho pela preservação ambiental, o Projeto Arara Azul e a Fundação Toyota do Brasil conquistaram um de seus principais objetivos em 2014, a espécie saiu da Lista de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção.

A entidade e a montadora apoiam o Instituto Arara Azul, idealizador da iniciativa, no Pantanal sul-mato-grossense, onde colabora com atividades de proteção e monitoramento de uma população de cerca de 3 mil aves naquela região. Na década de 90, especialistas contabilizavam cerca de 1.500 aves.

Já no projeto Toyota APA Costa dos Corais, uma parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do governo federal, a maior conquista é a crescente visibilidade e conscientização da população local quanto à necessidade de se preservar parte importante dos recifes da costa brasileira.

O projeto prioriza a conservação dos recifes de corais e ecossistemas associados ao peixe-boi marinho em uma área de 413 mil hectares nos estados de Alagoas e Pernambuco. Além disso, a Fundação Toyota criou um fundo, administrado pela Fundação SOS Mata Atlântica, para que o projeto se torne autossustentável em um período de dez anos.

Localmente, a Fundação Toyota do Brasil desenvolve uma série de atividades voltadas para a área socioeducacional nas cidades em que a montadora possui unidades – Guaíba (RS), Indaiatuba (SP), São Bernardo do Campo (SP), São Paulo (SP), Sorocaba (SP) e Porto Feliz (SP) -, como é o caso, por exemplo, do Projeto Ambientação, ação que utiliza a metodologia exclusiva da Toyota para identificar problemas e buscar soluções sustentáveis.

Entre as ações estão reflorestamento, gerenciamento de resíduos e uso racional de energia elétrica e água. Durante cinco anos, mais de 415 mil pessoas foram capacitadas.

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