Uma clássica largada para o Campeonato Mundial – a Volkswagen dá início à sua campanha no Campeonato Mundial de Rali da FIA (WRC) numa prova verdadeiramente icônica a partir desta quinta-feira (21) até o domingo (24), o Rali de Monte Carlo. Três Polos R WRC vão alinhar entre os participantes do Rali de Monte Carlo, primeira das 14 etapas que fazem parte do Campeonato Mundial de Rali deste ano.
Sébastien Ogier e Julien Ingrassia (França/França), Jari-Matti Latvala e Miikka Anttila (Finlândia / Finlândia) e Andreas Mikkelsen / Anders Jæger (Noruega / Noruega) são as duplas a serem batidas. Os pilotos e navegadores da equipe Volkswagen finalizaram o campeonato mundial do ano passado em primeiro, segundo e terceiro lugares.
As duplas da Volkswagen terão que enfrentar outro duro adversário: o próprio rali. Com o tempo imprevisível tornando frequentemente qualquer opção entre pneus uma loteria, o afamado “Monte”, como é chamado entre os pilotos, é a forma mais dura possível para começar a nova temporada.
O percurso da edição 2016 do rali tem 377,59 quilômetros de extensão, distribuídos em 16 etapas especiais, em que se destacam o famoso “Sisteron-Thoard” e o Col de Turini.
“O Rali de Monte Carlo frequentemente se apresenta como algo que torna Mônaco um lugar famoso: um jogo”, afirma o diretor de Motorsport da Volkswagen, Jost Capito. “O clima inconstante torna a escolha dos pneus uma loteria.
Por um lado, você precisa que o piloto e o copiloto tenham uma integração perfeita. De outro, você também precisa que os observadores, a equipe de previsão do tempo e a equipe de apoio trabalhem em harmonia. Quanto a isso, não há desafio maior no Campeonato Mundial de Rali. Exatamente por isso estamos tão ansiosos pela prova, assim como bem preparados para ela.”
“39 entre 80”: a loteria dos pneus – Seco ou molhado? Neve ou gelo negro? Poças d’água ou trilhas congeladas? Essas são as perguntas que precisam ser respondidas antes de selecionar os pneus no Rali de Monte Carlo. Há um porém em relação a isso no famoso “Monte”: o tempo e as condições de piso não são nada fáceis de prever. Especialmente porque não é raro encontrar todas as condições acima em uma única etapa.
Enquanto o lado ensolarado de uma montanha pode estar seco, você pode facilmente encontrar gelo negro no lado da sombra, apenas uma curva depois. A vantagem fica com quem pode confiar em boas equipes em seus carros precursores – os chamados “observadores do gelo” percorrem o caminho antes da largada de cada trecho especial e passam as informações para o copiloto, que adapta a elas suas anotações sobre o ritmo a ser seguido pelo piloto.
No que diz respeito aos pneus, os pilotos do WRC dispõem de um máximo de 20 pneus macios e 24 supermacios para asfalto, assim como 12 pneus de inverno sem cravos e 24 com cravos. Em todo o rali, podem ser usados no máximo 39 desses 80 pneus. Cada um tem que ser utilizado no momento certo: além dos quatro instalados nas rodas do carro, no máximo dois estepes podem ser levados no porta-malas.
Apelo e motivação de uma nova temporada – Quando Sébastien Ogier/Julien Ingrassia, Jari-Matti Latvala/Miikka Anttila e Andreas Mikkelsen/Anders Jæger abrirem o caminho no Rali de Monte Carlo – uma honra destinada a eles por terem terminado em primeiro, segundo e terceiro lugares no Campeonato Mundial do ano passado – só terão passado 70 dias desde a última vez que eles largaram para um trecho especial.
A relação de inscritos para o Rali de Monte Carlo fala por si: somadas todas as equipes, há 15 carros na categoria World Rali e mais 75 veículos em outras categorias, todos inscritos para esse rali clássico em 2016.
A área de serviços para o Rali de Monte Carlo de 2016 será instalada primeiramente em Gap, nos Alpes Marítimos Franceses, antes que a caravana do WRC siga para o porto de Mônaco para seu encerramento. Para o tricampeão mundial Sébastien Ogier, a prova de abertura da temporada é uma corrida “doméstica”: ele nasceu em Gap. No ano passado, o roteiro passou por dentro de sua cidade natal, não muito longe do centro.
Após a Largada Cerimonial, que ocorre nesta quinta-feira, no Cassino de Mônaco, os participantes enfrentarão dois trechos especiais no escuro, a caminho de Gap. Não será apenas a visibilidade que irá desempenhar um papel fundamental: poças congeladas e possivelmente neve em alguns lugares serão os primeiros desafios da temporada nos estágios “Entreviu-Val de Chalvagne-Rouaine” e “Barles-Seyne”.
Na sexta-feira serão três etapas ao norte de Gap, cada uma a ser percorrida duas vezes. Sábado será não apenas o dia dos trechos clássicos – em especial o “Sisteron-Thoard” – mas também o dia mais longo do rali. Praticamente a metade dos quilômetros corridos contra o relógio serão disputados nesse dia. O domingo incluirá duas tentativas no trecho “Col de l’Orme-St. Laurent”, que também faz parte do Power Stage, que finaliza o rali. Entre as duas tentativas foi incluída uma nova versão do Col de Turini – a etapa “La Bollène-Vésubie-Peira-Cava”.
Desafio logístico: de Gap para Mônaco – a área de serviços faz mudança – As equipes precisam superar outro desafio no Rali de Monte Carlo: após feita a manutenção na metade do dia em Gap, todo o circo do rali precisará se deslocar 310 quilômetros até o porto de Mônaco. Isso envolve a remontagem de toda a área de serviços. A próxima manutenção está marcada para pouco depois das sete horas da manhã de domingo.
Declarações pré-Rali de Monte Carlo
Sébastien Ogier, Volkswagen Polo R WRC #1 – “Não consigo imaginar um rali melhor para começar uma nova temporada. Eu venci Monte Carlo nos últimos dois anos e, obviamente, gostaria de ganhar este ano novamente. Para mim, é o rali mais importante do ano. Um fator-chave é a escolha dos pneus. Nós, pilotos, dependemos muito de nossos observadores. Tudo tem a ver com interpretar corretamente as condições climáticas e entender o clima único dos Alpes.”
Jari-Matti Latvala, Volkswagen Polo R WRC #2 – “O Rali de Monte Carlo é algo muito especial todos os anos. As condições nas montanhas podem mudar muito de um minuto para outro. As estradas no lado ensolarado de uma montanha são completamente diferentes do lado da sombra, onde frequentemente estão congeladas.
Quanto melhor a comunicação com os observadores do gelo, maior é a probabilidade de conseguir um bom resultado. Só a apresentação – ficar em frente ao Palácio Real e, se possível, receber um troféu – para mim representa a suprema motivação a cada Rali de Monte Carlo.
Andreas Mikkelsen, Volkswagen Polo R WRC #9 – “Tenho que admitir que o Rali de Monte Carlo não é um dos meus favoritos. No ano passado, terminei aqui em terceiro lugar, o que seria um resultado excepcional novamente em 2016. A partir de agora, estarei guiando junto com meu novo copiloto, Anders Jæger.
Naturalmente, vai demorar um pouco para nós até chegarmos a um desempenho cem por cento. Eu tenho uma sensação extremamente positiva, após todos os testes que fiz com Anders. Estou certo de que encontraremos nosso ritmo após alguns trechos especiais.”