Quando o assunto é segurança nas estradas, os motoristas, tanto de automóveis quanto de caminhões e ônibus, devem estar atentos ao estado geral das peças e componentes do veículo para evitar acidentes, uma triste realidade que virou rotina nos noticiários.
Ao realizarem a manutenção preventiva junto a mecânicos e oficinas especializadas, os motoristas preservam vidas, garantem melhor performance dos equipamentos e a integridade das cargas, através de um trânsito mais seguro para todos.
As fabricantes de autopeças das Empresas Randon – Suspensys, Fras-le, Controil, Master e JOST Brasil – apontam algumas dicas importantes para verificação dos principais itens de segurança em veículos da linha pesada e reforçam a importância da manutenção.
Tambor de Freio: Com a utilização frequente do sistema de freios do veículo pesado, onde a lona é pressionada contra o tambor metálico, há um desgaste natural da peça e a consequente diminuição da espessura do tambor de freio.
Isso, além de não oferecer segurança nas frenagens, pode gerar trincas e os pedaços podem se desprender em direção à pista, situação de perigo para outros motoristas e também pedestres.
Suspensões: A periodicidade de troca de componentes depende da aplicação de cada produto.
– Evite rodar o veículo ou semirreboque com sobrecargas, isso reduz a vida útil dos componentes da suspensão.
– Substitua os itens de desgaste da suspensão, como balancim, buchas e placa de desgaste, para não comprometer sua eficiência.
– Efetue as manutenções periódicas e as lubrificações recomendadas nos manuais de manutenção do veículo
– Tanto nas suspensões pneumáticas quanto nas mecânicas, faça a verificação dos torques nos parafusos, do estado das buchas da suspensão e das barras de reação, do desgaste das lonas de freio, da lubrificação dos componentes e do alinhamento dos eixos.
Na pneumática também avalie a pressão de ar dos balões e o estado da borracha dos mesmos. Para completar a revisão da suspensão mecânica, observe o desgaste dos componentes de atrito (molas, placas de desgaste, balancim).
Lonas para Freio: O desgaste da lona deve ser verificado periodicamente, através de uma inspeção visual no freio. Caso a lona esteja no final de sua vida útil e não for substituída, o rebite, que deve ser de latão ou aço latonado, começa a atritar no tambor de freio, danificando-o, não realizando de modo eficiente a frenagem e pode, inclusive, se soltar e causar acidentes.
“Sintomas” que podem indicar problemas no freio:
– O veículo está “puxando” mais para um lado, dificultando a dirigibilidade;
– Veiculo percorre uma distância muito maior até parar completamente;
– Trepidação no pedal de freio;
– Curso longo do pedal de freio.
Líquido de Freio: Deve ser observada a troca periódica do líquido de freio a cada 10 mil km ou anualmente, seguindo a recomendação do fabricante.
– Como o líquido de freio é um produto higroscópico (que absorve umidade), no caso de não haver sua troca o funcionamento do sistema hidráulico pode ser comprometido devido à formação de impurezas.
– Não é aconselhável repor o líquido em caso de queda de nível do reservatório. Quando isso ocorre, se faz necessária uma manutenção corretiva a fim de identificar a possível causa. Após proceder a substituição total do líquido de freio.
A manutenção preventiva garante melhor desempenho e funcionamento do sistema de freios, contribuindo para o aumento da segurança nas estradas. Além da manutenção periódica, deve-se prestar atenção em indícios de possíveis anormalidades no sistema de freio, com destaque para itens como:
Molas do Freio: Responsáveis por manter as lonas distantes do tambor, devem ser substituídas a cada troca de lonas.
Eixo Expansor – Folga Radial: o eixo expansor é responsável pelo deslocamento dos patins, fazendo com que as lonas entrem em contato com o tambor de freio. A troca das buchas deve ser efetuada sempre que a folga exceder 0,8mm, porém, se após a substituição a folga não reduzir, aconselha-se a substituição do eixo expansor.
Eixo Expansor – Folga Axial: sempre que a folga exceder 1,5mm, deve-se acrescentar arruelas espaçadoras entre o anel elástico e o ajustador (catraca).
Patim de Freio: Componente onde são fixadas as lonas, devendo ser substituído sempre que apresentar empenamento, desgaste nos furos dos rebites e nos alojamentos dos pinos e roletes.
Ajustador Automático: Com uso obrigatório desde 2014 em todos os veículos de transporte de passageiros e de carga, servem para aproximar e manter a folga entre lona e tambor constante. Deve-se providenciar o reparo completo sempre que o ajustador automático apresentar deficiência para manter a folga entre lona e tambor.
Câmara de Freio: Responsável por produzir a força de acionamento do sistema de freio, necessita de manutenção quando apresentar vazamento ou quebra da mola (câmaras traseiras).
O Manual de Manutenção completo pode ser acessado pelo site www.freiosmaster.com.
Quinta Roda: As peças do kit de travamento da Quinta Roda possuem medidas-limite de desgaste, principalmente a garra de travamento e o disco de fricção, que estão em atrito direto com o Pino Rei.
Estes dois componentes, juntamente com a barra de travamento, precisam ser substituídos respeitando seus limites de desgaste. Esta verificação deve ser mandatória durante a manutenção da Quinta Roda.
Consulte a JOST Brasil ou visite www.jost.com.br para acessar o Guia de Manutenção do produto.
Pino Rei: Por ser feito em bloco maciço, quando há o desgaste, precisa ser substituído. O principal sinal que anuncia esta situação é o impacto na freada ou arranque do caminhão. Isso ocorre devido à folga no sistema, fazendo com que o Pino Rei e os componentes da Quinta Roda se desgastem.
É importante frisar que o produto não aceita nenhum tipo de reparo, como aplicação de solda, que altera suas características, facilitando a quebra no momento de um esforço severo. Além disto, deve ser instalado com parafusos originais, desenvolvidos especialmente para a utilização com o Pino Rei JOST.
Para garantir maior segurança, todas as Linhas de Reposição das fabricantes de autopeças das Empresas Randon seguem os mesmos critérios, tecnologias e a qualidade dos produtos destinados às linhas das OEMs, visando preservar veículos, cargas e, principalmente, vidas.