O Instituto Renault reuniu especialistas para debater temas ligados à segurança viária e à mobilidade urbana, no Open Fórum de Educação para a Segurança no Trânsito, realizado no estande da fabricante no Salão do Automóvel de São Paulo.
O evento contou com a participação de Rosana Néspoli, gerente da Escola Pública de Trânsito do Detran-SP; Josiane Arruda, gerente do Departamento de Trânsito de São José dos Pinhais, no Paraná;
E Flavio Tavares, representando o Instituto Parar, entidade que atua junto a profissionais de frotas leves na América Latina, em nome de um trânsito melhor e mais seguro.
O debate foi mediado pelo apresentador Marcelo Tas, um dos embaixadores do movimento “Não Foi Acidente”, que batalha contra a impunidade nos casos de acidentes causados pela mistura de álcool e direção.
Um dos criadores do movimento, Nilton Gurman, também esteve presente no Opem Fórum.
“Quando a gente vê uma empresa que entende que a comunicação passa pelo envolvimento da comunidade em temas como este, ficamos otimistas”, afirma Tas.
Debates – Atuando no maior órgão executivo de trânsito da América Latina, Rosana Néspoli afirma que circulam pelo Estado cerca de 25 milhões de veículos. Segundo ela, o Detran-SP tem atuado em diversas frentes para tornar seu serviço cada vez mais eficiente.
“Atender bem é dever do Estado, mas nossa missão é formar bons condutores e licenciar carros seguros”, diz. Para Rosana, é crescente a demanda da sociedade por serviços menos burocráticos em todos os órgãos públicos.
Já Josiane Arruda relatou a experiência da “intersetorialidade” na prefeitura de São José dos Pinhais para mobilizar parceiros em torno das melhorias de trânsito na cidade, que conta com uma frota fixa de 180 mil veículos – fora os que passam pelo município em direção a outros locais.
Ela menciona o Instituto Renault como um importante parceiro.
“A minicidade do projeto O Trânsito e Eu, em parceria com o Instituto e a concessionária Ecovia, é, sem dúvida, uma grande conquista de São José dos Pinhais. Cerca de 1.500 alunos passam por lá todos os anos”, declara.
Flavio Tavares, do Instituto Parar, mostrou as graves estatísticas do trânsito brasileiro – com cerca de 40 mil mortos ao ano e um acidente fatal a cada 12 minutos.
“Em 93% dos casos, os acidentes são causados por negligência humana. Por que a sociedade é insensível a essas estatísticas?”, questiona. O Instituto Parar tem hoje cerca de 9 mil executivos filiados e é o maior movimento de gestores de frota da América Latina.
Caique Ferreira, vice-presidente do Instituto Renault e diretor de comunicação da marca, afirma que várias melhorias já aconteceram nos últimos anos, como o endurecimento das penas para a embriaguez ao volante, mas a sociedade pede mudanças mais rápidas.
“O Instituto Renault acredita que apenas educação pode ajudar a reverter o grande número de acidentes registrado anualmente no país. Por isso, dentro do eixo Educação para a Segurança no Trânsito, realizamos uma série de ações para diversos públicos, a fim de prestar nossa colaboração para um trânsito mais humano e seguro”, afirma.