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Férias na estrada: atitudes recomendadas para garantir a segurança de todos

As confraternizações de fim de ano acabaram, mas muitas famílias continuam aproveitando a alta temporada de verão e as férias escolares para pegar a estrada. Mais frequentes nessa época, os deslocamentos rodoviários aumentam os riscos de acidentes de trânsito.

Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016, foram registradas 14.262 ocorrências nas rodovias federais. Embora seja alarmante, o dado revela uma redução de 28% se comparado ao mesmo período de 2014 e 2015.

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Para ajudar a diminuir ainda mais esses indicadores, a Perkons ouviu um especialista em acidentes de trânsito que elencou as principais posturas para garantir segurança na estrada durante as férias.

Não são apenas as atitudes nitidamente inadequadas e sujeitas à punição pela legislação de trânsito, como exceder a velocidade permitida, as causadoras de acidentes. Aquelas que são fruto de descuido e desatenção do condutor, como, por exemplo, deixar de checar as condições do veículo, também engrossam as estatísticas.

“As ocorrências mais graves tendem a acontecer com o tempo favorável, quando o motorista se sente seguro para desafiar a velocidade. Mas a despreocupação em relação ao estado dos pneus, freios, direção e suspensão também pode determinar um acidente”, detalha o perito criminal e especialista em acidentes de trânsito, Rodrigo Kleinubing.

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O nível de óleo e o risco de superaquecimento do carro também merecem atenção especial em temporadas de veraneio, quando os deslocamentos costumam ser maiores e em maior número do que o habitual. “Para eliminar essas possibilidades o ideal é que o motorista leve o veículo para uma manutenção preventiva na oficina, que costuma já ter um checklist específico para as férias”, destaca.

Viajar à noite é outro comportamento que deve ser revisto. “É de extrema importância evitar deslocamentos noturnos, quando se tem menos visibilidade e a inadequação da sinalização das vias fica evidenciada.

Mesmo de dia, o uso do farol, agora obrigatório, é um avanço em termos de segurança viária, pois aumenta a visualização do veículo pelos demais usuários da via”, orienta. Kleinubing pondera que, apesar dos riscos, viajar à noite é a alternativa de muitos condutores para fugir de horários de rush.

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“Dirigir durante a noite ou em dias de pico tornam o deslocamento mais cansativo e arriscado. Planejar a viagem e conhecer o trajeto é essencial para antecipar ou prorrogar a ida e a volta, se preciso”, recomenda.

Atitudes concretas também devem ser direcionadas aos cuidados com os demais passageiros, sejam eles crianças ou animais de estimação. Foco de distração para o motorista, esses ocupantes devem ser transportados com ainda mais segurança.

“É importante respeitar a capacidade máxima de pessoas do veículo e acomodar crianças nas cadeirinhas e animais em caixas de transporte adequadas. Todos sempre com cinto de segurança”, orienta o perito. As bagagens, por sua vez, não podem obstruir a visão do motorista em hipótese alguma.

“Mais importante do que o excesso de bagagens é a maneira como são transportadas, pois em caso de colisão, podem ser arremessadas, agravando o acidente ou provocando outro”, frisa.

Velocidade excessiva é uma das principais causas de acidentes também nas férias
Kleinubing ressalta que, embora apresente menor gravidade, a ocorrência mais comum durante as festas de fim de ano, férias escolares e Carnaval envolve colisões traseiras, que apenas em janeiro de 2016 foi registrada 1735 vezes em ocorrências de todo país.

Ele atribui a alta incidência à combinação entre engarrafamentos e desrespeito à distância mínima entre os veículos. “Mas são as colisões frontais, laterais e as saídas de pista, respectivamente, as que mais matam nas estradas, pois geralmente envolvem excesso de velocidade”, compara.

Conforme a PRF, somadas à adoção de velocidades incompatíveis com a via, outras grandes motivadoras de acidentes de trânsito durante o período são a falta de atenção e a ingestão de álcool.

“Deve ficar claro para o motorista que exceder a velocidade nunca vale à pena; além de gastar combustível, provoca um ganho de tempo mínimo. E, nos casos de ultrapassagens, o motorista precisa ter consciência de que, quando proibida ou mal realizada, a manobra pode ser fatal”, acrescenta Kleinubing.

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