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Tendências mundiais na mobilidade marcam 1º Encontro da Rectilatina

Os próximos anos trarão novidades do mundo da tecnologia e mudanças na sociedade nunca vistas antes.

Essa constatação esteve presente na série de palestras técnicas e trocas de informações promovidas pelo Instituto Internacional de Estudos da Mobilidade, vinculado ao Conarem, durante a 13ª Automec.

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O evento, denominado 1º Encontro Latino-Americano de Retíficas de Motores – Rectilatina reuniu representantes de retificadoras da Argentina, Uruguai, Peru, Bolívia, Colômbia, Panamá e, claro, Brasil e Europa, para abordarem o tema principal.

“A integração da retificação latino-americana frente aos novos paradigmas de tecnologia disruptiva do mundo.”

Segundo Omar Ricardo Chehayeb, diretor de Relações Internacionais do instituto, “A inovação tecnológica rompe com o segmento normal de um processo, muda paradigmas”, disse, ao iniciar sua explanação sobre como as tecnologias disruptivas estão transformando e vão modificar a oportunidade de negócios na área de serviços e comercial.

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José Arnaldo Laguna, presidente do Conarem, fez um paralelo com o desenho animado “Os Jetsons”, para mostrar que as mudanças virão, e enxergá-las facilita a adoção de uma nova postura.

“Precisamos buscar soluções diferentes das tradicionais para o mercado que sofrerá impactos todo dia”, destacou. “Haverá rupturas definitivas de tendências e comportamento no mundo dos negócios.”

O diretor Chehayeb ressaltou que essas transformações já são perceptíveis, só para citar alguns exemplos, nos novos sistemas de propulsão mais eficientes dos veículos e que provocam menos poluição e nos automóveis conectados e autoguiados.

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“É preciso pensar fora da casinha.”

Entre o novo e o antigo – Ricardo Abreu, diretor de Tecnologia da Mahle, em sua participação no fórum, discorreu sobre os fatores mais importantes na indústria de veículos comerciais para os próximos dez anos.

“A evolução da economia nos mercados emergentes, onde o transporte sobre rodas é preponderante, irá movimentar esse segmento, mas, de forma desigual”, apontou como um dos itens.

Ele também elencou outros impactos, como a redução de custos, eficiência energética, sistemas elétricos mais eficazes, exigências ambientais e aquecimento global, modularização de componentes e sistemas, conectividade como forma de fidelizar clientes, custos de matérias-primas e processos, treinamento, mão de obra especializada, novas tecnologias e processos de recuperação de componentes, domínio de testes de componentes, motores, recertificação, inovações e tecnologias disruptivas.

“O quão rápido essas alterações vão acontecer depende da infraestrutura; viveremos um bom tempo entre o novo e o antigo”, garantiu Abreu.

Uma das afirmações do diretor de Tecnologia foi a de que vale a pena recuperar peças e colocá-las novamente em circulação. Isso gera uma boa economia em custo e tempo.

“Dados internacionais apontam que há um retorno de aproximadamente nove vezes o valor do investimento durante a vida do veículo se os seus componentes forem recuperados.”

Roland Visatá Gonzalez, CEO do grupo espanhol Asysum, também frisou, em suas palavras, a importância da tecnologia e reconstrução de peças para veículos.

“Fazíamos as mudanças rápidas de um retificador comum, mas, como estamos na Europa, nesses últimos vinte anos, tivemos que criar novos negócios para nos manter no mercado. Nos tornamos um grupo com 17 empresas, especializado em atender necessidades dos grandes mercados”, contou.

Ele fez uma ressalva: “Temos que ser pró-ativos, nos renovar, ir até as oficinas e, principalmente, apresentar soluções. Se falarmos não para o cliente umas três vezes, ele vai trocar de fornecedor; perderemos o cliente e uma oportunidade de ampliar horizontes.”

Lucas Tur, diretor de Marketing da Juntas Illinois, em Rosário, na Argentina, e com estande na 13ª Automec também mostrou o processo de manutenção e reparo de peças da empresa familiar, que, no ano que vem, completará 75 anos de existência.

Tecnologia 3D nos veículos – O engenheiro Andrés Cárdenas, da empresa Stratasys, que cria soluções em 3D aplicada à indústria automobilística, com unidades nos EUA e em Israel, apresentou estatísticas surpreendentes alcançadas com o uso dessa tecnologia.

Com 8 mil clientes distribuídos pelo mundo todo, Cárdenas destacou a redução de tempo e custo para produção das ferramentas empregadas para fazer protótipos reais e funcionais.

Segundo ele, a redução de custo pode chegar, geralmente, a cerca 50% e o tempo reduzido da produção em 90%.

Debate entre os participantes – Ao final do evento, foi realizada mesa redonda com representantes do setor de retíficas, fabricantes e distribuidores da Europa e da América Latina, onde um dos temas principais debatido foi o futuro do setor de retíficas.

O negócio de retíficas, nos próximos 10/20 anos, não sofrerá grandes mudanças.

O motor continuará sendo principalmente de combustão, mas haverá motores elétricos e híbridos e os retificadores devem se preparar para as mudanças que acontecerão e revolucionarão o mercado e a forma de como utilizar o automóvel.

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