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Disruptura e conexão nos padrões do mercado automotivo

Comunicação à distância sustentada por um conjunto tecnológico, capaz de se interligar a uma Rede de Telecomunicação.

Estamos falando de Telemática.

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A união de duas ciências – tecnologia da informação e comunicação – que possibilita o processamento, a compressão, o armazenamento e o diálogo de grandes quantidades de dados, entre usuários localizados em qualquer parte do planeta.

Saindo do viés teórico e seguindo para a prática, é possível entender o impacto dessa tecnologia em mercados relevantes no nosso país, como o automotivo, que é, atualmente, um dos propulsores do desenvolvimento econômico no Brasil.

Uma fatia importante é representada pelas fabricantes independentes de autopeças, compreendendo empresas nacionais sólidas, com mais de 40 anos no setor.

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Essas empresas movimentam a economia de forma significativa, equilibram o mercado, evitam a formação de monopólio por parte das montadoras, melhoram o cenário ainda alarmante do desabastecimento e defendem os direitos dos consumidores, em prol da liberdade de escolha na hora do conserto do veículo.

E qual é o impacto da telemática no setor?

Ao comprar um carro você pode acreditar que detém toda a privacidade dos acontecimentos e informações que percorrem sua vida junto ao seu veículo, certo? Errado.

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Graças à Telemática as montadoras possuem total acesso ao “Banco de Dados” do seu automóvel, incluindo informações de cunho totalmente pessoal como onde você esteve com seu carro.

O fato é que esses milhares de dados são patrimônio do consumidor e podem representar fator decisivo para a evolução ou o desaparecimento da cadeia de reposição automotiva independente.

É preciso entender que essas informações não podem estar restritas às montadoras.

Discussões e tentativas de acordo estão surgindo cada vez mais, ligadas às solicitações diretas aos governos, para que sejam regulamentadas leis de acesso a esses dados.

Nos Estados Unidos, por exemplo, existe um grande movimento focado na conquista dessas informações pelo consumidor para que ele possa disponibilizar a quem achar conveniente.

Na Europa, novamente o foco é a estandardização e criação de um arco regulatório que ajuste o acesso e os procedimentos para todos os players do mercado, guardando a segurança e entregando ao consumidor o poder de decisão sobre o uso de seus dados pessoais.

Como parte desse escopo, está sendo incluída a solicitação de “retrofit” dos veículos antigos para que seus proprietários possam usufruir de uma gama de serviços e facilidades proporcionadas pela Telemática.

As soluções de Telemática podem promover diversos serviços, até a segurança do automóvel, motorista e passageiros.

Vivemos na era da disruptura dos modelos de carros tradicionais, estamos nos anos do carro conectado, da internet das coisas (IoT).

Nessa trajetória de inovação e evolução o mercado de autopeças deve seguir junto, disponibilizando aos clientes soluções de conectividade, que só podem ser construídas, difundidas e estabelecidas pelas rédeas do direito de reparar do consumidor, o direito pleno ao uso de seu patrimônio e à liberdade de escolha.

Aspectos que irão nortear o avanço do mercado automotivo brasileiro em escala industrial mundial.

*Marcio Codogno é presidente da ANFAPE – Associação Nacional das Fabricantes de Autopeças e Diretor de uma das mais importantes empresas do mercado de reposição no país. O executivo soma grande experiência e conhecimento no setor automotivo, em seus xx anos de atuação.

 

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