O ano de 2018 foi melhor que o esperado em termos de vendas de automóveis, SUVs, monovolumes e picapes.
Mas mostrou poucas surpresas dentro da classificação organizada pela coluna e distribuída por 16 segmentos.
As stations ficaram de fora por sua baixa representatividade no mercado, confirmada pelo fim de produção da SpaceFox, na Argentina, no final do ano passado.
Mesmo caso dos hatches médios: Cruze, Focus e Golf, entre outros, deixaram de atrair consumidores suficientes para formar estatística relevante.
Hatches subcompactos e sedãs compactos subiram acima da média, bem como os quatro subsegmentos de SUVs.
Entretanto, estes se estabilizaram em torno de 20% das vendas totais, o que não deixa de surpreender, embora a tendência seja de avançar nos próximos anos para pelo menos 25% (nos EUA, por exemplo, representam 55% do mercado).
A reviravolta do ano foi preconizada pelo Hyundai Creta ao desbancar da liderança, pela primeira vez, o Honda HR-V.
Luta equilibrada, pois os três primeiros se mantiveram no patamar de 14% das preferências.
Outro novo campeão, BMW Série 5, reflete a boa aceitação da geração recém-lançada.
Resultado curioso envolveu o Ford Ka.
Ele foi o terceiro nos dois segmentos em que concorre, mas somados ultrapassaram a família HB20 de hatch e sedã, subindo para o segundo lugar.
Venderam 142.000 e 137.000 unidades, respectivamente, em números redondos.
Já a família Onix e Prisma entrou na garagem de 282.000 brasileiros, quase o dobro do segundo colocado.
Base de pesquisa é o Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam).
Citados apenas os modelos mais representativos e pela importância do segmento.
Compilação de Paulo Garbossa, da consultoria ADK.
Hatch subcompacto: Kwid, 48%; Mobi, 35%; up!, 15%. Kwid avançou um pouco.
Hatch compacto: Onix, 26%; HB20, 13%; Ka, 12,6%; Gol, 9,5%; Polo, 8,5%; Argo, 8%; Sandero, 6,5%; Fox, 5%; Etios, 2,4%; Yaris, 2,3%, Uno, 1,8%; Fiesta, 1,7%; March, 1,5%. Mais líder ainda.
Sedã Compacto: Prisma, 19%; Virtus, 11%; Ka, 10%; Voyage, 8,5%; HB20, 8,4%; Cronos, 7,6%; Versa, 7,3%; Logan, 5,8%; Cobalt, 5,6%; Etios, 4,7%; Grand Siena, 4,5%; City, 3,9%; Yaris, 3,6%. Prisma se manteve.
Sedã médio-compacto: Corolla, 45%; Civic, 20%; Cruze, 15%; Sentra, 3,4%; Jetta, 3,3%; Focus, 3,2%; C4 Lounge, 2,5%; Cerato, 1,9%. Liderança folgada.
Sedã médio-grande: Mercedes Classe C, 30%; Fusion, 27%; BMW Séries 3/4, 21%. Em 2019 deve mudar.
Sedã grande: BMW Série 5/6, 38%; Mercedes Classe E/CLS, 30%; Panamera, 19%. BMW volta à ponta.
Sedã de topo: Mercedes Classe S, 56%; BMW Série 7, 20%; Jaguar XJ, 16%. Bem tranquilo, Classe S.
Cupê esportivo: Mustang, 69%; Audi TT, 10%; BMW M2, 7%. Mustang absoluto.
Cupê esporte: 718 Boxster/Cayman, 44%; 911, 35%; Jaguar F-Type, 6%. Porsche domina.
SUV compacto: Creta, 14,8%; HR-V, 14,5%; Kicks, 14,2%. Creta virou o jogo.
SUV médio-compacto: Compass, 51%; ix35/Tucson, 12%; Tiguan, 5%. Domínio total do Compass.
SUV médio-grande: SW4, 44%; Equinox, 17%; Volvo XC-60, 10%. Consolidação do SW4.
SUV grande: Trailblazer, 33%; Mercedes GLC, 9%; Land Rover Discovery, 6%. Trailblazer volta a avançar.
Monovolume: Fit/WR-V, 57%; Spin, 34%; C3 Aircross, 8%. Fit perdeu só um pouco.
Picape pequena: Strada, 48%; Saveiro, 33%; Oroch, 10%. Strada firme, como sempre.
Picape média: Toro, 31%; Hilux, 21%; S10, 17%. Toro reconfirma liderança.
ALTA RODA-RECALL inusitado anunciado pela Volkswagen.
Pretende localizar e recomprar 194 veículos que não deveriam ter sido vendidos, entre sete milhões produzidos no Brasil de 2009 a 2018.
Estas unidades, sem nenhum defeito relativo à segurança, apresentam especificações diferentes das definitivas, em geral de acabamento.
Promete pagar tabela Fipe, se o proprietário concordar.
FONTES na Argentina indicam que Alaskan não entra em produção este ano por lá.
Picape média da Renault foi descontinuada no México e ainda permanece sem plano de negócio no Mercosul.
Por outro lado, revitalização de meia geração de Sandero e Logan está prevista para outubro próximo.
Dessa vez, hatch e sedã serão lançados juntos, como ano-modelo 2020.
JAC T50 é um SUV de estilo bem resolvido e bastante equipado.
Colunas largas e vigia subdimensionada restringem a visibilidade traseira, amenizada em parte pela câmera com visão de 360°.
Motor de 1,6 L parece ter menos que os 138 cv declarados, mas parte da lentidão se deve à caixa automática CVT.
Espaço interno é muito bom. Porta-malas, na média do segmento, não tem os 600 litros, no padrão VDA.
COOPER STANDARD investe para oferecer no Brasil o Fortrex, novo material plástico para vedações diversas que substitui a borracha com vantagens, inclusive de peso.
Mangueiras e tubos para turbocompressor, em sua nova fábrica de São Bento do Sul (SC), confirmam a tendência de mais modelos adotarem turbos para garantir maior potência e menor consumo.
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