A maioria dos motoristas brasileiros prefere um carro bem equipado a um zero km mais básico.
Essa foi uma das descobertas do estudo Carros em Conexão, do Instituto QualiBest, que apurou uma série de dados sobre o setor automobilístico brasileiro com base em uma pesquisa quantitativa online feita entre os dias 27 de abril e 15 de maio de 2018.
Ao todo, 1.380 homens e mulheres acima dos 18 anos de todo o país participaram do estudo.
Entre os motoristas entrevistados, 63% preferem um carro usado com mais itens de conforto e segurança a um novo mais básico.
Entre os 24 itens apresentados durante o estudo, ar condicionado e alarme foram considerados os mais importantes.
Segundo a pesquisa, 80% dos entrevistados disseram que o ar condicionado é um item fundamental, independente do valor que pretendem gastar no próximo carro.
Já o alarme é fundamental para 76% dos motoristas, também independente do valor que pretendem gastar.
Para os motoristas que pretendem gastar de R$ 50 a R$ 70 mil no próximo carro, por exemplo, o sistema de controle de estabilidade do carro mostra-se fundamental para a maioria dos motoristas (59%).
Para 49% também é fundamental o sensor de estacionamento e, para 35%, a câmera de ré.
Entre os motoristas que pretendem gastar mais de R$ 70 mil, por outro lado, itens como câmbio automático e direção eletrônica são fundamentais para a maioria (62%).
Conectividade-O estudo também abordou a percepção dos motoristas em relação à conectividade automobilística.
Dentre as funcionalidades apresentadas, bluetooth e GPS integrado ao painel do carro são os itens mais conhecidos e considerados pelos os motoristas.
Itens como tela touchscreen, controle por comando de voz, painel interativo e acesso à internet no painel multimídia são conhecidos por mais da metade dos motoristas, mas não são considerados imprescindíveis por mais de 70% dos respondentes na hora de comprar um carro.
Além disso, a maior parte dos motoristas ainda não conhecem os “serviços de conectividade”, como conexão direta com a internet, diagnósticos do veículo, alerta de valet, chamada direta para o SAMU, entre outros.
“Os serviços de conectividade ainda são pouco conhecidos, mas a maioria deles desperta interesse dos motoristas. O assistente de recuperação de furtos é o principal item que os motoristas pagariam para ter” afirma Daniela Malouf, diretora-geral do Instituto QualiBest.
As marcas preferidas dos brasileiros-Segundo o estudo, a empresa italiana Fiat e a norte-americana Chevrolet, marca da General Motors, foram consideradas as marcas de maior presença na garagem dos brasileiros, com um índice de 24% cada uma.
Em terceiro lugar está a Volkswagen, que aparece em 22% das respostas, seguida por Ford (15%), Renault (9%), Hyundai (8%), Honda (7%) e Toyota (6%).
O cenário muda quando o assunto são as marcas que os consumidores pretendem comprar: Chevrolet e Volkswagen aparecem empatadas em primeiro lugar, com 36% cada uma, enquanto a Fiat aparece em terceiro lugar, com 31%, seguida de Honda (29%), Ford (28%), Hyundai (28%), Toyota (27%) e Renault (22%).
Em relação à fidelidade dos consumidores, as montadoras japonesas Honda e Toyota foram as que alcançaram os maiores índices.
Segundo o estudo, 87% dos entrevistados que têm um Honda almejam comprar outro, esse número chega a 81% entre os entrevistados que têm um Toyota.
Zero km ou usado: custo e garantia influenciam a escolha-Segundo a pesquisa, metade dos motoristas comprou o carro usado, e a maioria não tem restrição em trocar novamente por um usado.
A principal razão para comprar um usado é o custo menor – razão citada por 57% dos motoristas.
Ainda, para 43%, se o veículo está em bom estado é sinônimo de bom negócio.
O estudo também mostra que mesmo para quem compra usado, a garantia é muito importante – 81% disseram que só comprariam um carro usado em lugares que dão garantia.
No caso do carro zero km, a principal razão para uma compra é evitar os gastos com manutenção (42%), e 89% dos entrevistados disseram que acham que a garantia do carro zero km é muito importante.
O levantamento do mercado automobilístico coletou dados de moradores de capitais, representando 48% da amostra, 24% residentes em regiões metropolitana e 28% de localidades consideradas interior dos Estados.
A pesquisa reuniu usuários das classes A, B, e C1, que já possuem um veículo e que pretendem trocar de carro nos próximos dois anos.