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Confira primeiras impressões com o Renault Kwid Outsider

O Mecânica Online® foi até São Paulo acompanhar de perto o lançamento e as primeiras impressões ao dirigir com o Renault Kwid Outsider. Henrique Pereira, que por sinal, comemora seu aniversário no dia de hoje, mandou o relato de como foi o evento e comportamento do modelo urbano da Renault.

O lançamento do novo Kwid Outsider foi feito na “charmosa” Casa Fares, localizada num dos bairros mais nobres da cidade de São Paulo. E foi de lá que partimos para as primeiras impressões por uma rota sugerida pela Renault que incluia ruas bem pavimentadas e planas, durante o horário de maior movimento no início da manhã na cidade, onde a baixa velocidade é uma constante em função do trânsito pesado.

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Logo nos primeiros metros da Avenida Europa percebemos que a primeira marcha é extremamente reduzida, devendo ser utilizada apenas para colocar o veículo em movimento, logo exigindo a troca para uma segunda e terceira marcha.

Esta característica por diversas vezes fez com que conduzir o carro se tornasse um tanto quanto cansativo, principalmente no anda-e-para do trânsito de uma cidade como São Paulo.

Ao atingirmos uma via de trânsito rápido, foi possível observar outras características do Kwid:

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  • Ruído excessivo no interior da cabine e a aspereza e trepidação do conjunto motor e câmbio em rotações mais altas;
  • A embreagem, ao longo da avaliação passou a patinar e trepidar cada vez mais em saídas de primeira marcha, talvez pelo excessivo “anda-e-para” de algumas vias.

Propositalmente desviei do caminho sugerido (vias planas) para observar o comportamento do carro em subidas mais íngremes, onde o carro nitidamente sofre para sair da imobilidade.

Para minha surpresa mesmo com toda a redução da primeira marcha, o carro chegou a não sair em rampas mais íngremes, o que me obrigou a voltar de ré e manobrar em sentido contrário.

Imagino esta situação em rampas com menor inclinação porém com mais carga no interior do veículo. Este tipo de subida é comumente encontrada em diversos bairros de São Paulo ou mesmo em cidades com características geográficas montanhosas.

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Por ser um carro de “baixo custo” o “plástico duro” domina todas as áreas do acabamento interno, o que já causava ruídos entre as partes mesmo em um carro com pouco mais de 300 km.

A suspensão se mostrou um pouco dura em passagens por irregularidades e lombadas trazendo certo desconforto para o interior do carro.

O Kwid tem boa dinâmica se mostrando bem ágil em mudanças de direção e pista com baixo esforço e giro no volante, um carro fácil de se manejar e estacionar.

Os freios melhoraram muito desde a última versão que avaliamos, trazendo melhor segurança e confiança, mesmo em paradas mais abruptas.

O Kwid Outsider se diferencia dos outros modelos pelo acabamento na cor laranja no seu painel, painel de portas, alavanca de câmbio e costuras dos bancos, e na presença de “preto piano“ no console e no painel circundando a tela de multimídia, mas infelizmente ainda deixa a mostra cabeças de parafusos, como os que prendem os puxadores das portas e as maçanetas internas.

Se o objetivo da marca era trazer um pouco mais de sofisticação a este modelo deveriam ter tido maior cuidado com estes pequenos detalhes, e principalmente no tratamento acústico da cabine.

O sistema multimídia “Pionner” é bom e obedece precisamente ao toque, o rádio tem boa sonoridade e o espelhamento do celular (Android Auto) funcionou perfeitamente.

Não esperem muitos recursos deste sistema, mas os que estão presentes são suficientes para entreter o motorista em um trânsito de cidade.

O visual do carro melhorou e foram incluídos alguns itens exclusivos no modelo.
Tem agora rodas de liga leve pintada em preto, altura de suspensão diferenciada, faróis de neblina e detalhes em plástico preto que lhe conferem uma aparência mais agressiva.

Também estão inclusos itens de tecnologia e conforto como multimídia, vidros e retrovisores elétricos, chaves do tipo canivete com acionamento do alarme integrado entre outros.

Infelizmente por debaixo deste Kwid Outsider, bate o coração de um Kwid que, se despojado de sua vestimenta, permanece sendo um carro de baixo custo com um comportamento geral mediano.

A fábrica poderia ter investido mais em tratamentos acústicos, na redução da aspereza do conjunto motor e transmissão e seu escalonamento que o resultado seria mais agradável.

Veja também | Renault revela preço do Kwid Outsider: R$ 43.990

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