A corrida para o lançamento de veículos autônomos eficientes levou a indústria automotiva a rever vários conceitos preestabelecidos, como a arquitetura veicular.
A Aptiv, empresa de tecnologia global para segurança e conectividade automotiva, desenvolveu uma nova arquitetura com sistemas que funcionam como o cérebro e o sistema nervoso do carro.
O primeiro são os softwares e computação, enquanto o sistema nervoso são os sensores e a distribuição de energia e dados pelo veículo utilizando fios e conectores.
“A Aptiv é a única empresa a oferecer a solução completa para as montadoras e, para nós, o carro autônomo já é realidade. Temos uma frota de 30 veículos nível 4 de automação em circulação nas ruas de Las Vegas, nos Estados Unidos, em uma parceria com a empresa de transporte via aplicativo Lyft. Temos a tecnologia disponível e estamos prontos para oferecer ao mercado. Trabalhamos por um trânsito cada vez mais conectado e seguro para todos”, afirma Eric Carneiro, vice-presidente e diretor executivo da Aptiv para a América do Sul.
Essa nova arquitetura veicular possui a função de fazer com que vários elementos, como software, hardware e controles, além da distribuição de dados, funcionem bem de maneira simultânea.
Por que mudar?
A mudança era necessária diante do consumo cada vez maior de energia nos veículos.
Na década passada, por exemplo, um carro consumia o equivalente a um secador de cabelo.
Ou seja, a velocidade de informação saltou dos 150 kilobits por segundo para a faixa de gigabytes por segundo.
Vale destacar que esse volume ainda é muito baixo ao considerar um carro autônomo, que demanda muito mais energia.
No modo atual de fabricação de um veículo, cada novo recurso é adicionado a uma Unidade de Controle Eletrônico (ECU), elevando o número de cabos e chicotes.
Com a nova arquitetura, porém, é possível organizar esse cabeamento cada vez mais complexo.
Há cinco anos atrás, um carro possuía 25% menos cabeamento em comparação com os modelos atuais e, para 2023, este número deverá crescer mais 30%.
“Com a chegada dos carros autônomos essa realidade precisa mudar, pois existe a limitação de espaço físico. Além disso, a segurança precisa ser redundante e, para isso, há a necessidade de desenvolver sistemas eletrônicos cada vez mais robustos. A Aptiv já está em ação em relação a isso e trabalhamos aperfeiçoando este sistema constantemente”, destaca Carneiro.
Conheça as tecnologias-Atualmente, a Aptiv conta com duas arquiteturas inteligentes que contribuem para a mobilidade.
Uma delas é a Zone, pensada para montadoras com um número limitado de plataformas e variantes.
A outra tecnologia é a Domínio, adequada para fabricantes com diversas plataformas.
“Permitimos inúmeras variações e possibilidades para que as montadoras tomem decisões sobre qual a melhor arquitetura automotiva para sua demanda. Isso só é possível graças à capacidade que adquirimos de desenvolver uma solução completa, unindo o cérebro e o sistema nervoso do veículo, através de nossa expertise em tecnologias de ponta. Essa melhoria na arquitetura vai, num último estágio, aumentar a segurança dos passageiros com sistemas confiáveis de fornecimento de sinal e distribuição de energia”, completa Carneiro.