quarta-feira, 17 setembro , 2025
28 C
Recife
Bosch Brasil

Mitos e cuidados na troca de óleo do motor

Por Marcos Marques – Poucos motoristas sabem, mas, depois do combustível, o lubrificante é o produto mais utilizado em veículos automotores.

Sua importância é fundamental para o funcionamento e para a vida útil dos componentes, evitando o atrito entre as peças e consequentemente, o desgaste delas.

- Publicidade - Ofertas FIAT

Com o lubrificante, as peças trabalham em perfeita harmonia no deslocamento dos veículos.

Neste contexto, podemos entender a importância da manutenção correta dos lubrificantes veiculares para garantir a saúde e prolongar a vida útil do automóvel, principalmente em relação à troca de óleo de motor.

É comum ouvirmos, no dia a dia, diferentes informações referentes à troca de óleo dos automóveis.

- Publicidade -

Mas, o que nem todos sabem é que parte destas informações não são necessariamente verdadeiras e podem, inclusive, prejudicar o desempenho do veículo ou até mesmo deteriorar parte dos componentes.

Neste sentido, vamos desvendar os “mitos” da troca de óleo e os principais cuidados que devem ser tomados acerca do tema.

Os cinco principais mitos sobre a troca de óleo do motor – O mito mais comum é o famoso “viscosímetro humano”, o hábito de puxar a vareta do óleo e com os dedos identificar a qualidade do lubrificante e o período de troca.

- Publicidade - Ofertas FIAT

Nenhum mecânico ou aplicador, por mais conhecimento que tenha, consegue identificar a qualidade do fluido. Isto só é possível com análise em laboratório.

O que é possível, e indicado, é verificar o nível de óleo existente no reservatório.

Outra questão é com relação ao fato do óleo com viscosidade baixa não proteger o motor, quanto mais denso, melhor. Isto é um Mito!

A partida a frio é um dos momentos mais críticos no funcionamento do motor. Isto porque, até que o lubrificante irrigue todo sistema de lubrificação, o motor chega a funcionar sem a película de proteção criada pelo óleo.

Por este motivo, os engenheiros desenvolveram novas tecnologias que permitem que os produtos com baixa viscosidade protejam o motor de maneira eficiente. Desta forma, o desgaste durante as partidas a frio é drasticamente reduzido.

Outro hábito comum entre os clientes é utilizar a coloração dos fluidos para que seja identificado o lubrificante correto.

Esta prática é utilizada na linha de montagem das indústrias para evitar a troca na hora da aplicação do primeiro enchimento.

Para os produtos de reposição isso não ocorre. Os principais fabricantes formulam os produtos seguindo a aditivação necessária para atender as especificações e homologações para cada aplicação.

Nesta mesma linha, um dos principais boatos sobre o óleo de motor é a inclusão de aditivos para melhorar a performance e a proteção do sistema.

Os fabricantes mais conceituados como a FUCHS, por exemplo, investem milhões no desenvolvimento de produtos Premium para atender e superar as necessidades das recomendações dos fabricantes.

A utilização de algo a mais nos lubrificantes, além de não fazer diferença, pode comprometer a composição química do lubrificante homologado e gerar problemas para o funcionamento do veículo.

Por último, e não menos importante, o marketing utilizado pelo mercado de reposição é muito forte e, com isto, ocorre a introdução de produtos que prometem facilitar a vida do reparador e baratear a manutenção dos veículos.

O Flushing é um produto utilizado no lugar do fluido que promete limpar o sistema sem a necessidade de desmontá-lo.

Neste caso, o mito não é sobre a limpeza do motor. Sem dúvidas a utilização do produto realiza esta tarefa.

O problema maior refere-se ao estrago deixado por ele. Por tratar-se de um solvente, mesmo após o esgotamento, ficam resíduos no motor, ou transmissão, que comprometem os retentores, orings de vedação, sensores, válvulas, bem como outros componentes.
Principais cuidados acerca da troca de óleo.

Além de aplicar o lubrificante indicado para o veículo, é necessário ficar atento aos sinais que podem ser apresentados.

No painel de instruções, devemos sempre observar se o ponteiro de temperatura está próximo ao nível máximo, isso pode indicar um possível rompimento da junta do cabeçote ocorrendo a mistura do líquido de arrefecimento com o óleo do motor.

Além disso, é importante atentar-se à emissão de fumaça pelo escapamento, que pode apontar uma avaria no anel de compressão, ocasionando a mistura do combustível ao lubrificante.

Outro ponto importante é que existe um plano de manutenção diferente para cada tipo de serviço. Um veículo utilizado em tráfego intenso, por exemplo, consideramos uma utilização severa.

Neste caso é necessário reduzir o período de troca para uma margem de segurança, pois o veículo em um congestionamento continua consumindo a carga de aditivos dos lubrificantes, diferentemente de um veículo utilizado em estradas com trocas de marchas espaçadas.

Com a chegada da pandemia, a utilização dos automóveis diminuiu e ganhou novos rumos. Muitos veículos ficaram guardados na garagem por um longo período. No entanto, este não é um motivo para esquecer da manutenção do óleo.

Depois que o lacre do frasco é aberto o lubrificante inicia seu ciclo de vida útil e irá oxidar mesmo sem ser utilizado.

Neste momento em que vivemos, especialmente, é importante efetuar a troca do óleo seguindo o período estipulado pelo fabricante, pois mesmo parado, o veículo precisa de manutenção.

É comum encontrarmos motoristas que optam pela complementação do nível do óleo e não pela troca completa do lubrificante, principalmente neste contexto de pouca utilização dos carros.

Completar o lubrificante é indicado apenas em situações extremas, como um vazamento durante uma viagem, em que o veículo percorrerá um trecho curto até um ponto em que possa ser realizada a manutenção e a troca completa do lubrificante.

Além de todos estes cuidados, é essencial a utilização de lubrificantes de qualidade. Para isto, o consumidor precisa avaliar a origem dos produtos e o tempo que atuam no mercado.

Um modo de se resguardar é consultar o “Boletim de Monitoramento de Lubrificantes” realizado pela ANP – Agência Nacional do Petróleo.

Bosch Brasil

Matérias relacionadas

Bosch Brasil
NOVO PEUGEOT
2008 GT HYBRID

Mais recentes

Bosch Brasil
Salão do Automóvel de São Paulo 2025

Destaques Mecânica Online

Avaliação MecOn

Bosch Brasil