Por Carolina Hattori*
O ano de 2020 foi bastante desafiador para a indústria automotiva e de transportes.
A boa notícia é que o setor automotivo fechou o primeiro semestre de 2021 com um crescimento de 33% em emplacamentos sobre 2020, mesmo com a escassez de semicondutores.
As dificuldades impostas pela pandemia também trouxeram limitações, mas também ajudaram a antecipar tendências e estratégias das empresas para a construção do futuro da mobilidade.
Além de gerar preocupações sanitárias que refletem diretamente nos modelos de compartilhamento de veículos, a Covid-19 também acelera estudos nas áreas de materiais avançados, veículos autônomos, digitalização e eletrificação.
As tecnologias para melhorar parâmetros como redução de peso de componentes, alta performance em eficiência energética e adoção de sistemas de segurança no âmbito do programa Rota 2030, se destacam no cenário da introdução de materiais sustentáveis em diversas aplicações, numa clara sinalização para um futuro melhor.
Nesse contexto a combinação de materiais inovadores com propostas de valor atrativas em muitas aplicações exerce papel fundamental na cadeia automotiva.
Essa tendência se comprova por inúmeros cases em multimateriais e materiais avançados como grafeno, aplicado na produção, transformação e funcionalidade em diferentes matrizes, que se tornou alvo de vultosos investimentos no Brasil e no mundo.
Em paralelo a isso, a Manufatura Aditiva continua em crescente desenvolvimento e já é uma realidade.
A busca por produtividade, personalização, diminuição do ciclo de desenvolvimento e reparabilidade para otimização de componentes são características latentes da indústria automotiva.
Para acompanhar esse crescimento fica cada vez mais evidente a importância da constante de evolução dos processos produtivos, com a adoção de tecnologias em técnicas de junção, soldagem e adesivos estruturais e, sobretudo, o desafio de unir com a máxima eficiência os mais diferentes materiais.
Na mesma direção segue a necessidade de soluções para reparo e manutenção de peças além de técnicas para melhoria em NVH (ruídos e vibrações) e conforto.
Na indústria de materiais metálicos o desenvolvimento de novas ligas tem se mostrado muito eficiente para aumento de resistência mecânica e da segurança veicular.
Cases de aplicação do alumínio extrudado de alta resistência comprovam sua competitividade técnica e econômica, com desempenho excelente em impactos frontais dos veículos por sua alta capacidade de absorção de energia.
A indústria de polímeros e compósitos também avança em componentes estruturais para veículos comerciais com apelo bastante sustentáve
Especialistas de diferentes setores da cadeia automotiva, responsáveis por materiais, processos e produtos, estarão reunidos para debater todos esses temas e o futuro da eletrificação em sessão especial com OEM’s no 14º Simpósio SAE BRASIL de Novos Materiais e Aplicações na Mobilidade.
*Carolina Hattori é consultora de Desenvolvimento de Mercado & Inovação da CBA e chairperson do 14º Simpósio SAE BRASIL de Novos Materiais e Aplicações na Mobilidade
14º Simpósio SAE BRASIL de Novos Materiais e Aplicações na Mobilidade
Dias 11 e 12 de agosto – Patrocínio ArcelorMittal, Autoform, Brasmetal, CBA, Dassault, Eastman, ESAB, Gerdau, GM, Mercedes, Novelis e Schwaben