A grave falta de semicondutores que afeta o mercado mundial automotivo, foi um dos motivos justificado pela Ford para a descontinuidade do Edge ST no mercado brasileiro.
Em nota, a marca destaca a importância de se manter competitiva com seus produtos no mercado.
A vida do Edge nunca foi fácil por aqui. Desenvolvido sobre a plataforma do Fusion (que também não é oferecido) nunca representou vendas significativas e agora sumiu de vez do site da marca.
Participamos do lançamento do Edge ST e não tínhamos dúvidas da qualidade e desempenho do modelo. Com bom comportamento dinâmico, o Edge combinava desempenho com boa qualidade de acabamento. O que faltava? A grife. Pelo preço que era oferecido, muitos dos potenciais clientes do modelo queriam mais, queriam exclusividade, a reputação.
Quando chegou ao Brasil, cerca de três anos atrás, o Edge custava R$ 300 mil, valor próximo dos R$ 315 mil oferecidos pelo Mustang GT na época.
Mais recentemente o utilitário esportivo custava R$ 351.950, valor próximo de um BMW X3 (R$ 364.950 na versão xDrive30e) e do Range Rover Evoque R-Dynamic SE (R$ 372.950).
Era disponibilizado com motorização V6 2.7 EcoBoost de 335 cv, e 54,4 kgfm, acelerando de 0 a 100 km/h em 6,7 segundos, combinando com a transmissão automática de oito marchas com comando rotativo no console.
Depois de Ecosport, Ka e Ka Sedan, o Edge ST é mais que sai de cena da Ford no mercado brasileiro. Muito triste pela perda dos empregos nas fábricas fechadas e também pelo consumidor, que perde a opção de veículos no mercado.
Restam quatro modelos na gama da Ford oferecidos no Brasil: a Ranger (a partir de R$ 183.850), o Territory (R$ 215 mil) , Bronco Sport (a partir de R$ 264.690) e Mustang Mach 1 (R$ 523.950).