A ZF tem em seu portfólio de sistemas de transmissão os mais consagrados produtos globais voltados ao setor de veículos comerciais, que se dividem entre os sistemas de transmissões convencionais, tecnologias de mobilidade elétrica e eixos.
A oferta de tecnologias para mobilidade é uma das mais abrangentes do mundo e está disponível para todos os mercados, inclusive no Brasil, de acordo com as necessidades de cada cliente.
A transmissão TraXon, por exemplo, considerada a mais nova geração de transmissões automatizadas inseridas no Brasil, conquistou a preferência das grandes marcas globais presentes no País e está sendo produzida na planta de Sorocaba, em São Paulo, desde 2020.
“A ZF tem longa tradição no fornecimento de sistemas de transmissão. Fomos uma das pioneiras no fornecimento desses componentes para caminhões pesados no Brasil”, diz Silvio Furtado, Diretor de Soluções para Veículos Comerciais e Tecnologia Industrial da ZF América do Sul.
De acordo com Furtado, a transmissão TraXon teve excelente resposta do mercado após a sua nacionalização.
“A relação custo-benefício alavancou fortemente a produção e vendas. Tanto o condutor como frotistas puderam verificar o quanto adicionamos em tecnologia, eficiência, economia e conforto, trazendo excelentes resultados quando analisado o custo total agregado”.
Atualmente são produzidas, na planta de Sorocaba, SP, cerca de três mil unidades dessas transmissões/mês, que atendem demandas tanto do mercado interno como do externo.
Novos modelos de caminhões Euro 6 serão equipados com o ZF Intarder integrado à TraXon a partir de julho de 2022
O início da produção dos caminhões Euro 6 no Brasil, a partir de janeiro do ano que vem, elevará a demanda das montadoras por sistemas e equipamentos mais modernos e amigáveis ao meio ambiente.
Além das tecnologias agregadas aos novos motores, que contribuem para redução dos índices de emissão de poluentes, os veículos serão operacionalmente mais eficientes, reduzindo consumo e aprimorando a segurança.
O ZF Intarder 3, um dos mais avançados retardadores de velocidade do mundo, assumirá protagonismo nesse cenário por reduzir em até 90% a utilização dos freios, garantindo, assim, economia de combustível, maior segurança e significativa redução de custos com manutenção.
A partir de julho deste ano, a ZF iniciará a produção da TraXon com este componente integrado, para uma montadora do Brasil.
O Intarder 3 continuará sendo importado e será integrado à já nacionalizada transmissão TraXon neste novo fornecimento.
Com isso, mais uma montadora instalada no Brasil passará a utilizar a tecnologia de transmissão TraXon produzida no País, porém, desta vez, integrada ao Intarder 3.
O Intarder 3 é o retardador mais leve do mercado, além de ser o mais robusto e estar entre os mais potentes, gerando força de até 600KW para atuar como redutor de velocidade até a completa parada do veículo.
Desenvolvido em 2006 pela ZF, o equipamento rapidamente passou a ser utilizado em larga escala em caminhões premium fabricados em todos os continentes.
Desde 1992, a ZF já produziu mais de 800 mil Intarder da nova versão no mundo.
De acordo com Furtado, uma das características técnicas mais importantes deste equipamento é que ele ofereça, ao menos, a mesma força do motor do caminhão.
“Por sua alta potência, o Intarder, em conjunto harmonioso com as transmissões da marca, é capaz de controlar, reduzir e, até mesmo, parar um caminhão pesado completamente carregado, em descida de serra, sem que seja necessário qualquer auxílio do sistema convencional de freios”, explica.
Além de elevar a vida útil dos freios, o Intarder contribui significativamente para reduzir a emissão de partículas no meio ambiente considerando que itens como lonas ou discos, quando intensamente utilizados, lançam inevitavelmente milhões de partículas na atmosfera.
“Notoriamente é um sistema que reduz os impactos ambientais e, igualmente, os custos de manutenção”, comenta o executivo.
Opções em transmissões automatizadas e automáticas, tanto para caminhões como para ônibus
Além da transmissão TraXon, a ZF também está se preparando para produzir no Brasil a transmissão automatizada 9AS EcoTronic, oriunda da transmissão mecânica de 9 marchas, seguindo a demanda do mercado por maior conforto de operação.
Um dos diferenciais de desempenho essencial para o conforto do sistema 9AS EcoTronic e que possibilita diferentes modos de condução – de Eco até Power – é a sua arquitetura de software, que se baseia na mesma plataforma da TraXon.
Dependendo da aplicação, a unidade de controle oferece diversas funcionalidades adicionais opcionais, que proporcionam um valor agregado considerável ao cliente final, desde o elevado grau de conforto nas manobras até funções como a start-stop.
ZF PowerLine de oito velocidades estará homologada ainda em 2022 – Quando se fala em transmissões, a ZF tem uma ampla variedade de opções e a partir de 2018 também apresentou ao mercado brasileiro a ZF PowerLine, uma transmissão automática de oito velocidades inspirada na transmissão automática para veículos de passeio 8HP, amplamente conhecida no mercado de automóveis global.
Foi desenvolvida para atender o segmento de veículos comerciais (caminhões, picapes e ônibus urbanos e interurbanos).
A ZF PowerLine é importada e traz o conceito de conversor de torque e planetárias, passando pela mecatrônica e eletrônica com software de controle.
O produto também tem como legado o know-how de produção da transmissão para veículos leves.
O conversor de torque da ZF PowerLine exerce o papel da embreagem durante a partida do veículo, com a vantagem de ser um componente que não sofre desgastes por ter funcionamento hidrodinâmico.
A solução de conversor de torque traz para a ZF PowerLine mais conforto, robustez, segurança, melhores custos operacionais e menor consumo de combustível.
Para aplicações essencialmente urbanas e consequentemente mais severas, em que o ‘anda e para’ constante exige muito mais dos veículos e motoristas, as transmissões automáticas com conversor de torque são mais adequadas e recomendadas.
A ZF PowerLine pode ser aplicada até mesmo em caminhões semipesados, com peso bruto total combinado (PBTC – que se refere ao caminhão com a carreta e a respectiva carga total – de 24 toneladas, que podem ser beneficiados por essa e inúmeras outras vantagens.
No Brasil, a transmissão estará homologada para produção em série até o final de 2022.
EcoLife – Transmissão ideal para ônibus – Em conjunto com o seu software exclusivo, a transmissão EcoLife trabalha com uma distribuição de marchas de seis velocidades que leva a um regime de torque mais econômico para o motor.
A EcoLife conta com o sistema retardador primário mais eficiente em velocidades baixas, característica do transporte urbano, e por isso entrega uma redução sensível no desgaste dos freios, gerando consequentemente mais economia em peças e manutenção.
A troca automática e inteligente de marchas da EcoLife permite à transmissão se adaptar às características da topografia das rotas feitas pelos ônibus.
Quando o veículo está em uma via plana, o sistema seleciona automaticamente a característica de mudança mais econômica e adequada.
Se o terreno ficar íngreme, o software adapta perfeitamente a seleção de pontos de mudança para a marcha apropriada. A EcoLife equipa atualmente 30% dos ônibus no Brasil e América do Sul.
Eletrificação no Brasil está no radar da ZF – Soluções em eletrificação estão no radar da ZF para o mercado brasileiro, seguindo a tendência de eletromobilidade global da marca.
Para Silvio Furtado, “O Euro 6 abrirá novas perspectivas para os eixos elétricos no mercado brasileiro.
Nesse sentido, o AVE AxTrax, por exemplo, estará homologado para produção em série a partir de agosto deste ano no País”, afirma.
Trata-se de um eixo de tração elétrica, que pode ser combinado com as configurações de célula híbrida e combustível, ou ser alimentado por bateria.
Em razão do desenho plano, os fabricantes têm grande liberdade quanto ao design do interior do veículo. O componente também pode equipar modelos de ônibus de piso baixo.
CeTrax – driveline elétrico – Com o CeTrax lite e os modelos CeTrax 318 ou 336, a ZF expandiu sua linha de drivelines elétricos para veículos comerciais com peso total permitido de até 20 toneladas. O diferencial de ambos é a estrutura integrada do sistema de tração central elétrico, que reúne um motor elétrico, uma unidade eletrônica, inversor e uma transmissão.
Nos modelos CeTraX 318 ou 336 o inversor e a unidade eletrônica são integrados à carcaça do motor.
Dessa forma, a unidade eletrônica não precisa ser ligada separadamente ao motor elétrico, uma vez que essa conexão já vem pronta no componente.
Graças à estrutura compacta, ambos os sistemas oferecem ampla flexibilidade na instalação em plataformas já existentes de veículos, evitando que a montadora tenha que fazer maiores ajustes nos chassis ou eixos.
“Com nossos modelos de produtos voltados para eletromobilidade, as montadoras podem reduzir gastos que seriam necessários para o desenvolvimento e instalação. A ZF está se concentrando primordialmente nas montadoras e frotistas que, no contexto de uma estratégia de plataforma, necessitam mudar os atuais modelos convencionais para produzir versões movidas a eletricidade.
Tecnologias exclusivas para ônibus – A ZF é detentora da tecnologia presente no eixo elétrico AVE 130, que possui dois motores assíncronos refrigerados com água em cada roda, com potência individual de 125 kW, ou seja, ao todo 250 kW, o que corresponde a 340 cavalos de potência.
Assim como a solução em eixo frontal independente, o eixo elétrico AVE 130 foi criado pela ZF para gerar uma variedade de tipos de ônibus, com grande poder de tração.
“É uma linha de atuação que está de acordo com o que muitas montadoras no Brasil querem nos dias de hoje, que é ter um produto feito sob medida para equipar seus diferentes modelos de caminhões e ônibus que são comercializados no País, de acordo com as necessidades locais, onde há estradas, ruas, longas distâncias, zonas climáticas e topografias muito particulares. E nós estamos prontos para atender este tipo de anseio, já que estamos no Brasil há mais de 60 anos e conhecemos toda a realidade do País”.
A instalação do eixo elétrico AVE 130 não exige mais espaço do que um eixo pórtico convencional, o que significa economia para as montadoras, já que não precisam desenvolver plataformas específicas para as soluções de eletromobilidade.
O eixo elétrico AVE 130 pode ser combinado com praticamente todas as fontes de energia, como baterias, supercapacitores, células de combustível e linha elétrica superior, sem contar que é perfeitamente adequado a conceitos híbridos seriais e versões plug-in.
Essa combinação de fatores, somado ao seu peso reduzido, oferece vantagens em eficiência energética, além de dar às montadoras e às operadoras de transporte, flexibilidade máxima na escolha da alimentação de energia.
Graças aos componentes padronizados de alto volume, sua facilidade na manutenção completa o pacote que a ZF preparou com o eixo elétrico AVE 130 para o novo mercado de ônibus urbanos que nasce no Brasil.
Eixo frontal independente para ônibus de entrada baixa e dois andares – O eixo frontal independente RL 82 EC é outro destaque da ZF e foi criado para ônibus de entrada baixa e de dois andares. Trata-se de uma inovação em tecnologia de eixos.
Combinado com um sistema de amortecimento e mola projetado de forma inteligente, os componentes de alta resistência e peso otimizado garantem segurança e conforto na condução.
O alto nível de deflexão das rodas reduz significativamente o círculo de viragem em comparação com os eixos rígidos.
Outras vantagens incluem alta carga por eixo e maior conforto e redução do rolamento da carroceria. O RL 82 EC é ideal para ônibus com largura de 2.300 a 2.600mm.
Os passageiros de ônibus podem sentir a diferença ao embarcar em um ônibus de piso baixo a partir dessas tecnologias.
Não somente os passageiros como também os motoristas, já que as suspensões dianteiras independentes da ZF oferecem uma combinação excepcional de comportamento de direção, que se tornou mais precisa em relação aos eixos convencionais, trazendo mais conforto de direção.
A manobrabilidade é outro ponto positivo graças aos ângulos de direção elevados. Há ainda aumento considerável em roll-off.
Com todas essas vantagens há o suporte à segurança ativa, graças à maior facilidade de manuseio do veículo e direção precisa. O rolamento do corpo reduzido traz ainda maior rigidez.