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Laboratório de emissões da VW, pioneiro no Brasil, completa 45 anos

Inaugurado em 1977, o Laboratório de Emissões Veiculares da Volkswagen hoje conta com cinco células de medição que rodam em média 10.500 ensaios por ano

O Laboratório de Emissões Veiculares da Volkswagen do Brasil foi o primeiro do gênero a ser inaugurado no País, em 1977.

Ele foi desenvolvido com o objetivo de realizar pesquisas com emissões e consumo, além de pesquisas com combustíveis alternativos, e, posteriormente, com a criação do Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) para atender os requisitos das leis de emissões.

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Hoje, o Laboratório de Emissões da Volkswagen do Brasil, localizado em uma área de 3.200 metros quadrados na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo/SP, realiza em média mais de 10 mil ensaios por ano em suas cinco células de medição.

São cerca de 10 vezes mais quando, há 45 anos, a primeira célula com dinamômetro, na época tração 4X2 — depois atualizada, em 2014, para 4X4 — capaz de realizar ensaios em motores Otto (gasolina, etanol e GLP e diesel).

A equipe é formada por cerca de 40 colaboradores que se revezam em dois turnos de operação para atender a demanda atual dos veículos da marca e Grupo VW.

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“A capacidade de medição, a tecnologia aplicada e a qualidade assegurada do Laboratório de Emissões Veiculares da Volkswagen são o motivo de orgulho do papel que desempenhamos aqui. Toda nossa equipe está em constante treinamento e reciclagem diária. Atuamos para garantir que nossos equipamentos estejam calibrados e prontos para atender às normas regentes na legislação ambiental atual”, destaca Matthias Michniacki, vice-presidente de Desenvolvimento do Produto, Baureihe e Estratégia da Volkswagen do Brasil e Região SAM.

O Laboratório de Emissões da Volkswagen é também certificado na NBR ISO 17025, outorgada pelo INMETRO, norma que atesta a qualidade e a confiabilidade dos ensaios e resultados obtidos.

Isso permite que a empresa possa homologar os veículos para outros países da América do Sul.

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Além dos ensaios recorrentes de desenvolvimento de motores, controle da produção e homologação do produto, a mais recente atuação do Laboratório de Emissões foi prover os ensaios necessários para que a Volkswagen atendesse à fase 7 do Proconve.

Na ocasião, foram adquiridos quatro equipamentos para Real Drive Emission, uma espécie de laboratório móvel instalado na traseira do carro para coletar os gases e fazer a medição em tempo real rodando na rua.

A partir desse ano, o laboratório está preparado para realizar ensaios em veículos elétricos e híbridos e vem trabalhando em projetos futuros que devem cumprir às novas legislações vigentes no País.

Entenda como o Laboratório de Emissões Veiculares funciona

A equipe analisa diariamente os gases de escape de protótipos e de carros de produção em série. Em suas instalações, são reproduzidas com fidelidade as condições reais de uso do veículo na cidade e na estrada.

Hoje são cinco células de medição completas para testes, incluindo dinamômetros de chassi, analisadores de gases, cromatógrafos e computadores de última geração.

Nas horas que antecedem a realização dos ensaios, os veículos ficam em repouso absoluto em uma área de condicionamento climatizada a uma temperatura entre 20°C a 30°C.

Completam as dependências do laboratório outras três câmaras SHED (Sealed Housing for Evaporative Determination), herméticas, para medir os vapores de combustível provenientes do sistema de combustível (tanque, mangueiras, filtros etc).

No ensaio de emissões, o veículo aciona um dinamômetro de chassi de uma das células do laboratório.

Por aproximadamente 42 minutos, o teste simula um trecho de aproximadamente 18 km, que inclui acelerações, frenagens, desacelerações, além de paradas em marcha lenta(simulando paradas em semáforos ou congestionamentos).

O dinamômetro de chassi é um equipamento sofisticado que simula/reproduz as forças/resistência ao deslocamento do veículo em pista.

Com as rodas de tração sobre dois rolos metálicos do equipamento, o motorista conduz o veículo conforme as instruções de velocidade e de troca de marchas transmitidas por um vídeo comandado por computador.

Cada veículo testado no dinamômetro passa por três fases distintas: 1-fase fria: motor frio; 2-fase transiente e 3-fase quente.

Durante o ensaio, é acoplado na tubulação de escape do veículo uma tubulação, que é ligada ao escapamento do automóvel para captar os gases provenientes da queima do combustível e, enviando amostras para três balões de plástico, uma para cada fase do teste.

Após a coleta dos gases os mesmos são analisados por analisadores que foram ajustados com gases padrões. O resultado, final é apresentado em miligramas por quilômetro rodado (mg/km).

Durante os ensaios são coletadas amostras que serão analisadas via cromatografia Liquida e gasosa para determinação da concentração de aldeídos e etanol não queimado. Para os veículos com injeção direta (TSI) também são coletados o material particulado exigência legal.

Cronologia

1977 — Célula I — dinamômetro 4X4, ensaios em motores Otto e diesel (atualizada em 2014, antes era 4X2)

1986 — Inaugurações:

  • Célula II — dinamômetro 4X2, ensaios em motores Otto e diesel;
  • Laboratório Químico (atualizado em 2014);
  • Câmara Evaporativas – SHED I (Câmara para ensaios de emissões evaporativas).

1987 — Célula III e IV — dinamômetro 4X2, ensaios em motores Otto e diesel (atualizada em 2012);

1990 — Inaugurações:

  • Célula V — dinamômetro 4X2, ensaios em motores Otto e diesel (atualizada em 2013)
  • Câmara Evaporativas – SHED II

1998 — Acreditação na norma ISO 17025

2010 — Câmara Evaporativas – SHED III

2016 — Expansão da área de condicionamento de veículos

2020 e 2021 — Implementação de novos equipamentos para atendimento ao PL7 do Proconve:

  • Aquisição de 4 Sistemas Portáteis de Medição de Emissões – RDE (Real Drive Emissions);
  • Atualização da célula II (de 4X2 para 4X4, medição híbrida e elétrica);
  • Células I, III, IV e V receberam novos equipamentos para medição de material particulado (MP);
  • Nova sala de medição de material particulado (MP);
  • Novas câmaras de emissões evaporativas com ORVR (Onbording Refueling Vapor Recovery);
  • Aquisição de equipamentos de filtro de carvão ativado (canister) e novos cromatógrafos para medição de aldeídos e etanol não queimado.

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