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Os presidentes do Brasil e a indústria automobilística nacional

No próximo dia 2, nós brasileiros vamos começar a eleger o novo presidente para o País e as pesquisas indicam Luiz Inácio da Silva e Jair Bolsonaro como os mais cotados.

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Quem for eleito após a realização do segundo turno será o 39º. brasileiro a assumir a presidência da República.

Participantes da indústria automobilística, somos integrantes de um setor que sempre teve estreita ligação com os presidentes da nação e que, pela sua importância e representatividade econômica, recebeu o título de locomotiva da economia brasileira, pelas acentuadas mudanças que provocou no desenvolvimento do País.

Fruto de uma ideia do ex-presidente Getúlio Vargas, que desejou transformar o Brasil em uma economia industrializada, depois de fundar várias estatais, incentivou a criação da Fábrica Nacional de Motores, inaugurada em 13 de junho de 1942, há 80 anos e quatro meses.

Cinco anos mais tarde, alguns heróis, sob o comando do almirante Lúcio Meira, anunciaram o Brasil como novo integrante dos países produtores de veículos.

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O surgimento da FNM, que produziu os primeiros caminhões brasileiros, foi a semente da indústria automobilística, pela disposição de empresários que com coragem, mesmo com os limitados recursos do passado, conseguiram criar uma indústria que se tornou uma das mais importantes do mundo, em produção, vendas, concepção de novos modelos e, também, exportação.

A indústria automobilística mudou a paisagem e os costumes brasileiros com o acesso à compra de automóvel, que se tornou sonho nacional, aumentou o nível social das pessoas e motivou os deslocamentos.

Com o crescimento da produção de caminhões e ônibus, permitiu o desenvolvimento econômico e a ampliação do turismo.

Os caminhões movimentaram a economia com cargas variadas, especialmente os produtos das safras agrícolas com seguidos recordes.

E os ônibus representaram o meio de transporte para estimular o turismo e atender ao crescimento das viagens e transporte urbano e rodoviário.

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Algumas personalidades que governaram o País destacaram-se por ações adotadas com o objetivo de contribuir para a modernização da indústria nacional, por adotar tecnologias avançadas, ser uma forte criadora de empregos e amplas perspectivas para o desenvolvimento da economia, e ser fonte de abastecimento para todo o continente latino-americano e muitos outros países do mundo.

O presidente Joao Baptista Figueiredo, que governou o País de março de 1979 ao mesmo mês de 1985, foi um grande incentivador do programa do álcool como substituto da gasolina e até participou de um evento, em frente ao Palácio do Planalto, com a apresentação de veículos e máquinas movidos com o combustível.

Para reconhecer o incentivo do governo, a Ford realizou a primeira viagem entre São Bernardo do Campo e Brasília com automóveis movidos com álcool hidratado, conduzidos por jornalistas especializados, para demonstrar o desenvolvimento da nova opção de combustível, o que mereceu elogios do presidente.

O presidente Fernando Collor, para incentivar a modernização do setor, liberou a importação de componentes eletrônicos e advertiu a indústria brasileira por considerar os veículos nacionais verdadeiras carroças, liberando as importações.

Esse foi um verdadeiro divisor de águas, pois a indústria nacional precisando se modernizar quase que imediatamente para fazer frente à concorrência estrangeira, foi muito além e, com grandes investimentos, transformou-se em uma das mais avançadas e importantes do mundo.

O presidente Itamar Franco, que sucedeu a Fernando Collor, em uma reunião com diretores da Volkswagen do Brasil sugeriu a volta da produção do Fusca.

O presidente da Autolatina, joint venture que administrava as atividades das Volkswagen e da Ford, Pierre Alain Desmet, atendeu à recomendação e retomou a produção do automóvel.

A ideia de Itamar era de o brasileiro ter um carro barato no mercado e, para que isso fosse possível, determinou que a categoria de modelos populares seria beneficiada com a redução do IPI.

Em 1993, o automóvel voltou a ser produzido e, ao ser lançado no mercado, ganhou o nome de Fusca Itamar.

Naturalmente, a retomada de produção do automóvel exigiu investimento especial. O carro teve uma acolhida simpática dos admiradores, mas não obteve o êxito que justificasse a manutenção de sua produção.

Para a nova despedida do Fusca, após mais três anos de presença no mercado, em 1996 a Volkswagen produziu uma quantidade especial, com o nome de Série Ouro, que marcou a despedida oficial do mercado brasileiro.

Dilma Roussef, depois de cinco anos e 245 dias do governo brasileiro, despediu-se do governo com um recorde.

Com a economia em fase favorável, ela deixou a presidência com a marca de 17 milhões e quase 600 mil veículos produzidos no período de sua gestão, feito que nenhum outro presidente conseguiu.

Para finalizar, volto um pouco na sequência histórica dos presidentes com um fato ocorrido em 1989, quando a Ford, seguindo a tradição de apresentar previamente um novo produto ao Presidente da República, levou a Brasília o Verona, o primeiro lançamento da Autolatina no Brasil, para dar a José Sarney o privilégio de conhecer o modelo antes do lançamento ao público.

Mas como o Palácio do Planalto estava em clima de despedida do mandato presidencial, a solenidade não teve a exuberância esperada e o programa terminou em ambiente de frustação, como a aceitação do carro pelo mercado.

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