Nos 25 anos de Renault no Brasil, a CIA – Curitiba Injeção de Alumínio –, unidade fabril instalada no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), completa cinco anos de atividades.
Neste período a CIA produziu mais de um milhão de blocos e cabeçotes do moderno motor em alumínio 1.6 da família SCe (Smart Control Efficiency). Esses componentes são destinados para a Curitiba Motores (CMO) e, também, para exportação.
“A Curitiba Injeção de Alumínio é uma das fábricas mais modernas do Renault Group e do país, tendo importância estratégica para a Renault do Brasil com a produção local de dois principais componentes do motor 1.6 SCe, que são o bloco e o cabeçote”, destaca Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.
Curitiba Injeção de Alumínio – Com uma área construída de 14 mil metros quadrados, a Curitiba Injeção de Alumínio tem capacidade produtiva anual de 250 mil blocos e 250 mil cabeçotes do motor 1.6 SCe. Aproximadamente 120 profissionais trabalham na CIA atualmente, em quatro turnos. A fábrica reúne as melhores e mais modernas práticas em injeção de alumínio da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi no mundo.
O trabalho para a construção da unidade industrial teve a participação de aproximadamente 2.000 pessoas, incluindo equipes da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi de onze países, focadas em construir uma fábrica moderna e sustentável.
“Temos aqui o mais alto nível de tecnologia aliado a um time apaixonado, que faz a diferença todos os dias, com foco na segurança e qualidade dos nossos produtos”, afirma Wesley Palma, diretor de Fabricação Mecânica da Renault do Brasil.
A CIA é composta por 165 máquinas de última geração, provenientes de onze países, como Japão, Coreia, França, Espanha, Alemanha e Brasil – neste último caso, são exemplos as linhas de acabamento do cabeçote e os fornos de fusão, de tratamento térmico e de pré-aquecimento, entre outros.
Processo produtivo – A produção do bloco é composta por quatro etapas: fusão, injeção de alta pressão, acabamento e tratamento térmico. Para a fabricação do componente, é utilizado um processo de lubrificação moderno, que proporciona uma grande redução do uso de óleo – apenas 12 ml por peça, contra até doze litros utilizados em métodos de produção tradicionais. Entre os principais resultados estão a economia, um ambiente limpo e sem fumaça e mais velocidade na fabricação.
A injeção do alumínio no bloco é feita de forma totalmente robotizada, a uma velocidade de 200 km/h, com pressão de 900 bar, próxima à encontrada no ponto mais profundo dos oceanos. A injetora é em torno de 20% mais compacta e tem produtividade 15% maior que a de máquinas de geração anterior.
Já a produção do cabeçote é composta de cinco etapas: fusão, sopro de machos de areia, injeção de baixa pressão, acabamento e tratamento térmico. O processo de fabricação é inorgânico, ou seja, isento de fumos e emissões de carbono, o que contribui para a qualidade do ambiente. Também neste processo, a CIA utiliza uma injetora cerca de 30% mais compacta e com produtividade 20% maior que a de equipamentos de outra geração.
A qualidade do bloco e do cabeçote é conferida na própria CIA, que possui um laboratório metalúrgico, onde são realizados diversos testes. Entre os destaques está um equipamento de tomografia computadorizada industrial, primeiro deste porte em uma montadora na América do Sul. A máquina é capaz de fazer a análise das peças em três dimensões e é utilizada para controle de qualidade e pesquisa e desenvolvimento.
Os componentes produzidos na CIA têm como destino final principal a Curitiba Motores (CMO), onde são fabricados os propulsores que equipam os veículos da marca.