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Carros híbridos são a solução mais rápida e acessível na transição para uma mobilidade urbana sustentável

Uso do etanol contribuiu para uma redução de 7,2% de poluentes associados ao setor de transporte, que representa um aumento de 13 dias na expectativa de vida da população local.

Por Rafael Dolabella – diretor de automóveis da Rodobens – O Brasil, como uma das maiores nações do mundo, encara desafios significativos na modernização de sua infraestrutura de transporte e na adaptação às novas tendências da mobilidade urbana. A crescente demanda por soluções mais eficientes, sustentáveis e acessíveis impulsiona a necessidade de investimentos em tecnologias inovadoras, como carros híbridos e elétricos.

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Globalmente, testemunha-se um crescimento acelerado na adoção desses modelos de carros. As principais vantagens incluem a redução da emissão de gases poluentes, menor custo operacional e uma experiência de condução mais silenciosa e suave.

A criação de políticas públicas que incentivem a adoção de veículos elétricos e híbridos é essencial para a acelerar a transição para uma mobilidade urbana mais sustentável, como para fazermos frente para que a transição energética no setor se acelere no Brasil.

Nesse sentido, além dos investimentos por parte dos agentes e empresas que atuam nesse mercado, uma mobilização junto à sociedade é caminho essencial, por meio da conscientização sobre os benefícios dessa mudança na forma de se locomover, que são fatores importantes para assegurarmos o futuro da nossa casa – a Terra!

Apesar do potencial promissor, o Brasil ainda enfrenta obstáculos para a ampla adoção de carros elétricos. A infraestrutura de recarga ainda é incipiente, com um número limitado de pontos disponíveis em grandes centros urbanos. O alto custo dos veículos elétricos, somado à falta de incentivos fiscais e à carga tributária elevada, também representam desafios para o acesso e aquisição de um carro mais sustentável.

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Nesse contexto, o etanol, um biocombustível renovável e abundante no Brasil, apresenta-se como uma alternativa viável para a descarbonização do transporte. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), analisados pela União da Indústria da Cana-de-açúcar e Bioenergia (UNICA), a relação de preço com a gasolina está em cerca de 62,9%, o que dá uma vantagem também econômica ao biocombustível. 

Além disso, pode ser usado em carros flexíveis, que já representam a grande maioria da frota brasileira, e contribui para a redução da emissão de gases de efeito estufa. A análise também apontou que desde 2003, quando o primeiro carro flex foi lançado, o uso do biocombustível evitou quase 600 milhões de toneladas de CO₂ de serem lançados na atmosfera. Para efeito semelhante na natureza, seria o equivalente a cultivar 4,5 bilhões de árvores pelos próximos 20 anos. 

Um estudo feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) na região metropolitana de São Paulo, relacionado à queima de combustíveis fósseis versus biocombustíveis, demonstrou impactos positivos na saúde humana sob o aspecto de emissão de particulados. Os dados apontam que o uso do etanol contribuiu para uma redução de 7,2% de poluentes associados ao setor de transporte, que representa um aumento de 13 dias na expectativa de vida da população local. 

Entre as contribuições do combustível, está a segurança energética, uma vez que reduz a dependência de combustíveis fósseis; é um biocombustível renovável que contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa; além de ser forte atuante no desenvolvimento social, uma vez que gera emprego e renda, especialmente nas regiões rurais.

Diante dos desafios e das oportunidades apresentadas pela transição para uma mobilidade urbana mais sustentável, o Brasil se encontra em um momento crucial de decisões e investimentos. A integração de tecnologias inovadoras, como os veículos elétricos e híbridos, e a valorização de alternativas já consolidadas, como o etanol, são elementos-chave para o avanço nesse cenário, como para que se estabeleça como uma realidade para uma ação imediata, prática e mais acessível.

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Diante das atuais limitações estruturais e econômicas que o Brasil enfrenta para uma transição imediata para veículos totalmente elétricos, investir em carros híbridos se mostra como uma solução viável e pragmática. Esses carros representam um passo intermediário importante, oferecendo uma redução significativa nas emissões de poluentes e um consumo mais eficiente de combustível.

Essa abordagem permite ao país avançar gradualmente em direção a uma matriz de transporte mais sustentável e limpa, ao mesmo tempo em que se prepara para a ampla adoção de veículos elétricos, quando a infraestrutura e as condições econômicas estiverem mais favoráveis.

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