A Scania recebeu hoje a visita do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, para anunciar formalmente a nova fase de investimento de R$ 2 bilhões em projetos de descarbonização do transporte e logística para o período de 2025 a 2028.
Durante a visita, Geraldo Alckmin destacou que a Scania atende aos principais requisitos da Nova Indústria Brasileira (NIB), com uma forte ênfase em inovação, tecnologia e sustentabilidade. Ele ressaltou a capacidade produtiva da empresa, que fabrica 115 caminhões pesados e ônibus por dia e exporta para a América Latina e outros continentes.
Christopher Podgorski, presidente e CEO da Operação Industrial da Scania, comentou sobre a infraestrutura avançada do polo industrial em São Bernardo do Campo/SP, que abriga nove fábricas operando em conjunto para produzir caminhões, ônibus, motores industriais e marítimos.
A Scania implementou novas tecnologias em suas plataformas de produtos, incluindo a plataforma de Chassis para Ônibus Elétricos.
Desde 2018, a Scania vem direcionando investimentos para a produção de Soluções de Transporte Sustentável, incluindo a industrialização de Motores a Gás e Biometano, a Nova Geração de Ônibus e o Trem de Força Super. Agora, a empresa está focada em incrementar a eletrificação em sua jornada de transformação.
Podgorski enfatizou o desafio de transitar do setor de óleo e gás para alternativas energéticas mais sustentáveis, destacando a importância da eletromobilidade no contexto brasileiro. Ele afirmou que a diversidade de soluções é crucial para uma transição concreta e que a Scania está comprometida com o conceito “poço-a-roda” para a descarbonização.
Eletrificação e novas soluções renováveis – A Scania está se preparando para iniciar a produção de chassis para ônibus elétricos em sua planta de São Bernardo do Campo a partir de março de 2025, com um investimento de R$ 60 milhões.
A fábrica brasileira será a terceira unidade global da Scania a produzir veículos elétricos. A engenheira de processos industriais Isabelle Diniz explicou que as adaptações necessárias na linha de produção incluem mudanças na pré-montagem do sistema de resfriamento e de alta tensão, bem como na estrutura que sustenta as baterias.
Os novos ônibus elétricos, com 12 metros de comprimento e até 5 pacotes de baterias, manterão o nível de produção atual de 11 chassis por dia, sendo três desses eletrificados. Esses modelos serão os mesmos fabricados e comercializados na Europa, produzidos na unidade da Scania na Polônia.
Podgorski concluiu destacando que a sustentabilidade no transporte envolve diversas variáveis, como financiamento, infraestrutura e rede de distribuição, e que a pauta não pode ser adiada.