A Stellantis deu início ao abastecimento exclusivo com etanol dos veículos flex produzidos no Polo Automotivo de Goiana, Pernambuco. A ação, que conta com o apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin, marca um avanço importante na estratégia da empresa para descarbonizar a mobilidade.
Durante uma visita oficial ao Polo Automotivo de Goiana, em Pernambuco, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, marcou o início de uma nova fase na produção automotiva da Stellantis no Brasil. A partir de agora, todos os veículos flex com motorização T270 Flex e Turbo T270 Flex que saem da linha de montagem serão abastecidos 100% com etanol. Este é um passo significativo na estratégia da empresa para promover a mobilidade sustentável e reduzir drasticamente as emissões de CO₂.
No primeiro momento, a iniciativa contempla modelos populares como o Jeep Renegade Flex T270, Compass Flex T270, Commander Flex T270 e Fiat Toro Turbo T270 Flex. A previsão é de que, até 2025, a prática seja expandida para as unidades da Stellantis em Minas Gerais e Rio de Janeiro, abrangendo todos os veículos flex produzidos pela companhia no país.
Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para a América do Sul, destacou que a empresa está na vanguarda das ações em prol da sustentabilidade. “Nosso plano estratégico global prevê a completa descarbonização de todo o ciclo de produção até 2038, com uma redução de 50% já em 2030″, afirmou Cappellano. Ele acrescentou que a iniciativa em Goiana deverá reduzir em 87% as emissões de CO₂ na queima de combustível do primeiro abastecimento, o que significa uma diminuição de mais de 2,1 mil toneladas de CO₂.
A aposta da Stellantis no etanol é embasada pela matriz energética brasileira, que se destaca pela sustentabilidade, graças ao uso de biocombustíveis e à geração de energia elétrica por fontes renováveis. O etanol, derivado da cana-de-açúcar, é visto como um forte aliado na redução das emissões de CO₂ no Brasil, uma vez que o cultivo da cana contribui para a absorção do CO₂ durante seu ciclo de crescimento, mitigando em cerca de 60% as emissões em comparação com a gasolina.
Com mais de quatro décadas de tecnologia voltada para o etanol, o Brasil possui uma infraestrutura robusta para a produção, logística e distribuição desse combustível. Além disso, a tecnologia flex fuel, presente em aproximadamente 80% da frota brasileira de veículos leves, reforça o etanol como uma alternativa competitiva para a descarbonização no país.
O consumo de combustível por veículo durante a produção até os testes de validação (antes da entrega ao consumidor) é geralmente bastante controlado, mas pode variar de acordo com o fabricante e os procedimentos específicos.
Em um processo típico de fabricação de um veículo de passeio, o consumo de combustível durante os testes de validação do 0 km pode incluir:
- Testes de Qualidade – Consistem em testes de curto percurso para verificar se todos os sistemas estão funcionando corretamente.
- Teste de Emissões – Testes realizados em dinamômetros para garantir conformidade com as normas de emissão.
- Testes de Durabilidade – Em alguns casos, são realizados pequenos percursos para testar componentes críticos.
- Testes de Ruído e Vibração – Testes para identificar possíveis problemas de ruído ou vibração em diferentes condições de funcionamento.
A soma de todos esses testes costuma resultar em um consumo de combustível relativamente baixo para cada veículo, geralmente entre 2 a 10 litros de combustível por unidade. Este número pode variar dependendo da distância percorrida nos testes, do tipo de motor, e da eficiência do processo de teste do fabricante.