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Renault Logan encerra trajetória de 17 anos no Brasil

Fim do Logan no Brasil não é uma surpresa, visto que especulações sobre sua saída do mercado já circulavam há mais de um ano.

Renault Logan deixa de ser produzido no Brasil após 17 anos de presença no mercado nacional, com suas últimas unidades ainda disponíveis nas concessionárias. Com isso, a Renault encerra um capítulo importante em sua linha de compactos.

O Renault Logan, sedã compacto popular no Brasil desde 2007, teve sua produção nacional encerrada, como confirmado pela marca francesa. Fabricado na planta de São José dos Pinhais (PR), o Logan chegou a ser uma das apostas da montadora para o mercado de carros de entrada, conhecido por seu preço acessível e um dos maiores porta-malas da categoria, com 510 litros de capacidade. Suas últimas unidades ainda podem ser encontradas nas concessionárias, porém as opções são escassas.

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O fim do Logan no Brasil não é uma surpresa, visto que especulações sobre sua saída do mercado já circulavam há mais de um ano. Concessionários relataram que o modelo já estava escasso em showrooms, principalmente para vendas a consumidores diretos. No entanto, o Logan ainda consta no configurador oficial da marca em duas versões: Life e Zen, com preços de R$ 97.500 e R$ 101 mil, respectivamente. O modelo, lançado em 2007, foi o primeiro carro da Dacia, subsidiária da Renault, a chegar ao Brasil, seguido pelos populares Sandero e Duster, sendo este último o único remanescente dessa linha até agora.

Ao longo de sua trajetória, o Logan passou por importantes atualizações e mudanças de posicionamento. Em 2014, o modelo entrou em sua segunda geração, atingindo seu auge com mais de 46 mil unidades vendidas naquele ano, impulsionado pelo espaço interno e pela confiabilidade que conquistou o público brasileiro. Já em 2017, a versão 1.6 com até 118 cv de potência era um dos destaques. Em 2019, o Logan recebeu sua última atualização, mantendo o motor 1.0 de 82 cv e câmbio manual de cinco marchas para seus últimos anos de produção.

Em 2024, as vendas do modelo mostraram uma tendência de queda acentuada. De acordo com a Fenabrave, em setembro deste ano, quase 2 mil unidades foram vendidas, das quais 1.961 destinadas a empresas. No entanto, a presença do Logan nas vendas diretas a consumidores físicos foi modesta, com apenas 4 unidades vendidas em agosto. Em 2023, o Logan somou 4.559 emplacamentos, número consideravelmente inferior a modelos concorrentes como o Chevrolet Onix Plus e o Fiat Cronos, que ultrapassaram 50 mil unidades vendidas.

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O fim do Logan também representa o fim de uma era de modelos da Dacia no Brasil. Conhecida como a subsidiária de baixo custo da Renault, a Dacia viu seus modelos ganharem espaço no mercado brasileiro com veículos acessíveis e duráveis. A marca anunciou sua saída gradual do país em 2019, ano em que começaram os rumores sobre o fim de Sandero e Logan. Atualmente, o Duster é o único remanescente desse portfólio, embora sua base de projeto remonte a 2011, o que o coloca como um dos SUVs compactos mais antigos à venda no Brasil.

O adeus ao Logan reflete uma estratégia da Renault de focar em modelos com design mais original e inovações tecnológicas. Com o lançamento de novos produtos e o fortalecimento da linha de elétricos, como o Renault 4 elétrico – um dos modelos que pode chegar à América do Sul –, a montadora busca consolidar uma imagem renovada e orientada a um público em busca de tecnologia e sustentabilidade.

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