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Carlos Tavares renuncia ao cargo de CEO da Stellantis

Conselho da Stellantis aceita renúncia imediata do CEO Carlos Tavares; liderança interina será gerida por John Elkann enquanto o grupo busca um substituto.

Carlos Tavares, que desempenhou um papel crucial na criação da Stellantis e nas transformações da PSA e Opel, renunciou ao cargo de CEO da gigante automotiva com efeito imediato. A decisão marca um ponto de inflexão para o grupo.

Carlos Tavares, até então CEO da Stellantis, anunciou sua renúncia imediata ao cargo, conforme comunicado oficial divulgado pelo Conselho de Administração da empresa neste domingo (1º). A saída ocorre em um momento de desafios globais para o grupo automotivo, que reúne marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën.

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A gestão interina será liderada por um Comitê Executivo, presidido por John Elkann, atual presidente do Conselho. A Stellantis informou que o processo de escolha do novo CEO já está em andamento e será concluído até o primeiro semestre de 2025.

Henri de Castries, Diretor Sênior Independente do grupo, destacou que o sucesso da Stellantis sempre se baseou em um alinhamento estratégico entre os principais acionistas, o Conselho e o CEO. Porém, nas últimas semanas, visões divergentes sobre o futuro da empresa resultaram na decisão consensual pela saída de Tavares.

John Elkann, presidente do Conselho, agradeceu a Tavares por sua contribuição histórica. “Carlos desempenhou um papel fundamental na criação da Stellantis e na transformação de marcas como PSA e Opel, colocando-nos no caminho para liderar a indústria automotiva global. Seguiremos firmes na execução de nossa estratégia.”

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Sob a liderança de Tavares, a Stellantis se consolidou como um dos maiores grupos automotivos do mundo. A fusão entre a PSA e a FCA, finalizada em 2021, resultou na criação de um conglomerado que rapidamente se tornou líder de mercado em diversos países, incluindo o Brasil.

Entretanto, o grupo enfrenta desafios significativos, especialmente no mercado norte-americano, onde marcas como Chrysler e Dodge registraram quedas acentuadas de vendas em 2024. Essa retração impactou diretamente os lucros e as ações da Stellantis, gerando pressões internas e externas.

A decisão de manter as projeções financeiras para 2024, conforme anunciado em outubro, sugere que a saída de Tavares não comprometerá os resultados do grupo no curto prazo. Ainda assim, a mudança na liderança traz incertezas sobre o futuro estratégico da Stellantis, especialmente em um momento de transição para a eletrificação e sustentabilidade no setor automotivo.

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Enquanto isso, no Brasil, o grupo permanece sólido, com liderança no mercado de veículos leves e planos de investir R$ 30 bilhões até 2030. Essa estratégia inclui o lançamento de 40 novos produtos, destacando híbridos e eletrificados como o Fiat Pulse e Fastback T200 Hybrid.

Com a saída de Tavares, a Stellantis entra em uma nova fase, que será marcada pela busca de um líder capaz de alinhar as visões diversas de seus acionistas e fortalecer sua posição no mercado global.

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