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Indústria automotiva emprega mais de 4,2 milhões de pessoas. BYD lidera maior força de trabalho global

A indústria automotiva global emprega diretamente mais de 4,24 milhões de pessoas nas 30 maiores montadoras do mundo — e a chinesa BYD, mesmo fora do topo em vendas, aparece como a maior empregadora com mais de 900 mil funcionários.

O setor automotivo vai muito além da produção de veículos. Ele sustenta uma cadeia extensa que envolve milhares de profissionais direta e indiretamente, em áreas que vão da manufatura à pós-venda. Segundo dados consolidados até 31 de dezembro de 2024, 30 das maiores montadoras do mundo somam mais de 4,24 milhões de empregados diretos.

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Nesse cenário, a BYD (Build Your Dreams) surge como a maior empregadora, com impressionantes 900.608 trabalhadores. O dado chama atenção porque a montadora chinesa foi apenas a sétima colocada em vendas globais em 2024 e décima em receita. Ainda assim, ela lidera isoladamente em número de funcionários, superando gigantes como Volkswagen (614.082) e Toyota (384.338).

A explicação está no modelo verticalizado de produção da BYD, que fabrica internamente uma série de componentes estratégicos, como baterias, chips e motores elétricos. Esse modelo exige mais força de trabalho própria, ao contrário de outras montadoras que terceirizam ou compartilham boa parte da cadeia produtiva.

Outro destaque vai para a Volkswagen, que emprega mais pessoas do que a Toyota, mesmo com um volume menor de vendas. Isso se deve à estrutura do conglomerado alemão, que inclui marcas como Audi, Porsche, Škoda, MAN, Scania, entre outras, além de uma presença fabril significativa na Europa, onde os custos e demandas trabalhistas são mais elevados.

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A Toyota, embora seja a líder global em unidades vendidas, mantém uma operação mais enxuta, demonstrando um foco maior em eficiência operacional e produção enxuta (lean manufacturing) — um modelo consagrado no Japão e replicado mundialmente.

Montadoras como Hyundai, Honda, Mercedes, Ford e GM também figuram entre os principais empregadores, com números que variam de 150 a 300 mil empregados. Já empresas focadas em luxo ou performance, como Ferrari (5.435) e Aston Martin (3.006), operam com equipes reduzidas, reflexo do baixo volume e alto valor agregado dos seus veículos.

As startups de veículos elétricos também apresentam modelos enxutos. A americana Tesla, por exemplo, conta com 125.665 funcionários, mas sua escalada de produção global e desenvolvimento de software justifica esse número. Já marcas como NIO, XPeng, Rivian e Lucid ainda operam em patamares mais baixos, com 15 a 30 mil empregados, porém com potencial de crescimento acelerado.

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A presença de marcas chinesas como GWM, NIO, Li Auto e XPeng entre as 30 maiores reforça a ascensão da China como potência automotiva, não apenas em volume de produção, mas também em geração de empregos. Essa realidade traz um novo paradigma para a indústria, que passa a disputar não só tecnologia e vendas, mas também infraestrutura e mão de obra qualificada.

Por fim, é importante destacar que os números apresentados dizem respeito apenas aos empregados diretos das montadoras. A cadeia completa do setor automotivo — que inclui fornecedores, rede de concessionários, serviços financeiros, locação, seguros, manutenção e outros — emprega dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo.

Jogo rápido

  • Verticalização: Quando uma empresa realiza internamente etapas que normalmente seriam terceirizadas, como a produção de componentes.
  • Lean manufacturing: Sistema de produção que busca eliminar desperdícios e aumentar a eficiência.
  • Startup de EV (veículo elétrico): Empresa nova focada em veículos com propulsão elétrica, geralmente com forte base tecnológica.

Qual o interesse da parceria entre a Renault e Geely no Brasil?

A união entre a francesa Renault e a chinesa Geely no Brasil é um movimento estratégico que atende aos interesses comerciais, tecnológicos e industriais de ambas as empresas. A aliança reforça tendências globais como a eletrificação e também oferece soluções práticas para desafios locais, como a subutilização da capacidade instalada da Renault.

A principal vantagem imediata para a Geely é a utilização da infraestrutura da Renault, com destaque para o Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), que conta com linhas de produção modernas e rede de fornecedores consolidada. Isso elimina a necessidade de iniciar uma operação do zero, como outras marcas chinesas vêm fazendo no país, o que costuma envolver altos custos logísticos, fiscais e de homologação.

Para a Geely, o modelo de parceria representa também uma forma mais segura de testar o mercado brasileiro, reduzindo riscos e otimizando os investimentos iniciais. A operação contará com a confiança da marca Renault já consolidada entre os consumidores.

Do outro lado, a Renault se beneficia ao ampliar seu portfólio com modelos eletrificados, usando a tecnologia da Geely, uma das líderes globais em mobilidade elétrica. Isso permitirá à marca francesa otimizar sua capacidade industrial e acelerar sua transição energética, alinhando-se às diretrizes globais por emissões mais baixas.

Stellantis dispara na liderança e domina o mercado automotivo Sul-Americano em 2025 – A Stellantis reafirma sua supremacia no setor automotivo sul-americano ao liderar as vendas no primeiro trimestre de 2025, com impressionantes 228 mil unidades comercializadas, garantindo 23,7% de participação de mercado na região.

Esse desempenho representa um crescimento expressivo de 36,6 mil veículos em relação ao mesmo período de 2024, consolidando a força do grupo, que reúne marcas como Fiat, Jeep, Ram, Citroën e Peugeot. No Brasil, principal mercado da Stellantis, a empresa se manteve na dianteira com 159 mil veículos vendidos entre janeiro e março, o que representa 30,6% de market share e um avanço de 11,8 mil unidades frente ao ano anterior.

A Argentina também foi destaque, com 52 mil unidades vendidas e um salto impressionante de 25 mil veículos em comparação a 2024, atingindo 34,3% de participação.

O sucesso do grupo se deve à diversidade de seu portfólio e ao desempenho de suas marcas. A Fiat lidera com folga no Brasil, impulsionada pelos modelos Strada e Argo, que dominaram o ranking dos mais vendidos. Já a Jeep mantém sua força no segmento de SUVs, com destaque para o crescimento dos modelos Compass e Commander.

A Ram, por sua vez, reina no segmento de picapes grandes, com mais de 70% de participação, enquanto a Rampage se consolida entre as cinco picapes compactas e médias mais vendidas. A Citroën surpreendeu com um crescimento de 38% nas vendas e avanço de 337% no segmento B-SUV, impulsionada pelo sucesso do Basalt.

A Peugeot, com o novo 2008, também mostrou evolução e ainda celebra a liderança do 208 na Argentina. A Stellantis prova que sua estratégia de atuação multimarcas, aliada à inovação e adaptação regional, é a chave para manter-se no topo em um mercado cada vez mais competitivo.

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