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Volkswagen lança T-Cross com pintura fosca inédita e aposta em vendas via troca de grãos

Nova série limitada do SUV mais vendido da marca no Brasil estreia com pintura inédita, detalhes exclusivos e muito estilo — mas sem novidades mecânicas.

A Volkswagen do Brasil apresentou quatro ações estratégicas durante a ExpoLondrina 2025, com destaque para o lançamento da versão Extreme do T-Cross, a volta do Nivus Sense, a venda de veículos por meio de troca de grãos e a renovação do patrocínio ao Circuito Sertanejo.

Durante a ExpoLondrina 2025, a Volkswagen do Brasil apostou em uma combinação de inovação visual, acessibilidade de produto e proximidade com o agronegócio para atrair o público do interior do país. O grande destaque foi o lançamento da versão Extreme do T-Cross, que estreia uma pintura com verniz fosco, algo inédito entre modelos fabricados em série no Brasil.

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A nova tonalidade, batizada de Cinza Oliver Fosco, será limitada a apenas 1.700 unidades e exigiu mais de 1.200 horas de testes para garantir a durabilidade e acabamento. O processo de aplicação é mais lento e controlado do que o convencional, com redução da refração da luz em até 25%, criando um efeito visual exclusivo. Apesar do apelo estético, a pintura fosca tende a ter manutenção mais cara, o que pode restringir seu sucesso a públicos urbanos ou entusiastas.

Além da pintura diferenciada, o T-Cross Extreme traz elementos visuais exclusivos, como rodas escurecidas, detalhes em laranja e emblemas personalizados. O interior conta com costuras contrastantes, painel digital de 10 polegadas e a nova central multimídia VW Play Connect, que agrega conectividade aprimorada e comandos intuitivos. Mecanicamente, o modelo permanece sem alterações, reforçando o apelo estético e de tecnologia embarcada.

A versão Extreme começa a ser vendida a partir de 7 de abril, em cinco opções de cores, incluindo Branco Puro, Preto Ninja, Cinza Platinum, Cinza Ascot e o exclusivo Cinza Oliver (fosco ou metálico). O teto preto, outro elemento de personalização visual, será exclusivo da versão Extreme a partir da linha 2026, o que deve aumentar o apelo entre consumidores que buscam diferenciação estética.

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Outra novidade foi o retorno do Nivus Sense, versão de entrada do SUV cupê da marca. Posicionado como uma alternativa mais acessível, o modelo mantém o motor 200 TSI de 128 cv, com câmbio automático de seis marchas, painel digital de 8 polegadas e central multimídia de 10”. Também vem equipado com seis airbags e frenagem autônoma de emergência (AEB), tecnologia que freia o veículo automaticamente ao detectar risco de colisão frontal. Apesar disso, o preço da versão ainda é considerado acima da faixa mais popular, o que pode limitar seu alcance.

Retorno do Nivus Sense

No campo comercial, a Volkswagen firmou parceria com a plataforma Grão Direto, permitindo a aquisição de veículos por meio de barter, sistema de troca direta por grãos, muito utilizado no agronegócio. Segundo a montadora, um T-Cross Extreme pode ser adquirido por 1.529 sacas de soja, conforme cotação vigente em 3 de abril. A estratégia busca ampliar a atuação da Volkswagen em regiões produtoras, embora fique sujeita às flutuações da safra e do câmbio.

Para reforçar sua imagem no meio rural, a empresa confirmou a renovação do patrocínio ao Circuito Sertanejo até 2026, em parceria com a Ambev e o Grupo DVT. A presença da marca em seis etapas de eventos sertanejos pelo Brasil busca gerar conexão emocional com o público do interior, mesmo que o retorno direto em vendas seja difícil de mensurar. O circuito começa pela própria ExpoLondrina e segue para eventos como a Festa do Peão de Barretos, marcada para agosto.

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Um ponto negativo foi a ausência de convites aos principais jornalistas automotivos do Nordeste brasileiro, uma região cada vez mais relevante no consumo de veículos. A Volkswagen ignorou nomes importantes da imprensa especializada local, deixando de fora profissionais com amplo reconhecimento e experiência. Entre os excluídos da cobertura está Tarcisio Dias, segundo jornalista mais admirado da imprensa automotiva em 2024, finalista em 2025 e com 25 anos de atuação técnica e editorial à frente do Mecânica Online®, um dos dez veículos mais influentes do setor em 2025. A exclusão levanta um questionamento inevitável: o T-Cross Extreme será comercializado apenas no Sul e Sudeste? A falha da assessoria de imprensa da Volkswagen em tratar de forma desigual os profissionais do setor compromete o relacionamento com a mídia especializada e afasta justamente quem mais entende — e divulga com profundidade — as inovações da marca.

O Volkswagen T-Cross Extreme 250 TSI chega ao mercado como uma edição especial baseada na versão topo de linha Highline, e aposta em um pacote visual exclusivo para conquistar os fãs de SUVs com apelo aventureiro. A edição limitada entrega alguns diferenciais de design, além de incorporar recursos tecnológicos já conhecidos no portfólio da marca, mas cobra por isso um valor adicional que beira o limite do custo-benefício.

Apesar de ser uma edição limitada e trazer novidades exclusivas, o acréscimo de preço se justifica principalmente pelos elementos estéticos. Na prática, não há ganho de desempenho ou funcionalidades técnicas além das que já estavam presentes no Highline. A diferença de R$ 3.500 é modesta, mas ainda assim significativa quando somada a eventuais pacotes opcionais.

  • Pintura Verde Oliver fosca: inédita na marca no Brasil, exige estrutura diferenciada de aplicação (fabricada apenas em São José dos Pinhais/PR).
    • Custo extra: R$ 3.500
  • Outras cores metálicas: entre R$ 900 e R$ 1.750
  • Detalhes em laranja, teto e maçanetas em preto, badge exclusivo e rodas de 17″ com desenho único destacam o modelo da versão regular.
  • Grade iluminada: finalmente incorporada, atendendo a um pedido antigo dos fãs da marca.

Esses detalhes oferecem um forte apelo estético, e o pacote de cores e acabamentos pode agradar quem busca exclusividade e um visual mais robusto. O porém é que boa parte desses elementos são meramente cosméticos e não representam melhoria funcional.

  • Destaques internos: painel com acabamento exclusivo (Cinza Oliver), bancos com couro parcial e costuras em laranja, logo Extreme nos bancos dianteiros.
  • Equipamentos de série: muito completos. Inclui ar-condicionado digital, painel de instrumentos digital, câmera de ré, sensores, 6 airbags, carregador por indução, multimídia VW Play Connect, entre outros.
  • Opcionais relevantes:
    • Pacote ADAS: R$ 4.150 — inclui assistentes de faixa, ponto cego e baliza.
    • Teto solar panorâmico: R$ 7.550 — item desejado, mas caro.

Nesse sentido, o modelo não deixa a desejar, entregando um conjunto que coloca o T-Cross Extreme entre os SUVs compactos mais bem equipados do mercado — porém, ao somar os opcionais, o valor pode ultrapassar facilmente os R$ 200 mil.

  • Motor 1.4 TSI (250 TSI): 150 cv e 25,5 kgfm, câmbio automático de 6 marchas, tração dianteira.
  • Desempenho: já conhecido e elogiado. Entrega bom equilíbrio entre performance e consumo.
  • Comparação com versões inferiores:
    • O motor 1.0 200 TSI (usado nas versões de entrada) tem desempenho satisfatório, mas inferior, com até 128 cv.

O conjunto mecânico do Extreme não traz novidade, mas continua sendo um dos pontos fortes do modelo. A ausência de tração integral ou ajuste de suspensão que realmente faça valer o apelo “Extreme” pode decepcionar quem espera mais do que só aparência.

O T-Cross Extreme é um produto para o público que valoriza design diferenciado e exclusividade, e está disposto a pagar por isso. Visualmente chamativo, tecnicamente competente, mas sem upgrades mecânicos ou de off-road — o nome “Extreme” acaba sendo mais uma estratégia de marketing do que um reflexo real de capacidades.

Para quem busca o melhor custo-benefício, o Highline tradicional com o pacote ADAS pode ser mais interessante. Já quem deseja um SUV exclusivo e com forte apelo visual, essa edição limitada pode ser a escolha certa — desde que esteja disposto a pagar a conta.

  • Preço base: R$ 188.990
  • Pintura fosca exclusiva: R$ 3.500
  • Opcionais: até R$ 11.700
  • Motorização: 1.4 250 TSI (150 cv / 25,5 kgfm)
  • Tração: Dianteira
  • Transmissão: Automática de 6 marchas
  • Série limitada: sim (sem número anunciado)

Termos técnicos explicados:

  • Pintura fosca: diferente da pintura brilhante comum, possui acabamento opaco e exige cuidados específicos.
  • 250 TSI: nomenclatura usada pela VW para identificar motores com 25,5 kgfm de torque.
  • VW Play Connect: sistema multimídia da marca com tela sensível ao toque, conectividade com smartphones e comandos por voz.
  • ADAS: sigla para “Advanced Driver Assistance Systems”, ou sistemas avançados de assistência ao condutor.
  • Badge: termo em inglês para “emblema” ou “insígnia”, utilizado para identificar versões especiais de veículos.
  • Tração dianteira: configuração em que apenas as rodas da frente recebem força do motor.
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