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Alerta: 20% dos lubrificantes comercializados no Brasil são adulterados

ICL Sinaliza Preocupação com o Mercado Ilegal que Compromete a Segurança e a Durabilidade Automotiva

O Instituto Combustível Legal (ICL) manifesta preocupação com a crescente e silenciosa prática da venda de lubrificantes adulterados no mercado automotivo ilegal, que não só coloca em risco a segurança dos motoristas, mas também causa danos severos aos veículos, resultando em um prejuízo anual estimado em mais de R$ 1,4 bilhão, considerando custos de manutenção e perdas de garantia.

O Instituto Combustível Legal (ICL) vem alertando sobre uma prática cada vez mais comum e silenciosa no mercado automotivo ilegal: a venda de lubrificantes adulterados. Essa atividade ilícita não apenas coloca em risco a segurança dos motoristas, mas também provoca danos severos aos veículos, gerando um prejuízo financeiro considerável. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), cerca de 20% dos lubrificantes comercializados no Brasil são adulterados, uma proporção alarmante que impacta diretamente a durabilidade da frota e o bolso do consumidor.

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O prejuízo total anual ultrapassa a marca de R$ 1,4 bilhão, de acordo com o ICL. Esse valor não se limita apenas ao custo do produto falsificado, mas engloba uma série de despesas indiretas, como manutenção corretiva, falhas mecânicas inesperadas, perda da garantia de fábrica do veículo e, em um nível mais amplo, fraudes tributárias que afetam a arrecadação do país. Essa soma evidencia a gravidade do problema e a necessidade de medidas urgentes para combatê-lo.

Emerson Kapaz, presidente do Instituto Combustível Legal, alerta para a falsa economia que a compra desses produtos representa. “É uma economia na hora da compra do produto, mas a longo prazo significa uma ameaça invisível que age no coração do motor. Produtos adulterados comprometem peças essenciais e podem levar à perda total do veículo, além de representar um risco direto à segurança de quem está ao volante”, afirma Kapaz, sublinhando que o barato pode sair muito caro.

Um dos impactos mais recorrentes e visíveis do uso de lubrificantes adulterados é a formação de borra no motor. Esse problema é causado pela degradação do óleo, que resulta em resíduos sólidos capazes de entupir dutos e danificar componentes cruciais, como os pistões, comprometendo seriamente o funcionamento do sistema. O reparo para esse tipo de dano pode custar entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, um valor considerável para o proprietário do veículo.

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Além da borra, a presença de elementos indesejados nos lubrificantes falsificados, como água, ácidos ou aditivos impróprios, compromete diretamente a integridade das peças internas do motor. Isso pode provocar a corrosão dos mancais e até mesmo a falha do eixo virabrequim — um componente vital do motor. Um problema dessa magnitude exige um conserto que pode facilmente ultrapassar os R$ 10 mil, ilustrando a severidade dos danos que o uso de produtos adulterados pode causar.

Há ainda o risco de obstrução do sistema de lubrificação, que, ao restringir o fluxo de óleo, gera superaquecimento e danos em outros componentes importantes, como a bomba d’água e a junta do cabeçote. Tais reparos podem chegar a R$ 7 mil. Por fim, também pode ocorrer a quebra da correia dentada ou, em casos mais graves, do próprio motor, resultado do uso de óleos com viscosidade fora das especificações recomendadas. Esse desgaste acelerado pode provocar falhas com custos de reparo que variam entre R$ 4 mil e R$ 12 mil, dependendo do modelo do veículo, demonstrando a ampla gama de prejuízos possíveis.

Para garantir a segurança e a procedência do produto, Emerson Kapaz oferece dicas práticas para o consumidor. “A melhor forma do consumidor se proteger é adotando cuidados simples, mas essenciais na hora da compra”, orienta. É fundamental exigir a nota fiscal, verificar se o produto possui o selo de qualidade do fabricante, e conferir o número do lote e o CNPJ no rótulo. Além disso, é imprescindível consultar o manual do veículo para garantir que o óleo esteja de acordo com as especificações recomendadas pela montadora. O ICL conclui que “compras em plataformas não homologadas ou de procedência duvidosa devem ser evitadas, pois representam alto risco de fraude e danos ao veículo”.

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Lubrificantes Adulterados – Óleos ou fluidos que foram alterados em sua composição original, geralmente com substâncias de baixa qualidade ou impróprias, comprometendo seu desempenho e a proteção do motor.

Formação de Borra no Motor – Acúmulo de resíduos sólidos (sedimentos) dentro do motor, causado pela degradação do óleo lubrificante, que pode entupir canais e causar danos mecânicos.

Eixo Virabrequim – Principal componente rotativo do motor a combustão, responsável por transformar o movimento linear dos pistões em movimento de rotação.

Obstrução do Sistema de Lubrificação – Bloqueio dos dutos ou canais por onde o óleo lubrificante circula no motor, impedindo que as peças recebam a lubrificação adequada e gerando superaquecimento e desgaste.

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