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Frota de ônibus elétricos em São Paulo cresce 71% em um ano

Estudo apresentado no LATAM Mobility 2025 detalha estratégias e aprendizados da capital paulista para acelerar a transição energética no transporte coletivo

A cidade de São Paulo alcançou a marca de 789 ônibus de emissão zero em operação em 2025, um salto significativo em relação aos 460 veículos registrados no ano anterior, consolidando-se como referência nacional na mobilidade urbana sustentável.

O avanço foi detalhado no estudo “Implantação de ônibus elétricos na cidade de São Paulo”, apresentado durante o evento LATAM Mobility 2025. O relatório é fruto da Parceria ZEBRA (Zero Emission Bus Rapid-deployment Accelerator), uma iniciativa do ICCT Brasil (Conselho Internacional de Transporte Limpo) em conjunto com a rede global de cidades C40, que busca impulsionar a adoção de frotas limpas na América Latina.

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O levantamento mostra que, dos 789 veículos em circulação na capital paulista, 588 são ônibus elétricos a bateria, enquanto 201 são trólebus, modelos alimentados por rede elétrica aérea. Com uma frota total de mais de 13 mil ônibus, São Paulo é o maior sistema de transporte coletivo do país, movimentando cerca de 2,5 milhões de passageiros por dia.

O estudo traz uma análise aprofundada de aspectos técnicos, operacionais e jurídicos envolvidos na eletrificação da frota. Entre os principais destaques estão a estratégia de subvenção parcial adotada pela prefeitura – que projeta uma economia de R$ 4,8 bilhões em 12 anos –, além da maior eficiência energética dos modelos elétricos, que superam em até quatro vezes a eficiência dos ônibus a diesel.

As soluções adotadas também incluem planejamento energético para recarga, uso de telemetria, monitoramento da saúde das baterias e integração de dados operacionais para tomada de decisões. A cidade também possui meta legal de zerar emissões de CO₂ até 2038, com a ambição de reduzir em 95% os níveis de óxidos de nitrogênio (NOₓ) e material particulado no ar.

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O crescimento de São Paulo acompanha a tendência regional. Segundo o ICCT Brasil, a América Latina ultrapassou 6 mil ônibus elétricos em operação até o fim de 2024. Em maio de 2025, esse número já havia chegado a 6.747 veículos, refletindo o avanço da eletromobilidade em grandes centros urbanos. O Brasil ocupa agora a terceira posição no ranking latino-americano, atrás apenas do Chile e do México.

Durante o LATAM Mobility, também foi realizado o segundo encontro do Ciclo de Capacitação em Eletromobilidade, com representantes de cidades como Campinas, Rio de Janeiro, Curitiba, Fortaleza e Belém, além do estado de Goiás. A formação abordou modelos de negócio como PPPs, desafios de infraestrutura energética e indicadores de desempenho, criando um ambiente propício para a troca de experiências e disseminação de boas práticas.

O estudo reforça a importância da adaptação às realidades locais, uma vez que não existe um único modelo de transição energética aplicável a todas as cidades. Cada município deve considerar sua capacidade de investimento, maturidade técnica e metas ambientais, sempre com foco no usuário do transporte público, na eficiência operacional e na redução de impactos ambientais.

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O relatório completo pode ser acessado gratuitamente na plataforma E-Bus Radar, que monitora o progresso da eletromobilidade em toda a América Latina. A publicação, com apoio técnico do ICCT Brasil e da C40 Cities, é uma ferramenta valiosa para gestores públicos, operadores, fabricantes, entidades do setor e imprensa especializada.

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Ônibus elétrico a bateria – Veículo que utiliza baterias recarregáveis como fonte de energia, sem emissão de poluentes locais durante a operação.

Trólebus – Ônibus movido a eletricidade por meio de cabos aéreos e pantógrafos, com menor flexibilidade de trajeto, mas operação silenciosa e sem emissões.

Telemetria – Tecnologia que permite o monitoramento remoto em tempo real de dados do veículo, como consumo, desempenho e status da bateria.

Subvenção parcial – Modelo de financiamento no qual o poder público arca com parte dos custos do veículo ou da infraestrutura, incentivando a transição energética.

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