Com o avanço da digitalização automotiva, a troca segura, resiliente e em tempo real de dados se torna essencial para o funcionamento dos veículos do futuro. Solução da DE-CIX aposta em interconexão direta e ambientes fechados de dados para suportar esse novo cenário.
Na era da transformação digital acelerada, a troca de dados entre empresas, fornecedores e clientes cresce exponencialmente — e o setor automotivo está no centro dessa revolução. O sucesso dos veículos conectados e autônomos dependerá cada vez mais de conectividade estável, segura e de altíssimo desempenho, capaz de suportar bilhões de interações em tempo real.
Ivo Ivanov, CEO da DE-CIX, líder global em Internet Exchanges (IXs) — pontos de interconexão de tráfego com 60 localidades no mundo — afirma que a performance do carro digital está diretamente ligada à qualidade da interconexão com o ecossistema digital. Isso inclui dados de navegação, atualizações de software, diagnósticos em tempo real e serviços personalizados de entretenimento e segurança.
“Os fabricantes automotivos exigem conectividade com latência mínima, resiliência máxima e segurança avançada para garantir o funcionamento dos seus serviços digitais,” destaca Ivanov. Segundo ele, isso só é possível por meio de conexões diretas com redes de conteúdo, dados e aplicativos, preferencialmente utilizando IXs neutras e seguras, como as da DE-CIX.
O carro como um ecossistema de dados
Mais do que transporte, os carros autônomos se comportam como dispositivos IoT sobre rodas, exigindo troca constante de informações com infraestrutura externa. Falhas nesses sistemas podem afetar diretamente a segurança do usuário e a reputação da marca.
Para mitigar riscos, a DE-CIX propõe o uso de Closed User Groups (CUGs) — ambientes de interconexão digital fechados, seguros e privados — que permitem aos fabricantes:
- Reduzir a latência ao se conectar diretamente a parceiros e fornecedores;
- Simplificar o atendimento às legislações regionais de proteção de dados;
- Elevar os níveis de segurança contra ataques cibernéticos, sequestro de rotas e vazamentos de dados.
Do ponto a ponto ao ecossistema digital
Historicamente, o setor automotivo dependia de conexões bilaterais via MPLS (Multiprotocol Label Switching), com pouca visibilidade dos fluxos de dados. Esse modelo já não atende às necessidades de mobilidade atual, que exigem baixa latência, flexibilidade e rastreabilidade global.
Com a adoção das IXs de nova geração, as montadoras passam a operar em uma interconexão um-para-muitos ou muitos-para-muitos, com total controle sobre os dados e participantes da rede. Isso permite, por exemplo, criar grupos privados por região, respeitando leis como as do Brasil, que exigem atualizações contínuas de segurança e cobertura contra acidentes em veículos autônomos.
Segurança e rastreabilidade total
Ao utilizar interconexões diretas e ambientes de peering fechados, os fabricantes ganham visibilidade completa das rotas de dados, evitando intermediários desconhecidos e aumentando a proteção contra ameaças digitais. Essa infraestrutura também facilita auditorias, conformidade regulatória e atualização contínua dos sistemas embarcados nos veículos.
Aplicação além do setor automotivo
Apesar do foco inicial no carro digital, o modelo da DE-CIX é totalmente replicável para outros setores críticos, como logística, aviação, saúde, hotelaria, bancos e eletrônicos. Todos compartilham a necessidade de ambientes digitais confiáveis, escaláveis e altamente seguros.
“A interconexão é a espinha dorsal da economia digital,” conclui Ivanov. “Ela não apenas garante segurança e conformidade, mas também habilita inovação sustentável e competitiva nos modelos de negócios do futuro.”
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IX (Internet Exchange): Ponto físico onde diferentes redes de dados se conectam para trocar tráfego de forma direta e eficiente.
CUG (Closed User Group): Ambiente digital isolado e controlado, onde apenas empresas autorizadas podem trocar dados com segurança.
MPLS: Tecnologia de roteamento de dados usada em conexões ponto a ponto, menos flexível que as modernas IXs.
Peering: Acordo entre redes para trocar tráfego diretamente, sem intermediários ou taxas adicionais.