O câmbio CVT (Transmissão Continuamente Variável) tem se tornado uma escolha popular em diversos veículos, de modelos compactos a SUVs, como o Toyota Corolla, o Nissan Kicks e até mesmo a picape Fiat Strada. No entanto, a sua experiência de direção pode gerar dúvidas, já que a sensação é bastante diferente dos câmbios automáticos convencionais.
O segredo por trás do seu funcionamento reside em um sistema de polias variáveis conectadas por uma correia metálica, em vez de um conjunto de engrenagens fixas. Essa configuração permite que o sistema altere continuamente a relação de transmissão, sem saltos entre as marchas. O resultado é que o motor pode operar sempre na sua faixa de rotação mais eficiente, o que resulta em uma notável melhoria no consumo de combustível e na redução das emissões de poluentes.
Apesar da eficiência, a principal crítica ao câmbio CVT é a sensação de falta de emoção ao dirigir. A ausência de trocas de marcha definidas pode dar a impressão de que o motor está “gritando” ou com a rotação alta, principalmente durante acelerações mais fortes. Para contornar essa percepção, alguns fabricantes investem em soluções tecnológicas que simulam a troca de marchas. Por meio de atuadores e um gerenciamento eletrônico sofisticado, esses modelos criam “marchas falsas” para proporcionar uma experiência de condução mais próxima à de um câmbio automático convencional.
Portanto, a escolha de um carro com câmbio CVT depende da sua prioridade. Se o objetivo é ter um carro com economia, conforto e menor custo de manutenção, ele é a opção ideal. No entanto, se o que você busca é uma direção mais esportiva e a sensação das trocas de marchas, um câmbio automático convencional, ou um automatizado de dupla embreagem, pode ser uma escolha mais satisfatória.
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Câmbio CVT – Tipo de transmissão automática que utiliza um sistema de polias de diâmetro variável e uma correia metálica para oferecer uma infinidade de relações de marcha, em vez de um número fixo de engrenagens.
Polias variáveis – Componentes em forma de cone que se movem, alterando o diâmetro da superfície de contato com a correia. Essa variação contínua é o que permite a mudança da relação de transmissão sem a necessidade de trocas de marcha.
Atuadores – Dispositivos mecânicos ou eletrônicos que transformam um sinal de controle em movimento. No câmbio CVT, eles podem ser usados para simular as trocas de marcha, criando uma experiência mais familiar para o motorista.
Downsizing – Estratégia de engenharia automotiva que consiste em reduzir o tamanho, o peso e o número de cilindros de um motor, sem que haja perda de desempenho.