A GWM Hydrogen powered by FTXT inicia os testes com seu primeiro caminhão movido a hidrogênio no Brasil, que chegou ao Porto de Santos e seguiu para a fábrica de Iracemápolis, em São Paulo. O veículo será avaliado em parceria com a USP e outras universidades, com o objetivo de adaptar a tecnologia à realidade brasileira e construir um ecossistema de transporte pesado com zero emissões.
A GWM Hydrogen powered by FTXT trouxe seu primeiro caminhão movido a hidrogênio para o Brasil, um marco importante para a transição energética no transporte pesado. A iniciativa faz parte do plano global da GWM de alcançar a neutralidade de carbono até 2045 e do Programa MOVER, do Governo Federal. O veículo chegou ao Porto de Santos e já está na fábrica da GWM em Iracemápolis, São Paulo, onde será inspecionado e validado antes de iniciar a fase de testes em rodagem.
O caminhão é, em essência, um veículo elétrico, mas com um diferencial tecnológico crucial: ele é movido por uma célula de combustível que utiliza hidrogênio como vetor energético. Essa célula gera eletricidade por meio de uma reação química com o oxigênio, tendo como único subproduto a água (H₂O). O veículo conta com uma bateria de 105 kWh e um conjunto de cilindros com capacidade para 40 kg de hidrogênio, o que garante mais desempenho, segurança e, principalmente, uma autonomia significativamente maior.
Os testes de campo começarão em setembro, em colaboração com universidades brasileiras, incluindo a Universidade de São Paulo (USP), que já possui infraestrutura para produzir hidrogênio a partir do etanol, uma tecnologia de baixo carbono desenvolvida no Brasil. Essa parceria é fundamental para a GWM, pois permite a transferência de conhecimento e a coleta de dados sobre o comportamento do caminhão em condições reais, como as variações de temperatura, altitude e tipo de pavimento do país. O objetivo é adaptar a tecnologia às particularidades da topografia e do clima brasileiros, identificando oportunidades de melhoria.
Após a fase inicial de testes, o caminhão será avaliado com diferentes fontes de hidrogênio, como o hidrogênio verde (produzido por eletrólise) e o hidrogênio da reforma do etanol. A GWM Hydrogen também planeja uma avaliação econômico-financeira para determinar a viabilidade comercial da tecnologia no país. A chegada do caminhão não é apenas um marco tecnológico, mas, segundo Davi Lopes, Head da GWM Hydrogen-FTXT Brasil, o início da construção de um ecossistema de hidrogênio, com parcerias estratégicas e soluções adaptadas à realidade brasileira, o que já rendeu acordos com o Governo do Estado de São Paulo e o Governo de Minas Gerais e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei).
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Célula de Combustível – Um dispositivo que converte a energia química do hidrogênio em energia elétrica, utilizando oxigênio do ar. A reação entre o hidrogênio e o oxigênio produz eletricidade e água (H₂O) como único subproduto, sem emissão de poluentes.
Hidrogênio Verde – É o hidrogênio produzido a partir de fontes renováveis, como a energia solar ou eólica, por meio de um processo chamado eletrólise da água. Esse método é considerado uma forma limpa de produção, pois não emite gases poluentes.
Vetor Energético – Refere-se a uma substância que armazena e transporta energia. No caso do caminhão, o hidrogênio atua como vetor energético, que ao ser utilizado na célula de combustível, gera a eletricidade necessária para movimentar o motor elétrico.
Programa MOVER – O Programa de Mobilidade Verde e Inovação, é um programa do Governo Federal que incentiva a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de veículos e tecnologias que contribuam para a descarbonização da frota automotiva do Brasil.
