Em apenas sete meses de produção, o Volkswagen Tera alcança a marca de 60 mil unidades fabricadas na planta de Taubaté (SP), consolidando-se como o maior lançamento automotivo do Brasil em 2025. O SUV lidera o mercado em tempo recorde, gera milhares de empregos e impulsiona uma complexa transformação produtiva dentro da Volkswagen do Brasil.
O Tera, totalmente desenvolvido e produzido no Brasil, se tornou um fenômeno raro no setor. Com apenas cinco meses no mercado, foi o carro de passeio mais vendido do país em outubro, posição conquistada logo após assumir o posto de SUV mais vendido do Brasil nos meses de setembro e outubro. A chegada às concessionárias, em 5 de junho, foi histórica: 12 mil pedidos em 50 minutos, no maior Open Doors já realizado pela Volkswagen.
O impacto do modelo também se traduz em números expressivos: 31.901 unidades emplacadas no mercado brasileiro até 13 de novembro e 22.416 unidades exportadas até outubro para 18 mercados da América Latina, tornando-se o 2º veículo mais exportado pela Volkswagen do Brasil em 2025, atrás apenas do Polo.
Para viabilizar o volume produtivo, a Volkswagen reestruturou sua operação. Houve remanejamento de parte da produção do Polo Track para a fábrica Anchieta, que por sua vez transferiu volume do Virtus para São José dos Pinhais. Em Taubaté, o projeto mobilizou 260 novos empregos diretos — 40% ocupados por mulheres — e gerou 2.600 empregos indiretos. Esse movimento fortaleceu a indústria local e elevou a eficiência da unidade, que completará 50 anos em janeiro de 2026.
O Tera também movimenta uma extensa cadeia de suprimentos. Apenas em 2025, o SUV demandará R$ 3,23 bilhões em compras de peças, equivalentes a 12% de todas as aquisições anuais da Volkswagen do Brasil. Com 80% de nacionalização, o modelo envolve 241 fornecedores, sendo a maioria brasileiros. Quatro deles passaram a integrar a cadeia exclusivamente para atender ao novo SUV.
A modernização da fábrica de Taubaté também foi decisiva. A estamparia recebeu 158 novas ferramentas e aumentou sua capacidade em 80,6%. Na armação, houve incremento de 81% em equipamentos, incluindo 347 novos robôs. A pintura foi adaptada para o padrão Bi-tone e entrou no projeto de uso de biometano, que pode reduzir em até 99% as emissões de CO₂ no processo de pintura. Na montagem final, a planta recebeu novos recursos para ADAS, sistemas doorless otimizados e montagem automatizada de componentes.
O SUV reforça sua posição com nota máxima em segurança pelo Latin NCAP e uma lista robusta de equipamentos de série. Todas as versões trazem seis airbags, direção elétrica, ar-condicionado, assistente de partida em rampas, sensores de estacionamento, painel digital e conectividade ampliada.
As opções Comfort e High adicionam acesso Kessy, partida por botão, volante premium e central digital de 10,25 polegadas. O conjunto mecânico oferece motores 1.0 MPI de 84 cv e 1.0 170 TSI de 116 cv, com opções de câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis velocidades.
O Tera também estreia o OTTO, a primeira inteligência artificial automotiva desenvolvida no Brasil. Criado pela equipe VW Tech_ com apoio da Accenture e do time de Design da Volkswagen Américas, o sistema utiliza IA generativa para oferecer respostas personalizadas, integração avançada com o veículo e uma experiência de uso baseada no conceito de Companionship, fortalecendo a conexão entre condutor e veículo.
A fábrica de Taubaté, responsável pelo Tera, acumula mais de 8 milhões de unidades produzidas desde 1976 e teve papel fundamental na história do VW Gol, fabricado no local por mais de quatro décadas. Agora, o Tera inaugura um novo capítulo na trajetória industrial da unidade, combinando tecnologia, inovação e protagonismo regional.
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Biometano no processo de pintura
O biometano substitui combustíveis fósseis na etapa de secagem das carrocerias, reduzindo quase totalmente as emissões de CO₂. Esse gás renovável é produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos, apresentando alto poder energético e menor impacto ambiental.
Ferramentas e robôs na estamparia e armação
O aumento do número de ferramentas e robôs permite maior precisão no corte e na soldagem das peças metálicas. Isso melhora o alinhamento da carroceria, reduz variações de produção e eleva a segurança estrutural do veículo.
80% de nacionalização
Significa que a maior parte das peças utilizadas no Tera é fabricada no Brasil. Essa estratégia reduz a dependência de importações, estabiliza custos e fortalece a cadeia automotiva local.
Plataforma com ADAS integrado
Os ADAS são sistemas de assistência ao motorista que utilizam sensores, câmeras e algoritmos para auxiliar em frenagem automática, controle de estabilidade e outras funções de segurança ativa. A instalação dedicada na montagem final garante calibração precisa.
