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Conheça as verdades e mentiras sobre o carro

Assim como a criança que brinca com fogo não faz xixi na cama, nem apontar uma estrela faz nascer verruga no dedo, algumas “proibições” são respeitadas e levadas ao pé da letra pelo motorista sem que ele sequer saiba que elas simplesmente não existem.

Desde que o automóvel passou a transportar o homem de um lado para o outro, opiniões e conselhos isolados – a maioria deles, com certeza, partindo de quem nada ou pouco entende de mecânica – transformaram-se em verdadeiros tabus que ganharam legiões de seguidores.

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Assim, enquanto muitos continuam convictos de coisas absurdas, na outra ponta da corda acontece exatamente o oposto: uma pá de recomendações importantes, válidas não apenas para garantir a manutenção do veículo mas, principalmente, para proporcionar maior segurança ao motorista, é ignorada.

Explicar o que ocorre nas duas pontas da corda é difícil. O primeiro caso está mais para “crenças errôneas estimuladas por um comportamento que começou errado”; o segundo pode ter como diagnóstico mais plausível a “falta de interesse por conhecimentos técnicos”.

Seja como for, fica a dúvida: será que algumas verdades, ainda um tanto escondidas, ou algumas mentiras, bastante propaladas, podem surpreender você? Confira.

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As portas de um automóvel em movimento devem estar travadas… Mentira.

Além de não ser obrigatório, também não aumenta a segurança como muitos acreditam. Até porque não se trava nada, mas sim isola-se o sistema de acionamento dos trincos.

Para travar seria necessário um pino entrando na coluna da porta, ou algo parecido com uma tramela, o que não existe. E mais: em um acidente, a porta travada dificulta o socorro às vítimas porque impede sua abertura por fora.

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Não é por outra razão que alguns modelos – O Omega, por exemplo – possui um dispositivo que destrava as portas em caso de colisão. Mas existe uma ressalva a ser feita: diante da violência urbana, recomenda-se trafegar com as portas travadas na cidade para minimizar o risco de ser assaltado no semáforo.

Quando o para-brisa é atingido por uma pedra deve-se colocar a mão sobre ele para impedir sua quebra… Mentira.

Nem a mão, nem os dedos e nem mesmo um calço entre o vidro e o retrovisor irão surtir efeito positivo neste caso. O vidro tem inúmeros pequenos pontos fracos e quando atingido nestes pontos quebra mesmo.

É por isso que as vezes o para-brisa recebe o impacto forte de um objeto pesado e nada acontece e, em outras situações, estilhaça com uma simples pedrinha. Quando há pedriscos na pista, o melhor conselho é diminuir a velocidade e manter boa distância das rodas traseiras de caminhões.

Pode-se andar a qualquer velocidade desde
que se respeite o limite da velocidade máxima… Mentira.

Em estradas, pistas expressas, avenidas e ruas existe uma velocidade mínima a ser respeitada: ela é exatamente a metade da velocidade máxima permitida no local e, no caso de vias de duas ou mais pistas o motorista deve manter-se sempre na faixa da direita.

Acelerar ou não, eis a questão?!?!?

É necessário dar algumas aceleradas no motor
antes de desligá-lo para evitar seu superaquecimento… Mentira.

Os motores são fabricados com ligas metálicas que suportam com folga os graus a mais de temperatura nestas condições. Muitos podem achar estranho, mas é normal a ventoinha entrar em funcionamento para fazer a ventilação forçada por algum tempo depois que o motor é desligado. Nenhum mistério, muito menos defeito nisso!

Antes de sair com o carro é necessário
esquentar o motor por alguns minutos… Outra mentira.

Desde que não se exija muito dele, nada impede de rodar com o carro frio. Os componentes lubrificados atingem condições ideais na medida em que o veículo é colocado em movimento.

Assim, não há porque esquentar o motor se o câmbio, suspensão, pneus e outros componentes estão frios. Mas lembre-se: o que não se pode fazer é dar arrancadas com o carro frio porque o óleo, ainda grosso, não fará a lubrificação correta do motor.

Farol alto, rádio e buzina não gastam combustível… Mentira.

Todo e qualquer equipamento elétrico consome potência do motor e, por conseqüência, combustível. Claro que em doses mínimas, mas o consumo aumenta. Acompanhe o raciocínio: quando se liga um componente elétrico, a bateria pede mais energia para o alternador, que por sua vez exige mais força do motor para girar, o qual despende, para isso, mais potência. Para veículos com ar-condicionado a conversa é diferente. O “roubo” de potência é bem maior e o consumo de combustível idem.

Na cidade não é necessário andar com farol
alto ou baixo ligado, basta usar apenas as lanternas… Mentira.

O farol baixo à noite é obrigatório em qualquer via pública, estrada ou cidade. Lanterna não ilumina nada, só permite que o veículo seja visto em certas ocasiões, como ao estacionar por alguns minutos junto à guia, à noite.

Na passagem de um túnel ou em situações de chuva, de dia, deve-se ligar o farol baixo. Mesmo que alguém reclame, você tem razão ao andar com o farol baixo ligado, à noite. Mas preste atenção: faróis de milha são proibidos na cidade.

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